País sem lei não é democracia.
É faroeste.
Onde quem tiver o fuzil na mão manda.
Ou a caneta mais poderosa, no caso dos 11 juízes do STF, que inventam lei pra soltar bandido e favorecer o crime.
A ação é efetiva e orquestrada - uma marcha macabra - e ataca por todos os lados no país.
Nas ruas do norte do país, terroristas/traficantes de facções criminosas promovem ataques sem parar, desafiando o governo estadual e federal, indignados com o desmantelamento de suas lideranças transferidas.
No Congresso, deputados e senadores impõem uma derrota atrás da outra a Moro e seu projeto anticrime.
Em todo o país, juízes já começam a colocar nas ruas bandidos comuns apavorados com a possibilidade de prisão - 4 anos - no caso de desafiarem as determinações recentes dos vagabundos da política.
O golpe final - e não poderia ser diferente - ficou por conta do STF, que acaba de rasgar a já combalida Constituição brasileira ao mudar a lei – vergonhosamente - para os casos que envolvem delação.
Praticamente todos os processos da Lava Jato.
A decisão da maioria dos abutres do STF é um verdadeiro acinte à lógica, ao bom senso, à moral e ao povo brasileiro.
Exatamente como se um juiz de futebol decidisse, no final do jogo, mudar todas as regras a favor de seu time, anulando os gols do adversário.
A invenção de nova regra - a de que o réu tem a última palavra antes do pronunciamento final dos juízes - é um mero pretexto jurídico imoral para anular julgamentos anteriores e soltar comparsas do crime, de terno e gravata ou de fuzil na mão nos morros, não importa.
É, finalmente, o faroeste caboclo instituído por inconsequentes.
Tais medidas do STF vão afetar imediatamente no mínimo 32 sentenças da Lava Jato envolvendo 143 condenados.
É uma vergonha absoluta, digam o que disserem os ilustres ‘juristas.’
O grande problema do país, hoje, são cerca de 600 homens e mulheres poderosos que mandam e desmandam de acordo com suas conveniências.
São os 600 da Câmara dos Deputados, do Senado e do STF.
Sem excluir ninguém.
Sem bonzinhos de um lado ou de outro.
A responsabilidade de cada um deles não é individual, respondem coletivamente pelas decisões das casas de que participam.
É para isso que seus salários são pagos pelo povo.
E não pra representar bandido.
Marco Angeli Full
Artista plástico, publicitário e diretor de criação.
Jornal da Cidade