A atual recessão que assombra o país é a maior e mais longa da nossa história. A alta taxa de desemprego desde 2014 parece não ter fim. Mas tenho uma boa notícia para dar a vocês.
A história da evolução do PIB da economia brasileira apresenta períodos de recessão seguidos por períodos de rápida recuperação.
A primeira grande arrancada brasileira foi logo após a depressão de 1929, quando o Brasil foi um dos primeiros a sair da recessão causada pela crise mundial.
Seguiram-se quase 30 anos de crescimento, interrompidos apenas no início da década de 1940 pela Segunda Guerra Mundial. Neste período foram criadas a Petrobras, a CSN e o BNDES.
O plano de metas de JK lançou as bases de infraestrutura rodoviária, ferroviária e energética que usamos até hoje. É claro que foi um período de excessos, com endividamento público e emissão monetária inflacionária. A crise do início dos anos 60 foi em parte fruto dessa ousadia. Esta crise econômica que teve seu auge em 1963 debelou a Revolução de 1964.
Durante o Regime Militar, o país reencontrou a rota do crescimento até 1980. As reformas institucionais implementadas serviram de base para o crescimento do país nas décadas seguintes. Porém, a recessão do início dos anos 80 certamente acelerou o final do regime militar.
Na década de 90, o desempenho econômico insatisfatório não foi apontado como catalisador do impeachment de Collor. Mas será que se a nossa economia estivesse de vento em popa ele teria caído?
Foi uma década marcada pela abertura da economia, o controle da inflação, a privatização e uma melhora fiscal que prepararam o país para um novo ciclo de crescimento. O período que vai de 1990 até 1999 ficará na história como uma grande fase de ajustamento com crescimento baixo.
O Governo Lula, iniciado em 2003, recebeu um Brasil ajustado e pronto para decolar.
O contexto econômico era favorável, mas aí veio o mensalão, o petrolão e toda a história recente que conhecemos.
Apesar dos escândalos de corrupção, Lula fez sua sucessora e ela se reelegeu em 2014, no início da nossa maior recessão. Como no caso de Collor, certamente a crise econômica contribuiu para o impeachment da ex-presidente.
Agora, em 2019, os indicadores econômicos dão sinais de recuperação. A taxa SELIC baixou para o menor patamar de todos os tempos, 5,5%.
Atenção investidores de plantão! O melhor momento de se investir não é quando a economia estiver em alta de novo. A hora de se investir é pouco antes do crescimento acontecer para se obter maiores ganhos.
Como em toda crise, os primeiros a sentirem seus efeitos são os pequenos investidores e empresários, porém, na retomada do crescimento, a boa notícia é que estes também são os primeiros a se recuperarem.
Ao que tudo indica, a hora de investir é agora!
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Emílio Kerber Filho
Professor.
Jornal da Cidade