segunda-feira, 29 de julho de 2019

“As conversas ainda não trouxeram algo verdadeiramente demolidor”, diz advogado da organização criminosa do Lula que defende hackers

Nem demolidor, nem destruidor


O advogado de Manuela D’Ávila é um dos mais espalhafatosos adversários da Lava Jato e participa do grupo de WhatsApp dos defensores lulistas.

Nem ele, porém, parece muito entusiasmado com os traques de Glenn Greenwald.

Ele disse para o Estadão:

“As conversas ainda não trouxeram algo verdadeiramente demolidor”.

E mais:

“O negócio do cara querer ganhar dinheiro com as palestras, se utilizando da fama que o trabalho oficial lhe deu. Isso tira o caráter de bom moço do Deltan Dallagnol, mas ainda não apareceu algo verdadeiramente destruidor do ponto de vista jurídico processual.”

Ele negou também que a liberdade de imprensa esteja ameaçada:

“Olha, é difícil dizer que hoje ela esteja ameaçada. Mas trevas não se instalam de repente, elas vão caindo, a noite vai caindo. E a impressão que eu tenho é que um discurso de ódio e perseguidor do presidente da República, pode ser uma ameaça para a liberdade de imprensa, sim. Ainda que remota, ainda que não seja atual, mas é preciso estar desperto para isso.”

Sobre a eventual prisão de Glenn Greenwald. ele disse:

“Eu penso que não faz nenhum sentido, porque não há um marco na nossa legislação que proíba o trabalho que ele vem fazendo, vale dizer, de divulgar essas conversas. O que se proíbe é se houve um trabalho de hacker com intuito de interceptar algo que não poderia ser interceptado senão por autorização judicial. Quer dizer, essa atividade de uma interceptação clandestina que se fez, se é que foi assim, é atividade ilícita. Agora a partir do momento que o material chegou às mãos da imprensa, não me parece que possa haver uma restrição na sua publicação. Talvez só em casos que envolvam segurança nacional, fora daí não.”

Com O Antagonista