Laticínios e vinhos, são apenas dois, das centenas de grupos de produtos que foram contemplados pelo acordo assinado no G20.
Queijos e vinhos produzidos em pequenas agroindústrias familiares, serão comprados pelas exportadoras para enviar ao exterior, isso significa dinheiro vivo caindo na conta.
Quanto mais qualidade tiver o produto, mais vendas, quanto maior a venda, mais se investe em compra de vacas leiteiras, aquecendo o mercado agropecuário; mais se contrata pessoas simples para cuidar dos animais, para ordenhar, fazer os queijos, cuidar dos parreirais de uva e produzir o vinho; gira dinheiro também na compra e na contratação de operadores de novos maquinários, etc. É assim que a teia do dinheiro se espalha e muita gente começa a aderir nela. Esta é a temida roda capitalista que o socialista se acha incapaz de entrar.Não foi um acordo qualquer, estamos falando da maior área de livre comércio do mundo com 800 milhões de consumidores e tarifa zero.
A indústria esperava essa chance desde 1999, mas não acontecia porque os governos de esquerda que assumiram os países do Mercosul, não queriam desenvolver a indústria e o comércio, por quê? Porque isso significaria empoderar os empresários e esses, poderiam criar um bloco político capaz de angariar muitos votos dos empregados e a esquerda perderia o poder.
Vou dar um exemplo pra explicar melhor:
Imaginem um bloco de empresários "podre de ricos" que inclui o dono da Havan, da Riachuelo, do SBT, da Rede Record, mega empresários do quilate de João Amoedo, das Lojas Americanas, Lojas Renner, marcas de cerveja, os milionários donos de vinícolas e pecuaristas brasileiros e dos fabricantes de maquinários agrícolas tipo John Deere, New Holland, Massey Ferguson, Agrale... enfim...
Esse povo todo aí em cima, têm poderio econômico para empregar cidades inteiras de funcionários e eles votariam (e também se candidatariam) para vereadores, prefeitos, deputados e para presidente.
Se a JBS e a Odebrecht, sozinhas, conseguiam manter o PT no poder (mesmo com o povo descontente), imaginem esse bloco de super empresários que atuam desde o interior de pequenos municípios, até os shoppings mais badalados? Entendem o pavor da esquerda?
Entendem o desespero do #EleNao?
O atraso que a esquerda promoveu onde se instalou, é algo incalculável! Por medo dos liberais econômicos, a esquerda latina preferiu nos condenar aos benefícios sociais.
Afinal, para as gerações criadas pela família Castro e por Lula, é mais vantagem ganhar 100 reais do governo sem precisar trabalhar, do que ganhar mil reais do patrão tendo que trabalhar todos os dias e ainda ajudando o patrão a ficar mais rico. Essa é a lógica petista incrustada na mentalidade da geração que está no auge de sua produtividade. Que estrago, senhores...
Mas a próxima geração vêm diferente!
Daqui uns 50 anos os antropólogos irão comparar a geração "mimimi 2018" com a geração que está surgindo e todos saberão quem se tornou um cidadão melhor sucedido. A consequência deste acordo começa agora, os países do Mercosul têm 2 anos para se adaptarem aos novos padrões europeus de qualidade e teremos investimentos imediatos nas reestruturações de fazendas e indústrias de todos os portes. Sem contar o transporte que irão movimentar caminhões, navios, trens e aviões abarrotados de mercadorias.
Politicamente, esse acordo tende a derrubar Cristina Kirchner, o Lula de saias, que tenta se eleger na Argentina para fugir da cadeia, usando o velho discurso populista de que o governo é que tem que garantir a nossa sobrevivência, porque todo patrão é "malvadão" e todo empregado é um "escravo". Melhor ganhar 100 do governo do que mil do patrão. A geração #EleNao é um fracasso!
Raquel Brugnera
Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.
Jornal da Cidade