Ex-presidiário afirmou que os dois últimos mandatários destruíram as ações sociais do covil do PT
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (25), no Uruguai, que herdou um país “semidestruído” e que isso o obriga a estabelecer “novos rumos” para o Brasil.
Em visita a Montevidéu, o mandatário também chamou o ex-presidente Michel Temer (MDB) de “golpista” ao defender que os avanços sociais foram destruídos na gestão do emedebista.
Apesar de tratar o impeachment de Dilma Rousseff (PT) como “golpe”, o petista conta com o apoio do MDB de Temer em seu governo. Ele entregou três ministérios à sigla: Planejamento (Simone Tebet), Cidades (Jader Filho) e Transportes (Renan Filho).
A fala foi proferida ao lado do presidente uruguaio, Luis Alberto Lacalle Pou, que negocia um acordo bilateral com a China. Lula defendeu que o Uruguai não negocie sozinho com Pequim, e que as tratativas também incluam o Mercosul.
“Hoje o Brasil tem 33 milhões pessoas passando fome. Significa que quase tudo que fizemos de benefício social no meu país, em 13 anos de governo, foi destruído em seis anos, ou em sete anos, nos três do golpista Michel Temer, e quatro do governo Bolsonaro”, declarou.
Lula também tentou dissuadir Lacalle Pou de assinar um tratado entre o Uruguai e a China. Ele avalia que isso poderia desequilibrar o Mercosul e que seria melhor negociar em conjunto.
“Tenho dito aos meus ministros nós vamos intensificar as discussões com a União Europeia e vamos firmar esse acordo para que a gente possa discutir, apenas em seguida, um possível acordo entre China e Mercosul. E acho que é possível, apesar de o Brasil ter na China o seu maior parceiro comercial, o Brasil ter um grande superávit com a China, nós queremos sentar enquanto Mercosul, e discutir com nossos amigos chineses, um acordo Mercosul-China”, disse Lula.