O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, teve leve recuo nesta segunda-feira, 30, de 0,32%, para 104.745 pontos. Houve estabilidade durante a maior parte da sessão, com investidores adotando cautela diante das negociações comerciais entre Estados Unidos e China e ainda acompanhando o andamento das reformas no cenário doméstico. No acumulado de setembro, a bolsa registrou valorização de 3,6% – o terceiro melhor mês do ano, perdendo apenas para junho (4,1%) e janeiro (10,8%).
Também em dia morno, o dólar comercial fechou estável, cotado a 4,16 reais na venda. Em setembro, a moeda americana acumulou alta de 0,3% – o que, na opinião de analistas do mercado financeiro, reflete o novo patamar para a moeda.
O governo chinês respondeu aos rumores de que os Estados Unidos estudam deslistar as empresas do país das bolsas de valores americanas, o que seria mais um episódio do conflito comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo. O Tesouro dos Estados Unidos desmentiu oficialmente a proposta. Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, “exercer pressão máxima e até buscar dissociação forçada das relações China-Estados Unidos prejudicará os interesses de empresas e pessoas chinesas e americanas, criará turbulência nos mercados financeiros e ameaçará o comércio global e o crescimento econômico”.
Os mercados chineses não abrirão pelo resto da semana, devido a um feriado local. A expectativa, portanto, é de volume baixo de negociações a nível global, com o cenário interno ditando os principais movimentos dos investidores. E não será uma semana fria domesticamente. Na terça-feira, 1°, a pauta tida como a mais importante pelo mercado brasileiro no ano, a reforma da Previdência, será votada no Senado. Tanto a Comissão de Constituição e Justiça como o plenário, em primeiro turno, deverão analisar e votar o texto – tudo no mesmo dia. A aprovação, com folga, já é esperada pelos investidores. A expectativa é para que não haja mais nenhum atraso na tramitação.
Com Reuters