O diretor do Santander, Roberto Campos Neto , será o presidente do Banco Central no governo de Jair Bolsonaro. O atual secretário do Tesouro, Mansueto de Almeida, vai permanecer no cargo. A assessoria do superministro da Economia, Paulo Guedes, divulgou nota na tarde desta quinta-feira confirmando as indicações.
"O economista Roberto Campos Neto aceitou o convite e terá seu nome indicado ao Senado Federal para presidir o Banco Central. Com extensa experiência na área financeira, pós-graduado em economia pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), Campos Neto deixa diretoria do Banco Santander, onde ingressou em 2000.
O economista Mansueto de Almeida será indicado para permanecer no cargo de Secretário do Tesouro Nacional, que ocupa desde abril de 2018. Com extensa experiência no setor público, tendo passado pelo IPEA e ocupado outros cargos importantes no Ministério da Fazenda, é mestre em Economia pela USP e cursou doutorado em Políticas Públicas no MIT", diz o texto.
Roberto Campos Neto teve duas reuniões com o governo de transição nas últimas semanas. Seu nome ainda precisa passar por sabatina e aprovação do Senado.
Ao manter Mansueto de Almeida no comando do Tesouro Nacional, Paulo Guedes reforça o perfil liberal de sua equipe . Mansueto é um dos idealizadores da regra do teto de gastos e um crítico feroz da política de subsídios implementada nos governos petistas.
O nome do atual diretor do Santander foi confirmado após o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, recusar o convite feito pelo superministro da Economia , Paulo Guedes. Economistas ouvidos pelo GLOBO avaliam que ele terá capacidade de manter o trabalho que vem sendo feito desde 2016 por Ilan Goldfajn.
Após a confirmação do nome de Roberto Campos Neto, o atual presidente do BC elogiou a escolha por meio de nota .
Geralda Doca, O Globo