'Ministro', notório por soltar o ex-presidiário e outros criminosos do colarinho branco ainda 'defendeu a liberdade de expressão'
Durante a cerimônia de posse do ministro Agricultura, Carlos Fávaro, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, mandou uma indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Mendes, cabe a quem perdeu “lamber as feridas e se preparar para uma próxima eleição”.
“A eleição se encerra”, declarou Mendes. “Cabe a quem ganhou, governar. E, obviamente, quem governa precisa de ordem, de paz, e não de conflituosidade. Quem eventualmente perdeu, com uma margem maior ou menor, recebe uma designação para fazer oposição. Também é uma missão constitucional.”
Segundo Mendes, é fundamental “respeitar os dissensos e a liberdade de expressão”. O ministro ainda disse que acompanhou com “preocupação” os casos que aconteceram durante as eleições deste ano, como boicote de empresas e bloqueios nas rodovias para “impedir os eleitores de votarem”.
Depois, Gilmar Mendes afirmou que, em um país dividido por “paixões”, é fundamental mostrar às pessoas que, apesar do resultado das eleições, a vida continua e todos devem se manter unidos em defesa do Brasil.
“O adversário, e a gente está vendo isso na composição do ministério, o eventual adversário de ontem é o aliado potencial de hoje”, observou Mendes, ao mencionar a composição ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que possui nomes que apoiaram até mesmo o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “A democracia se faz assim.”
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