O procurador Mauricio Gotardo Gerum, que atua na segunda instância da Lava Jato, opinou hoje contra a inclusão, no processo do sítio de Atibaia, das mensagens roubadas da força-tarefa.
A defesa de Lula pediu ao desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do recurso contra a condenação no TRF-4, o uso dos diálogos como prova da velha tese de perseguição política.
Apresentou no processo mensagens mostrando uma suposta proximidade entre Deltan Dallagnol e Sergio Moro, pedidos informais feitos à Receita e comentários de procuradores que não fazem parte da equipe que atua no Paraná.
Além de apontar a óbvia ilegalidade das mensagens como “prova” — porque obtidas sem autorização judicial e passíveis de adulteração –, Gerum refutou a acusação de atuação irregular em todos esses casos.
“Apesar da aparente proximidade entre os dois órgãos, não contribuiu ela em momento algum a direcionar decisões judiciais ou ações do Ministério Público. Ainda, de se notar que não dizem respeito especificamente a este processo e nem foi o magistrado que delas participou o responsável pela sentença a ser analisada em grau recursal”, disse, referindo-se à condenação de Lula no caso por Gabriela Hardt e não por Sergio Moro — as mensagens do ex-juiz com Deltan versavam sobre o processo do triplex.
Com O Antagonista