sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Polícia Federal chega na conexão que liga Lula a Portugal: filho no balaio

Filho Ronaldo Fenômeno, de Lula, e Oi: relações perigosas
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Filho Ronaldo Fenômeno, de Lula, e Oi: relações perigosas


Claudio Tognolli - Yahoo Notícias



Um relatório da Polícia Federal indica que um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá se tornar o novo alvo de suas investidas. Segundo o documento, anexado na Lava Jato, os principais financiadores da empresa Gamecorp, que pertence a Fábio Luís Lula da Silva, injetaram na firma ao menos R$ 103 milhões. A cervejaria Petrópolis e empresas ligadas à Oi seriam os principais remetentes desses recursos.

http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/12/1845686-empresa-de-filho-de-lula-recebeu-r-103-milhoes-aponta-laudo-da-pf.shtml
A defesa de Lula diz que a Oi/Telemar é acionista da Gamecorp e participa de sua administração. Também afirma que sigilos bancários, mesmo quando quebrados, devem ser usados exclusivamente para investigação, não para “divulgação pública”.
“Serão tomadas todas as providências cabíveis para que as autoridades federais responsáveis por essa divulgação sejam punidas na esfera funcional, além de serem responsabilizadas por todos os danos causados à Gamecorp e a G4.”
A Oi diz que contrata a Gamecorp para serviços de produção do canal que exibe a programação da Oi TV e os direitos de transmissão do canal Play TV.
O grupo Petrópolis diz que os pagamentos se referem a “serviços prestados para implantação de TV corporativa” da empresa e também veiculação de publicidade.
Bem…
A Andrade Gutierrez foi a empreiteira que comprou por 4 milhões de reais a empresa de Lulinha, em 2005. Via Sergio Andrade, Lulinha vendeu à Telemar, do mesmo Sérgio, seu negócio de Ronaldinho. O MPF inocentou Lulinha.
Em 2015 contei como esse esquema bateu em Portugal:
http://bit.ly/2iloUcg
O que já sabemos: a empreiteira Andrade Gutierrez pagou propina em seis obras, disse em depoimento de sua delação premiada na Operação Lava-Jato o ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco. Barusco susteve  que mantinha contato com Antonio Pedro e, posteriormente, com Paulo Dalmazzo, que, segundo ele, eram diretores da empreiteira.  A Andrade Gutierrez, referiu Barusco,  tinha seis grandes contratos com a Petrobras: 3 na área de abastecimento, dois em gás e energia e um em serviços.
Em 29 de julho do ano passado a Justiça Federal abriu ação penal contra o empresário Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, e mais 12 investigados na Operação Lava-Jato. A Procuradoria da República atribui ao empreiteiro e aos outros acusados os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.  A decisão foi do juiz federal Sérgio Moro.
Sob delação premiada, o engenheiro Mário Góes, apontado como operador de propinas, fez acusações outras. Seguindo suas dicas, ora se sabe  que, entre 2007 e 2009, a empresa repassou quase R$ 5 milhões à Rio Marine, empresa de Mário Góes, simulando consultorias para a plataforma P-57. Desse total, R$ 3,5 milhões seriam propina a Barusco.
Sob delação premiada, o engenheiro Mário Góes, apontado como operador de propinas, fez acusações outras. Seguindo suas dicas, ora se sabe  que, entre 2007 e 2009, a empresa repassou quase R$ 5 milhões à Rio Marine, empresa de Mário Góes, simulando consultorias para a plataforma P-57. Desse total, R$ 3,5 milhões seriam propina a Barusco.
Mário Góes reveloua primeira vez que foi procurado para dividir comissões com Pedro Barusco foi no início da década de 2000. “Mas o negócio não deu certo, eo esquema de propina começou entre 2003 e 2004”. Mário Góes contou que em 2008 foi criada uma conta só para pagamentos a Barusco. A Zagope, empresa do grupo Andrade Gutierrez que atuava em Angola, fechou contrato com uma empresa na Suíça controlada por Mário Góes, mas que nunca prestou um serviço. O valor: US$ 6 milhões.
Mário Góes disse que recebeu das mãos de Antônio Pedro Campello, da Andrade Gutierrez, por duas ou três vezes de R$ 100 a R$ 200 mil em sua residência.
Mário Góes contou que quando começou a participar do esquema de recebimento de propina, ouviu de Pedro Barusco que o então diretor Renato Duque gostava mais de jantares, cabendo a ele, Barusco, atuar na diretoria de Serviços da Petrobras. E que o Partido dos Trabalhadores estaria dando suporte a esse tipo de atividade.
Mário Góes confessou ter destruído provas a mando de Barusco.