O Brasil teve superávit comercial de 4,758 bilhões de dólares em novembro, mais alto para o mês da série histórica iniciada em 1989, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira.
O desempenho veio acima do saldo positivo em 3 bilhões de dólares estimado por analistas em pesquisa Reuters. Enquanto as exportações somaram 16,220 bilhões de dólares no mês, as importações foram de 11,463 bilhões de dólares. No acumulado dos 11 meses do ano, o superávit é de 43,282 bilhões de dólares, também recorde para o período na série histórica. Em outubro, o superávit comercial havia diso de 2,34 bilhões de dólares de dólares, melhor desempenho para o mês desde 2011.
Na comparação de novembro com o ano anterior, cresceram as exportações de produtos manufaturados (+41,8%) e semimanufaturados (+21,3%), enquanto retrocederam as vendas de produtos básicos (-5,5%). No grupo dos manufaturados, os principais crescimentos de vendas vieram principalmente de plataforma para extração de petróleo (de zero para 1,9 bilhão de dólares), açúcar refinado (+109,2%, para 243 milhões de dólares), automóveis de passageiros (+85,0%, para 532 milhões de dólares), motores e geradores elétricos (+39,7%, para 104 milhões de dólares), veículos de carga (+35,2%, para 172 milhões de dólares).
Em relação às importações, a principal queda foi de de combustíveis e lubrificantes, com baixa de 46,9% em relação ao mesmo mês do ano anteiror. Segundo o MDIC, a retração ocorreu principalmente pela diminuição dos preços de petróleo em bruto, gás natural, querosene de aviação, óleo diesel, óleos lubrificantes, carvão, gasolina. Os segmentos de bens de capital e bens de consumo também registraram queda (de 22,4% e 0,8%, respectivamente) , enquanto cresceram as compras de bens intermediários (+1,2%), na mesma comparação.