Yasuyoshi Chiba - 19.mai.2016/AFP | |
Vista do Terminal 2, no aeroporto do Galeão, no Rio Folha de São Paulo O Ministério dos Transportes informou nesta terça-feira (27) que aceitou o pedido da concessionária do aeroporto do Galeão (RJ), a RioGaleão, e concedeu mais quatro meses para que ela resolva suas pendências e pague a parcela de R$ 1 bilhão de sua outorga, vencida em maio. Para fechar esse acordo, o consórcio se comprometeu a pagar R$ 120 milhões até sexta (30) e mais R$ 37 milhões até o final de abril de 2017, como relatou o jornal "Valor Econômico". O ministério afirmou que sobre os valores não pagos incidirá multa de 2% e juros corrigidos pela Selic (a taxa básica de juros).
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Os atrasos são decorrentes da "imprevisível queda expressiva do PIB por dois anos seguidos, coincidindo com os anos de maior necessidade de caixa para investimento". Ainda segundo o consórcio, outro fator determinante é a não liberação do empréstimo de longo prazo pelo BNDES, o que afetou o fluxo de caixa previsto. O governo concordou com a proposta da RioGaleão porque a Odebrecht colocou à venda sua participação na concessionária, que enfrenta dificuldades para honrar seus compromissos com o governo. O principal problema é o empréstimo do BNDES que não saiu, principalmente devido ao envolvimento da empreiteira na operação Lava Jato. Sem o financiamento, a RioGaleão não consegue se reestruturar e acertar um novo cronograma de pagamentos com o governo. Os R$ 37 milhões a serem pagos em abril sairão do caixa da própria concessionária e não dos acionistas, como estava previsto. |