sexta-feira, 29 de julho de 2016

Hillary aceita oficialmente a indicação democrata

Hillary Clinton, na Convenção do Partido Democrata, em Filadélfia Foto: ROBYN BECK / AFP
Hillary Clinton, na Convenção do Partido Democrata, em Filadélfia - ROBYN BECK / AFP

Com O Globo



FILADÉLFIA — Hillary Clinton disse “sim” e será a primeira mulher a concorrer à Presidência americana por um dos grandes partidos do país. A ex-secretária de Estado foi apresentada por sua filha, Chelsea, que descreveu a mãe como “uma lutadora que nunca desiste”.

A ex-secretária de Estado entrou no palco do Wells Fargo Center, em Filadélfia, sob uma chuva de aplausos, e agradeceu os oradores dos quatro dias de convenção, afirmando que “os Estados Unidos são um país melhor graças à liderança de Barack Obama”.

— E eu sou uma pessoa melhor graças a sua amizade — completou a democrata que deu um longo abraço no presidente após seu discurso na noite de quarta-feira.

Hillary destacou os discursos do vice-presidente Joe Biden; de seu companheiro de chapa, Tim Kaine, e da primeira-dama, Michelle Obama. E mandou uma mensagem aos apoiadores do senador Bernie Sanders, derrotado nas primária do partido, com quem prometeu trabalhar para expandir a educação superior gratuita:

— Quero agradecer a Bernie Sanders, cuja campanha mobilizou milhões de americanos — afirmou a candidata. — Você colocou questões de justiça econômica e social em uma posição de destaque, e é onde elas devem estar. A todos os seus apoiadores aqui, e em todo o país, quero que saibam que nós os ouvimos, e suas temas são os nossos temas.

A ex-secretária de Estado não poupou alfinetadas ao republicano Donald Trump, rival na corrida presidencial, afirmando que o magnata quer “dividir o país e fazer com que tenhamos medo do futuro e medo uns dos outros”, e atacando propostas do bilionário como a construção do muro na fronteira com o México ou a tentativa de proibir a entrada de muçulmanos no país.

— Roosevelt deu a perfeita resposta a Trump há mais de 80 anos: a única coisa que temos que temer é o próprio medo — afirmou. — Não construiremos muros. Em vez disso, construiremos uma economia que permitirá bons empregos a todos que quiserem. Não vamos banir uma religião. Vamos trabalhar ao lado de todos os americanos e nossos aliados para lutar contra o terrorismo e derrotá-lo. Não deixem que ninguém nos diga que nosso país é fraco. Ele não é. E não acreditem em ninguém que diz “vou resolver isso”, como Trump disse em Cleveland. Americanos dizem “vamos resolver juntos”!
Houve espaço até mesmo para uma crítica ao lema do rival, que promete “tornar os EUA grande novamente”.

— Donald Trump poderia começar a fazer coisas nos Estados Unidos. Em vez disso ele produz suas gravatas Trump na China em vez do Colorado, e seus ternos Trump no México, e não em Michigan.