sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Justiça manda prender viúva, PM e seu primo por morte de embaixador grego


A mulher do embaixador grego, Françoise de Souza Oliveira, chega para prestar depoimento na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense - Fabiano Rocha / Agência O Globo

Vera Araújo - O Globo


Cúmplice do crime, Eduardo disse à polícia que Françoise teria oferecido R$ 80 mil


O delegado-adjunto Evaristo Pontes, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, afirmou que não há dúvidas sobre a participação de Françoise Amiridis, de 40 anos, e o PM Sérgio Gomes Moreira Filho de 29, na morte do embaixador grego Kyriacos Amiridis. A mulher era a esposa do diplomata. Segundo o delegado, o Plantão Judiciário decretou a prisão temporária por 30 dias de Françoise, Sergio e Eduardo Moreira, de 24 anos, primo do policial que teria ajudado a carregar o corpo da vítima. Embora Françoise negue, Eduardo disse em depoimento que ela seria a mandante, que lhe ofereceu R$ 80 mil pelo serviço.
Nesta sexta-feira, Françoise confessou à polícia que participou do crime. Segundo os investigadores, tanto Françoise quanto o PM confessaram que os dois tinham um caso.

A polícia acredita que o assassinato de Amiridis tenha acontecido na sala da casa do casal, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Não houve barulho de tiros, o que pode levar a crer que o diplomata foi morto a facadas.

Amiridis foi morto antes de ser levado para dentro do carro que ele havia alugado no dia 21. 

O veículo foi encontrado carbonizado nas proximidades do Arco Metropolitano. Agentes da DHBF encontraram, na última quinta-feira, um sofá com manchas de sangue na residência onde o diplomata estava com a mulher. Os investigadores já sabem que o corpo foi retirado da casa por volta das 3h da madrugada de quarta-feira.

PM SERÁ SUBMETIDO A CONSELHO DISCIPLINAR

O Soldado Sérgio Gomes Filho tem 29 anos, está na Corporação desde abril de 2012 e trabalhava na UPP Fallet/Fogueteiro. Ele será submetido a Processo Administrativo Disciplinar, no caso, um Conselho de Revisão Disciplinar (CRD), que irá decidir por sua permanência ou exclusão da Instituição. Após os procedimentos realizados pela Polícia Civil, o policial será encaminhado para a Unidade Prisional da PM.