A queda dos papéis chegou a 8% no primeiro pregão
As ações da Petrobras abriram em queda na B3, a bolsa de valores do Brasil. Na manhã desta segunda-feira, 31, as cotações de PETR3 e PETR4, da estatal, caíram 7,7% e 8%, respectivamente.
O menor preço das ações da Petrobras na B3, nesta manhã, foram R$ 33,01 para PETR3, e R$ 29,95 para PETR4. Hoje, é o primeiro dia de pregão depois da eleição de Lula (PT) para a Presidência da República.
Nos Estados Unidos, também houve queda na cotação da estatal. A redução do valor na pré-abertura do mercado norte-americano chegou a 10%.
Lula, corrupção e a Petrobras
O petista chegou a ser condenado por corrupção em casos envolvendo a estatal. Durante seu governo, teve início o Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história do país. O esquema envolveu o pagamento de propinas por empreiteiras para obter vantagens em licitações de obras relacionadas à Petrobras.
Em um dos casos mais emblemáticos, Lula foi condenado, após ser acusado de aceitar um apartamento triplex da OAS como pagamento. A empresa é uma das construtoras que obtiveram vantagens por meio do esquema.
Léo Pinheiro, presidente da OAS à época do episódio, chegou a ser fotografado com o petista no imóvel. Em depoimento à Justiça, o executivo confirmou o acordo para o pagamento de propinas.
Além disso, executivos de outras construtoras, como Odebrecht e Queiroz Galvão, também confessaram o esquema e devolveram dinheiro como restituição. O próprio Léo pinheiro, por exemplo, topou devolver R$ 45 milhões aos cofres públicos em um acordo de delação premiada.
As irregularidades foram descobertas por meio da Operação Lava Jato. As investigações tiveram início na Justiça Federal no Paraná, conforme relatou Silvio Navarro, em “A corrupção esquecida”‘, artigo publicado para a Edição 112 da Revista Oeste.
“Em 2014, um grupo de investigadores de Curitiba perseguia o doleiro Alberto Yousseff, numa operação batizada de Lava Jato”, informou. “O nome fazia referência a um estabelecimento de fachada para lavagem de carros num posto de gasolina em Brasília, onde também funcionava uma casa de câmbio. O fio dessa apuração levou a Polícia Federal até Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras.”
Leia também: “De volta à cena do crime”, artigo de J.R. Guzzo para a Edição 136 da Revista Oeste
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