Resoluções aprovadas em um encontro de direitos humanos do PT apoiam uma série de propostas polêmicas. Divulgado em dezembro de 2021, os documentos mostram que a legenda defende a legalização das drogas, a soltura de presos provisórios e até a desmilitarização da polícia. A legenda tirou o conteúdo do ar.
Sobre entorpecentes, o PT comunica, na resolução, que pretende “regular, descriminalizar e estabelecer redução de danos, além de fortalecer a saúde”.
No que diz respeito aos detentos, a legenda sugere “reverter o encarceramento em massa de pretos e pobres, a começar por desencarcerar milhares de presos provisórios”, vistos pela legenda como vítimas da sociedade capitalista.
Em outro trecho da resolução, o PT ataca os militares e propõe mudanças para eles. “Defendemos alterações estruturais nas instituições políticas, entre as quais o papel das Forças Armadas nas suas relações com a sociedade e com Estado e o governo”, diz trecho do documento. “O desafio das esquerdas é fundir as bandeiras da luta democrática com uma visão programática.”
Adiante, o PT defende promover a pauta LGBT, ampliando “direitos do grupo” e garantindo dinheiro para ativismo e criação da “transcidadania”. A sigla quer ainda um Estado “socialista, feminista, antirracista, ambientalista e libertário”.
A resolução também quer criar tribunais especiais e perseguição da livre expressão com justificativas de “defesa dos direitos humanos”.
No documento, o PT ameaça perseguir e “julgar Bolsonaro e seus cúmplices, ao instituir uma política de reparação e punição”. “Memória, Verdade e Justiça. Processar e punir os responsáveis pelo genocídio, criar uma política de promoção da memória, da verdade, com a criação de uma Justiça de transição”, promete o PT. “Tribunal de Manaus para julgar Bolsonaro e seus cúmplices.”
Resoluções do PT são citadas por Bolsonaro em debate
Durante o debate da Globo, o presidente Jair Bolsonaro interpelou Lula sobre os documentos. O petista esquivou-se da pergunta, ao mencionar que as resoluções são definidas pelos diretórios e não, necessariamente, fazem parte do plano de governo enviado ao Tribunal Superior Eleitoral. Até o momento, contudo, o PT ainda não publicou todas as promessas do texto, tampouco os nomes dos ministros, informando divulgará “quando vencer a eleição”.
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Cristyan Costa, Revista Oeste