Dois deles teriam sido escoltados para fora empresa
A primeira medida do bilionário Elon Musk, depois de comprar o Twitter, foi demitir os quatro mais altos executivos da plataforma: o presidente-executivo, Parag Agrawal; o diretor financeiro, Ned Segal; a chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde; e o principal advogado da empresa, Sean Edgett.
Os dois primeiros, segundo a imprensa internacional, que estavam na sede da empresa em São Francisco, na Califórnia, foram escoltados para fora. Desde a oferta inicial até a finalização das negociações, que demoraram cerca de seis meses, Musk acusou Agrawal e Segal de fornecerem dados “maquiados” sobre o número de contas falsas.
Ao concretizar a compra, o bilionário disse que estava fazendo isso “pelo futuro da civilização”. Depois de anunciar a transação, ainda na quinta-feira 27, Musk tentou acalmar os temores entre os funcionários de que grandes demissões estão chegando e garantiu aos anunciantes que suas críticas anteriores às regras de moderação de conteúdo da plataforma não prejudicarão a plataforma nem os anúncios.
“O Twitter obviamente não pode se tornar um inferno livre para todos, em que qualquer coisa pode ser dita sem consequências”, afirmou Musk, em carta aberta aos anunciantes.
Além disso, o bilionário dono da Tesla e da Space X disse que vê a nova aquisição como uma base para a criação de um “superaplicativo” que ofereceria tudo, desde transferências de dinheiro até compras e caronas. “O potencial de longo prazo para o Twitter, na minha opinião, é uma ordem de magnitude maior do que seu valor atual”, disse Musk a analistas, em 19 de outubro.
As ações do Twitter encerraram as negociações na quinta-feira em Nova Iorque com alta de 0,3%, a US$ 53,86, um pequeno desconto em relação ao preço de US$ 54,20 por ação.
A compra do Twitter foi fechada em US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões). Musk chegou a desistir do negócio, alegando que a plataforma teria omitido dados sobre o real número de contas falsas. O Twitter recorreu à Justiça para fazer Musk comprar ou pagar a multa de US$ 1 bilhão pela desistência. Faltando 24 horas para expirar o prazo que a Justiça havia lhe concedido, ele optou por comprar a plataforma.
Revista Oeste