Presidente do TSE negou pedido do presidente para investigar possíveis irregularidades em inserções de rádio do candidato
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, citou a página “Desmentindo Bozo” no indeferimento de um pedido do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), para investigar irregularidades em inserções de rádios. “Bozo” é um termo jocoso usado pela esquerda para satirizar Bolsonaro.
A campanha do presidente havia apresentado ao TSE o que seriam evidências de fraudes em inserções em emissoras de rádio no Norte e no Nordeste. A Corte, contudo, informou que o material enviado não sustenta a denúncia.
Na decisão, Moraes usa um estudo realizado por um docente da PUC-Rio formado em engenharia, no qual o acadêmico agradece à página Desmentindo Bozo. “Os erros e inconsistências apresentados nessa ‘pequena amostragem de oito rádios’ são patentes, tanto que constatados rapidamente em pesquisa do professor Miguel Freitas”, argumentou Moraes, no documento.
Indeferimento de Moraes a pedido de Bolsonaro
Em decisão publicada na noite de ontem, Moraes afirmou que não foram apresentados documentos capazes de sustentar a denúncia feita pelo governo.
“Não bastasse essa alternância de pedidos genéricos, incertos e não definidos, os requerentes não trouxeram qualquer documento suficiente a comprovar suas alegações, pois somente juntaram documento denominado de ‘relatório de veiculações em rádio’, gerado por uma empresa — ‘Audiency Brasil Tecnologia’ — não especializada em auditoria e cuja metodologia não oferece as condições necessárias de segurança para as conclusões apontadas pelos autores, conforme se verificará adiante”, escreveu o ministro.
A denúncia foi feita na segunda-feira 24. No mesmo dia, Moraes, despachou a queixa, dando prazo de 24 horas para que a equipe de Bolsonaro apresentasse provas. Os advogados da campanha de Bolsonaro pediram ao TSE a imediata suspensão da propaganda de rádio da Coligação Brasil da Esperança, do candidato adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em todo o território nacional.
Cristyan Costa, Revista Oeste
Em Tempo: Ex-secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes foi advogado do PCC, segundo o covil do Loola, íntimo de Marcola e curriola. E de outras facções do crime organizado. Parceiras da quadrilha do Loola