Selma Kuckelhaus disse que sua decisão foi motivada pela “árdua defesa das liberdades individuais”
A coordenadora da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), Selma Kuckelhaus, solicitou na quinta-feira 27 o desligamento do cargo, após a universidade exigir passaporte de vacina para acessar qualquer prédio da instituição.
Em um comunicado aos integrantes do curso, a professora informou que, por não estar vacinada, sua situação ficou em desacordo com a gestão da faculdade. Ela disse também que a decisão foi motivada por sua “árdua defesa das liberdades individuais”.
Professora questiona vacina contra covid
Selma, que é doutora em Ciências Médicas pela UnB, diz que é sensível ao momento pandêmico, mas que as vacinas ainda estão em desenvolvimento e que, nessa fase, surgem inúmeros questionamentos sobre a segurança e a eficácia dos imunizantes.
“Para além disso, as vacinas disponíveis não impedem a infecção e tampouco o contágio, como demonstrado pelos inúmeros casos de infecção de indivíduos vacinados”, disse a professora.
Para ela, existe uma incongruência na imposição do passaporte sanitário, porque a medida desconsidera indivíduos que se recuperaram da infecção pela covid-19 e que possuem imunidade natural, bem como aqueles que não sentem segurança nas vacinas disponíveis e julgam que o risco supera o benefício.
Passaporte vacinal
A UnB aprovou na quinta-feira 27 o passaporte de vacina contra covid-19 para entrada em qualquer prédio da instituição. A medida, que entrará em vigor 15 dias depois da sua publicação, vale para qualquer pessoa, inclusive visitantes.
A vacinação só será considerada completa após o recebimento de todas as doses disponibilizadas no Distrito Federal para cada faixa etária, incluindo doses de reforço.
Revista Oeste