sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Número de passageiros nos aeroportos aumenta 44%

 

Os terminais devem receber cerca de 3 milhões de passageiros até 3 de janeiro
Os terminais devem receber cerca de 3 milhões de passageiros até 3 de janeiro | Foto: Nelson Almeida

Com o avanço da vacinação e a diminuição dos casos registrados de covid-19 em todo o país, os brasileiros estão voltando a viajar no final do ano.

Os aeroportos administrados pela Infraero devem receber cerca de 3 milhões de passageiros até 3 de janeiro.

De acordo com a empresa, que opera 37 aeroportos em todo o país, o número será 44% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo as informações repassadas pelas companhias aéreas, o número de pousos e decolagens deve chegar a 22,6 mil, 37% maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 16,5 mil, entre 18 de dezembro de 2020 e 4 de janeiro deste ano.

Volume de passageiros do setor aéreo cai 53% durante a pandemia do vírus chinês

Em 2020, o volume de passageiros do setor aéreo caiu de 93,8 milhões para 44 milhões. Ou seja: uma queda de 53%.

O dado aparece no Estudo Redes e Fluxos do Território: Ligações Aéreas (2019-2020).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, responsável pela elaboração, divulgou seus resultados no começo de dezembro.

A publicação revelou ainda que o número de passageiros do ano passado é 36% menor que dez anos antes (69 milhões, em 2010).


Revista Oeste

Pronunciamento do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro

Pecuaristas cancelam contas no Bradesco

Banco incentiva a redução do consumo de carne

O Bradesco tenta conter o prejuízo
O Bradesco tenta conter o prejuízo | Foto: Reprodução/Flickr

A repercussão negativa do vídeo do Bradesco incentivando a redução do consumo de carne continua trazendo prejuízos para o banco. Além de diversas notas de repúdio, correntistas de peso anunciaram o encerramento das contas na instituição.

O Sindicato Rural de Uberlândia, por exemplo, informou na quinta-feira 30 o “cancelamento imediato da conta que mantinha no Bradesco”. A instituição pede que o banco “promova uma campanha publicitária em nível nacional que incentive o consumo da carne bovina como excelente fonte de proteína, com benefícios nutricionais já comprovados”.

Com cerca de 15 mil clientes, a Estância Bahia Leilões anunciou o fim de sua movimentação bancária com o Bradesco. Com sede em Cuiabá (MT), a empresa é uma das maiores leiloeiras do país. Seu presidente, Maurício Cardoso Tonhá, classificou o vídeo como um “ato de insanidade”. “Em respeito à pecuária brasileira e indignados com o ato de insanidade do Bradesco, que viola os nossos mais de 40 anos de relacionamento bancário, retiramos 100% de nossa movimentação financeira da instituição, disse Tonhá.

O Grupo Pecuária Brasil, formado por produtores, comerciantes, técnicos e prestadores de serviço, também anunciou o encerramento das atividades financeiras no banco. Uma nota em seu site comunica que houve desinformação na peça publicitária.

Bradesco tenta conter prejuízo

De acordo com o jornal Valor Econômico, “o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior, ligou para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para salientar que a publicação foi um erro operacional”. Lazari teria dito a Cristina que a posição do banco continua sendo apoiar a pecuária nacional e que o vídeo foi ao ar em razão de uma falha no processo de aprovação de mídias.

A reportagem ainda cita o fato de que, na quarta-feira 29, o banco publicou uma mensagem de apoio em 28 veículos de circulação nacional, para fazer mais uma tentativa de retratação ao setor.

Muito dinheiro em jogo

Em 2021, o Bradesco ampliou em 40% a carteira de agronegócio e fechou o ano com R$ 42 bilhões. Sua meta é chegar a R$ 50 bilhões em 2022.

LEIA TAMBÉM:

Revista Oeste

Já é 2022 em vários pontos do planeta

 

Virada do ano em Sydney, na Austrália | Foto: Keith McInnes/City of Sydney/Twitter
Virada do ano em Sydney, na Austrália | Foto: Keith McInnes/City of Sydney/Twitter

Enquanto os brasileiros fazem os últimos preparativos para o réveillon, já é 2022 em alguns países da Oceania e da Ásia. Na Austrália, por exemplo, o novo ano foi recebido com queima de fogos.

Em Sydney, maior cidade da Austrália, milhares de fogos de artifício iluminaram o céu sobre a Harbour Bridge e a Opera House na virada do ano (às 10 horas em Brasília).

Nova Zelândia, regiões mais orientais da Rússia e países como Samoa, Fiji e Ilhas Salomão também já comemoraram a virada do ano.

Em muitos lugares, as comemorações de réveillon foram canceladas, pelo segundo ano consecutivo, devido ao surto de covid-19 impulsionado pela variante Ômicron.

Na China, o governo de Xangai cancelou eventos públicos, incluindo um show de luzes anual ao longo do Rio Huangpu, no centro da cidade, que geralmente atrai centenas de milhares de espectadores.

Não havia planos para festividades públicas em Pequim, onde templos populares foram fechados ou tiveram acesso limitado desde meados de dezembro

Na capital da Coreia do Sul, Seul, a cerimônia anual de toque dos sinos no ano-novo de 2022 foi cancelada pelo segundo ano consecutivo, devido a um aumento no número de casos de covid.

As autoridades disseram que um vídeo pré-gravado da cerimônia de toque dos sinos deste ano seria transmitido on-line e na televisão.

O Vietnã também cancelou shows de fogos de artifício e celebrações. Em Hanói, as autoridades fecharam as ruas centrais, enquanto na cidade de Ho Chi Minh o público foi proibido de assistir a apresentações ao vivo de contagem regressiva.

Com informações do Estadão Conteúdo/Associated Press

Indicado ao STF por Lula, o mais depravado ladrão da história do Brasil, Lewandowski libera exigência de vacinação em universidades

 

Ministro Ricardo Lewandowski durante sessão plenária do Supremo Tribunal Federal | Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
Ministro Ricardo Lewandowski durante sessão plenária do Supremo Tribunal Federal | Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, indicado por Lula,  o mais depravado ladrão da história do Brasil, suspendeu nesta sexta-feira, 31, um ato do Ministério da Educação que proibia a exigência do comprovante de vacinação em universidades e institutos federais condicionante ao retorno das aulas presenciais.

O magistrado analisou um pedido apresentado pelo PSB em uma ação sobre vacinação que já tramitava no tribunal. Na decisão, ele entendeu que a exigência do passaporte sanitário está dentro dos limites da autonomia universitária.

“As instituições de ensino têm, portanto, autoridade para exercer sua autonomia universitária e podem legitimamente exigir a comprovação de vacinação”, afirmou.

Em despacho publicado na quinta-feira 30, o Ministério da Educação determinou que instituições federais de ensino não podem cobrar vacina contra a covid-19 para restabelecer a volta das aulas presenciais. Para a pasta, a exigência somente poderia ocorrer por meio de lei.

“A exigência de comprovante de vacinação para ingresso nas instituições de ensino seria um meio indireto à indução da vacinação compulsória, que somente poderia ser estabelecida por meio de lei”, justificou o MEC.

No entanto, Lewandowski afirmou que o ato do MEC contraria “as evidências científicas e análises estratégicas em saúde ao desestimular a vacinação”.

O ministro destacou que já existe uma lei que trata do tema, de fevereiro de 2020, que permite que autoridades tomem medidas para evitar a disseminação da doença, inclusive a determinação de realização compulsória de “vacinação e outras medidas profiláticas”.

“O Supremo Tribunal Federal tem, ao longo de sua história, agido em favor da plena concretização dos direitos à saúde, à educação e à autonomia universitária, não se afigurando possível transigir um milímetro sequer no tocante à defesa de tais preceitos fundamentais, sob pena de incorrer-se em inaceitável retrocesso civilizatório”, afirma o ministro.

Algumas universidades federais já aprovaram a exigência do comprovante de vacinação para alunos e professores e outras estudavam a medida para o início do próximo ano letivo.

Com informações de Afonso MarangoniRevista Oeste

No último dia do ano, Bolsonaro aumenta o salário mínimo e dá indícios de um próspero 2022

O Diário Oficial da União publicou, nesta sexta-feira (31), a Medida Provisória nº 1.091, de 30 de dezembro de 2021, assinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que define o valor do salário mínimo, a partir de 1º de janeiro de 2022, em R$ 1.212.

A portaria informa ainda que o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 40,40 e de R$ 5,51, o valor horário.

Em sua fala, ao vivo, em uma rede social, na noite dessa quinta-feira (30), o presidente da República já havia feito o anúncio.

Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.100.

Ao que parece, 2022 será um ano de grandes conquistas e recuperação econômica.


Jornal da Cidade

'Retrospectiva e balanço geral: Sim, o país está em guerra!', por Alex Fiuza de Mello

 

No agitado e derruído ano que se encerra (2021), algumas raias se destacam na configuração de um quadro político que caminha, passos largos, para uma desnorteada crise institucional, a culminar no emergente ano eleitoral:

- a aceleração da crise do Estado, com o esgarçamento das relações entre os Poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário);

- a ruptura com a estabilidade constitucional e o Estado democrático de Direito promovida por quem deveria resguardá-los;

- o esfacelamento das cláusulas pétreas da Constituição (liberdades e direitos fundamentais);

- a institucionalização impunida e despótica do abuso de autoridade por parte do Supremo Tribunal Federal (com a omissão vergonhosa e subserviente do Senado Federal) – “ditadura da toga”;

- o desfaçamento e sem-vergonhice do Congresso Nacional na aprovação abusiva (e estritamente corporativa) do maior roubo já praticado contra o erário a céu aberto: os seis bilhões do Fundo Eleitoral;

-a falência desnuda dos partidos políticos, transformados (salvo raras exceções) em organizações criminosas e fim em si mesmos;

- a captura do domínio absoluto (e antidemocrático) das rédeas do processo eleitoral pelo TSE, com deflagração antecipada de um clima de desconfiança quanto à segurança e transparência das urnas eletrônicas e da gestão isenta do sistema decisório correspondente;

- a morte do jornalismo profissional (as exceções confirmam a regra);

- a exacerbação do aparelhamento ideológico dos meios de comunicação de massa e dos institutos de pesquisa;

- o controle e a censura das redes sociais;

- a partidarização das universidades, com a perda progressiva do pluralismo de ideias e do ethos acadêmico (sua própria essência);

- a derrocada definitiva do modelo de escola pública (agravada com o seu fechamento absoluto e indefensável durante a pandemia);

- o retrocesso legal e jurisprudencial no combate à corrupção e ao crime organizado (nova Lei sobre o Abuso de Autoridade, fim da Lava Jato, etc.), com aumento da impunidade e extinção e/ou redução das penas dos condenados de “colarinho branco”;

- a politização delinquente das Cortes Superiores (STF no comando), com a correspondente perda da segurança jurídica e da credibilidade da Justiça (institucionalização da injustiça);

- o uso afrontoso e aético da pandemia para fins eleitoreiros e antirrepublicanos (a demonstrar a mentalidade imoral e sórdida das elites);

- a radicalização irracional dos extremismos de “esquerda” e “direita”, com a perda do espírito de diálogo, do respeito às diferenças e do direito à divergência civilizada.

Sim, o país está em guerra!

Não uma guerra convencional, de ameaça à integridade física dos indivíduos (apesar das prisões inconstitucionais); mas um conflito, ainda que sutil, mais letal, profundo, desmantelador, que sobressalta e comina a inteireza dos espíritos (dos valores, das crenças, da dignidade humana, da civilidade).

As instituições, as estruturas mentais e organizacionais que dão suporte à ordem societária à convivência social com base em regramentos mínimos (e consentidos) de reciprocidade, parecem derreter a cada dia, com a perda de seus significados, credibilidade e de suas tradicionais e assentidas referências.

Nada tem mais sentido. Tudo o que se afigurava sólido – na ilusão de uma modernidade e de um republicanismo que não vingaram – se desmancha no ar.

E por sobre os escombros de uma “civilização” que não se completou (mais uma vez!) em solo verde-amarelo, como numa infinda desventura ornitorrínica, ergue-se, então, o descomedimento generalizado, o caos, a barbárie.

Sim, são tempos de guerra e tudo desmorona (ética e moralmente)!

Não há estadistas no cenário. Poucos Homens. Raros combatentes.

Rapidamente o caráter (como valor cultural) é substituído pela hipocrisia. Assim como a “república”, pela tirania.

Vigora, nesse campo de hostilidades e desinteligência, a farsa do “politicamente correto”; a mentira (fake News) e a impostura.

A cleptocracia estamental, em sua incontida guerra de movimento – e com a retaguarda das organizações criminosas e da rede do totalitarismo globalista –, avança a retomada absoluta do poder político, ante a pusilanimidade indisfarçável dos “defensores da pátria” – e a submissão pacífica e servil do povo brasileiro.

Onde estarão os heróis do impeachment da catástrofe?

Alex Fiúza de Mello. Professor Titular (aposentado) de Ciência Política da Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestre em Ciência Política (UFMG) e Doutor em Ciências Sociais (UNICAMP), com Pós-doutorado em Paris (EHESS) e em Madrid (Cátedra UNESCO/Universidade Politécnica). Reitor da UFPA (2001-2009), membro do Conselho Nacional de Educação (2004-2008) e Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Pará (2011-2018).

Jornal da Cidade

Melhores Momentos de 'Os Pingos Nos Is' em 2021

Morre a atriz Betty White aos 99 anos

 

Betty White no premiere do filme  "Dr. Seuss' O Lorax" em Los Angeles, 2012.  Foto: REUTERS/Phil McCarten


A atriz Betty White, cujo charme e espontaneidade foram sua marca registrada, morreu aos 99 anos em sua casa. Ela faria cem anos no dia 17 de janeiro. A notícia foi confirmada pela revista  People ( que a entrevistou há algumas semanas) e o jornal The Washington Post. 

Seu estilo espirituoso deu vida a uma lista de personagens peculiares em mais de meio século de trabalho na televisão. Inclui-se a sua personagem mais conhecida, a excêntrica Rose Nylund na série The Golden Girls, que foi ao ar na televisão brasileira entre 1985 e 1992. 

White  começou sua carreira na tv em 1939, sendo uma das pioneiras humoristas norte-americanas. Em 1949, ela apresentou o programa de variedades Hollywood on Television ao lado com o ator Al Jarvis (1909 -1970). Dona de uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood, ela conquistou adeptos das novas gerações por sua irreverência e pelo espírito esportivo (além das piadas ácidas e o senso de humor cáustico). Ela também ficou conhecida pelo papel de Sue Ann Nivens em The Mary Tyler Moore Show

Com informações da Associated Press


"A vida misteriosa do fundador da Newsweek', escreve Deonísio da Silva

Algumas capas da revista Newsweek | Foto: Divulgação

O aviador inglês perdeu uma perna quando foi abatido por alemães, casou-se com uma jovem catarinense e está enterrado em Agrolândia. Mas poucos sabem disso


fundador da Newsweek, outrora uma das maiores revistas de informação do mundo e ainda em circulação, está enterrado em Agrolândia (SC), localidade de apenas 9.323 habitantes, a 274 quilômetros de Florianópolis.

Estive na casa em que ele viveu, visitei o cemitério onde está enterrado, conversei com os vizinhos e com o irmão de sua esposa, levantei documentos pertinentes no cartório local, tudo com o fim de pesquisar esse novo mistério catarinense.

As minúcias são quase sempre reveladoras do essencial. Nas biografias, certas ninharias desprezadas pelos autores irritam leitores mais atentos. Os biógrafos do escritor judeu-austríaco Stefan Zweig, por exemplo, deram pouca importância ao diabo das pequenas coisas, presente na vida do casal. Caíram nessa esparrela o inglês Donald Prater e o brasileiro Alberto Dines, ambos já falecidos. Inconformado, escrevi o romance Stefan Zweig Deve Morrer, em que são personagens Zweig e sua esposa, a judia-polonesa Elizabeth Altmann.

Já se disse que a literatura é a vida secreta das sociedades. Concluí, depois de minhas pesquisas, sobretudo em Petrópolis (RJ), onde o casal viveu e morreu, que os dois foram executados por nazistas homiziados nos inúmeros valhacoutos desta América. O romance já foi publicado também em Portugal e na Itália.

O aviador inglês e jornalista era casado nos EUA, tinha acabado de divorciar-se ou estava se separando

O fundador da Newswek, o aviador inglês Thomas John Cardell Martyn, derrubado pelos alemães na Primeira Guerra Mundial, está enterrado no Cemitério de Agrolândia (SC). Ele está enterrado ali, mas sua perna direita, não! Ele a perdeu na queda e usava uma prótese mecânica. A cineasta catarinense Loli Menezes dirigiu um longa-metragem sobre ele: Tio Tommy, o Homem que Fundou a News-Week.

Thomas Martyn, fundador da Newsweek | Foto: Reprodução

A revista foi batizada com hífen ao nascer, em 1933, tornou-se sem hífen uma das maiores revistas de informação do mundo e chegou a circular em 132 países, com edições de 3,2 milhões de exemplares. Atualmente, depois de interromper sua impressão e ficar apenas na internet, pode ser visitada aqui: https://www.newsweek.com/.  Sua mais recente publicação sobre o  Brasil, em que cita o presidente Bolsonaro, saiu em 19 de novembro

 

Newsweek foi batizada com hífen ao nascer | Foto: Reprodução/Facebook

Foi numa temporada no Rio, nos anos 1950, que o fundador da Newsweek conheceu a catarinense com quem viria a casar-se e morar numa vila brasileira do Sul do Brasil, depois de viver em grandes metrópoles. Ela se chamava Irmgard Stahnke e trabalhava de empregada doméstica na casa de um militar de média patente. Tinha sido indicada por um rapaz de Agrolândia, que, por sua estatura e excelentes condições de saúde, servia na guarda presidencial. A capital da República nessa época era então o Rio de Janeiro.

O aviador inglês e jornalista era casado nos EUA, tinha acabado de divorciar-se ou estava se separando, essa situação, ainda cercada de controvérsias, precisa ser esclarecida com os documentos restantes do incêndio que deles se fez algum tempo depois de sua morte. O certo é que Thomas Martyn e Irmgard Stahnke se casaram em São Paulo, em 8 de abril de 1961. A linda “alemoa” tinha 40 anos; ele, 65.

O alemão Thomas John Cardell Martyn e Mary Irmgard Martyn, a catarinense com quem ele se casou | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Thomas Martyn e Irmgard Stahnke | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Foram depois de alguns anos morar em Agrolândia, para que, quando o marido morresse, a esposa tivesse o amparo dos familiares. Não combinaram com a morte, e a esposa, muito mais jovem, morreu primeiro, em 1973, aos 53 anos, de câncer no útero, segundo a certidão de óbito.

Não foi bem assim a morte de Irmgard, embora no cartório de Agrolândia (SC) os documentos atestem que ela morreu por complicações cardíacas decorrentes de um câncer no útero. Documentos também mentem. Por isso, desconfiado, voltei a conversar com o irmão dela, o alfaiate Afonso Stahnke (ele estava com 79 anos, quando o visitei em Agrolândia, em 2015), que me dissera antes ter sua irmã morrido de câncer no ânus, tendo sofrido muito nas semanas finais de sua existência com um tratamento à base de cauterizações.

O marido, que só chamava Irmgard de Mary — o nome alemão não lhe trazia boas lembranças, afinal ele tinha sido derrubado por alemães, em queda que lhe levou a perna direita —, pediu ao cunhado, que já tinha revelado ao funcionário do cartório como morrera a irmã, que ele, “por respeito”, mudasse a causa da morte. Quando o escrivão pediu que o marido assinasse o termo, o inglês pediu — e foi atendido — que constasse como declarante o cunhado.

Destaco esses detalhes porque escritores escrevem histórias e a História de outros modos. Para nós, os documentos não são tudo nem são provas em muitos casos. É preciso aclará-los. E foi por isso que resolvi não só conversar com as fontes vivas deste extraordinário acontecimento, como voltei a conversar com o declarante designado pelo cunhado para esclarecer este último detalhe, que muito diz do excessivo pudor epocal. Nem sequer no registro da morte a função excretora do corpo pode ser designada.

Martyn morreu em 1979, aos 84 anos, também de câncer, uma das maiores causas de morte na região. Os moradores do lugar resumem: “São esses inseticidas nas plantações de fumo…”.

Túmulo do casal Thomas John Cardell Martyn e Mary Irmgard Martyn, em Agrolândia (SC) | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Quem determinou que constasse Mary e não Irmgard na lápide da esposa brasileira no Cemitério de Agrolândia (SC) foi o marido inglês. Mas por quê? Este é apenas mais um dos mistérios na vida deste homem invulgar.

Se são tão imprecisos assuntos como este, com testemunhas auriculares e oculares de tudo o que aconteceu, quod erat demonstrandum, pois tantos estão ainda vivos e falando abertamente, como é que se pode atestar a veracidade de tantas versões, insistentemente repetidas mundo afora, seja do suposto suicídio de Zweig, seja da devastação da Floresta Amazônica?

Desconfiai, leitores, desconfiai de tudo, mas não de todos: li, fui a Agrolândia, ouvi e vi. Somente depois é que escrevi.


Deonísio da Silva é professor e escritor. Seus livros são publicados no Brasil e em Portugal pelo Grupo Editorial Almedina. Os mais recente são Stefan Zweig Deve Morrer De Onde Vêm as Palavras.

Revista Oeste

Qual é o seu maior desejo para 2022?

 

Personalidades e lideranças políticas do país dizem o que esperam para 2022 | Foto: Montagem Revista Oeste/Divulgação


Da atriz Bruna Lombardi ao publicitário Washington Olivetto, confira as respostas desse timaço


Oeste levou esta questão para um time variado de personalidades brasileiras — de um dos maiores investidores da bolsa brasileira, o empresário Lírio Parisotto, ao publicitário Washington Olivetto; do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, à atriz Bruna Lombardi. Confira as respostas.

“Certamente a eleição de um candidato que una o Brasil em torno de um projeto de redução do tamanho do Estado, abertura da economia e reconquista do investidor estrangeiro.”
Ricardo Lacerda, sócio-fundador do BR Partners Banco de Investimento e ex-presidente do Citigroup na América Latina e do Goldman Sachs no Brasil

“O Brasil continuar o crescimento econômico com menos inflação e com o fim da pandemia.”
Pedro Guimarães, presidente da Caixa

“Paz e sossego para podermos seguir nossos negócios. Será um bom ano.”
Lírio Parisotto, dono da Videolar-Innova e megainvestidor da bolsa brasileira 

“Conseguir resgatar o sentido de nação e criar condições para que os jovens queiram ficar aqui.”
Janaina Paschoal, deputada estadual

“Maior desejo: que a humanidade volte a se unir para o bem comum. Pois as soluções já existem. Basta a conscientização coletiva embasada no amor e no respeito ao próximo, colocando o todo em primeiro plano. Que venha 2022!”
Roberto Zeballos, médico clínico geral e imunologista 

“Que a energia do Universo dissolva toda semente do ódio e traga paz de espírito para cada indivíduo, e que isso se espalhe entre as pessoas coletivamente, com uma renovada coragem, esperança e alegria. Que esses sentimentos alcancem pessoas de todas as orientações sexuais, todas as cores, crenças e condições.
Que voltem os encontros e os abraços, a solidariedade e a amizade.
Eu fico desejando e imaginando um mundo melhor, e, como diz John Lennon, ‘I’m not the only one’.”
Bruna Lombardi, atriz

“Que a pandemia acabe.”
Luiz Felipe Pondé, filósofo

“Meu desejo para 2022 é que os brasileiros estejam mais unidos para que o Brasil possa retomar o caminho do crescimento e que o mundo avance na superação total da pandemia.”
John Rodgerson, presidente da Azul

“Somos o que sofremos, somos também as nossas cicatrizes. 2021 deixou algumas, espero que usemos o que aprendemos com elas em 2022.”
Frank Geyer Abubakir, presidente do Conselho de Administração da petroquímica Unipar

“1 – Continuar em boa saúde física;
2 – Conseguir se proteger de distúrbios psicológicos;
3 – Conseguir enxergar os contornos de um futuro consistente, pois esses últimos anos deixaram o futuro muito embaçado e nebuloso, me tirando o sono por não encontrar embasamento sólido para preparar a realidade da vida da minha filha de 4 anos e meio.”
Olivier Anquier, chef de cozinha e apresentador 

“Meu maior desejo em 2022 é ter um governo menor.”
Antônio Cabrera, empresário e ministro da Agricultura no governo Collor

“Que tenhamos o fim da pandemia e uma eleição pacífica.”
Sergio Magalhães, superintendente do Bradesco

“Espero que no próximo ano o espírito de solidariedade continue crescendo e que tenhamos cada vez mais parceiros interessados em acabar com a pobreza, porque só unindo forças é que nós conseguiremos mudar o cenário da desigualdade social do Brasil.”
Edu Lyra, CEO do Gerando Falcões

“Meu maior desejo para 2022 é que todos os governos se unam em torno da proposta humanitária da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que haja equidade na distribuição das vacinas para a população mundial.”
Angelita Gama, médica cirurgiã

“No cenário macro, desejo que a pandemia de covid seja enfim controlada. Meu desejo é que o Brasil, um país gigante e com grandes possibilidades de negócios, possa iniciar seu caminho rumo à realização de todo o seu potencial econômico, social e ambiental.”
Roberto Fulcherberguer, CEO da Via, dona das Casas Bahia

“Gostei de pensar nessa pergunta. 2021 foi um ano de aprendizado e resiliência. Para 2022, quero sabedoria para nós. Passaremos por grandes momentos em nosso país e precisaremos ser cada vez mais resilientes e sábios para lidar com tudo que está por vir. E, claro, muita saúde para que possamos trabalhar e viver felizes.”
Rebeca Nevareshead de aquisição de clientes na Galápagos Capital e professora de mercado de capitais na Link School of Business 

Deixe também a sua mensagem de fim de ano nos comentários. Qual é o seu maior desejo para 2022?

Bruno MeyerRevista Oeste

Theodore Dalrymple: “As universidades fazem lavagem cerebral”

 

O psiquiatra Theodore Dalrymple | Foto: Divulgação


Para o psiquiatra britânico Anthony Daniels, enquanto o Estado fomenta o paternalismo, a liberdade do indivíduo depende de seu grau de ação e participação na sociedade


Theodore Dalrymple é apenas um dos pseudônimos que o psiquiatra britânico Anthony Daniels utiliza para escrever suas obras e seus artigos. Colunista de Oeste e autor de mais de 30 livros sobre os mais diversos temas, Daniels atuou profissionalmente na periferia de grandes cidades, em prisões e países como o Zimbábue e a Tanzânia, além de outros do Leste Europeu e da América Latina. A partir de sua experiência como médico, tornou-se um observador sagaz do comportamento humano. Seu nome é referência quando o assunto é o pensamento conservador contemporâneo. 

Em entrevista à Revista Oeste, o médico conversou sobre as reações da população diante da pandemia de covid-19, as políticas públicas adotadas para conter a doença e avaliou possíveis desdobramentos da crise sanitária. Para o psiquiatra, as mudanças nas relações de trabalho podem aumentar ainda mais a disparidade social. “A segregação social será ainda pior, com mais privilégios para alguns”, disse. Avesso ao conceito de Estado de bem-estar social, ele acredita que programas assistenciais “criam uma mentalidade dependente” e iludem o cidadão. “O Estado afirma que cuida de você, quando na verdade nada mais faz do que cumprir com suas metas sociais.”

Direto da França, onde mora atualmente, Daniels conversou por telefone com a reportagem de Oeste. Confira os principais trechos da entrevista. 

O mundo vive há dois anos os efeitos da pandemia de covid-19. Como o senhor avalia as reações da população, principalmente dos mais jovens, diante da crise sanitária?

A maior parte das pessoas nunca havia atravessado uma catástrofe de larga escala. Então, não havia referências nem algum evento para efeito de comparação. Os jovens foram muito impactados na pandemia justamente porque, dada a pouca idade, não têm uma bagagem mais ampla que lhes permita relativizar esses eventos e entender que essas coisas são momentâneas dentro de um processo histórico maior. Portanto, a reação emocional deles acaba sendo potencializada. Os jovens, hoje, se sentem pressionados por temas como aquecimento global e temem a extinção do planeta. Veja o caso da Greta Thumberg. Ela disse algo como: ‘Vocês roubaram a minha infância’. Isso é uma infantilidade. Ela é uma menina mimada que não tem ideia sobre o sofrimento humano e o que realmente acontece no mundo.

O mundo pós-pandemia será diferente?

As coisas permanecerão iguais, só que piores (risos). Muitas pessoas ficarão relutantes em voltar ao trabalho. Quem em São Paulo quer enfrentar o trânsito todos os dias? Mas os pobres terão de continuar como antes, voltar ao trabalho, se deslocar. Muitos trabalhadores foram fundamentais nesse período de isolamento. São pessoas com empregos humildes que trabalham em supermercados, são entregadores, motoristas, eles continuaram a trabalhar. Sem eles, seria impossível sobreviver à pandemia. No entanto, outros poderão trabalhar de casa. Se esse for o caso, a segregação social será ainda pior, com mais privilégios para alguns. 

As políticas públicas adotadas pelos governantes para conter os efeitos da pandemia foram adequadas?

Tenho alguma simpatia pelos governantes. Ainda que a maior parte das políticas públicas tenha se tornado promotora de instabilidade, a verdade é que, se você está no governo e precisa decidir com urgência, acaba por tomar algumas medidas drásticas. Ainda mais sabendo que, mais à frente, você corre o risco de ser julgado por não ter tomado todas as medidas cabíveis. Nesse sentido, é melhor pecar pelo excesso do que pela falta. O problema é que algumas das medidas tomadas não tinham evidências de que poderiam funcionar. Por exemplo, durante a pandemia, viajei da França para a Holanda para participar de um simpósio. Na Holanda, todas as lojas e restaurantes estavam abertos, enquanto na França estava tudo fechado. Por qual razão as lojas estavam abertas em um país e em outro fechadas? Mas, como todos agiram na ignorância, na verdade não tinha como saber o que iria acontecer.

No Brasil e no mundo, há uma discussão sobre a obrigatoriedade de um passaporte de vacina. O senhor é favorável à vacinação obrigatória?

O que se deve questionar é se quem se vacinou pode transmitir a doença. Se pessoas vacinadas não transmitem a covid, há argumentos a favor da vacinação. No entanto, há um artigo na Lancet dizendo que estar vacinado não impede a transmissão. Se for esse o caso, não vejo por que exigir passaporte da vacina. Mas é claro que o conhecimento científico é mutável. Estou completamente vacinado, mas não quero frequentar lugares com aglomerações. A decisão é minha. Jovens sem problemas de saúde têm menor risco de complicações pela doença. É uma decisão individual. Se pessoas vacinadas transmitem a doença, não há justificativa para obrigá-las a tomar a vacina. 

Recentemente, o senhor publicou um artigo em Oeste que aborda o tema da decadência do Ocidente. Em comparação com a ditadura chinesa, o que está acontecendo com a democracia no Ocidente? 

Com a derrocada da União Soviética, acabaram-se as ideologias políticas. Mas, de fato, o que aconteceu é que elas se desmembraram em ideologias identitárias sobre gênero, sexualidade, feminismo e racismo. Isso tem acontecido muito nas universidades. Eles fazem uma verdadeira lavagem cerebral nos alunos, especialmente na área de humanas. E são pessoas que depois também vão assumir cargos na administração pública. Já os chineses não estão preocupados com essas questões, na medida em que o que acontece lá, em um formato aprendido com os russos, é uma ditadura que não dá espaço para essas discussões. Eles mantiveram a estrutura ditatorial oriunda do período comunista, mas adotaram a economia de livre mercado. A população é livre para trabalhar e ganhar dinheiro, mas não para pensar. Não sei se é sustentável a longo prazo. Mas, certamente do ponto de vista de se tornar rico e poderoso, essa política funcionou e está funcionando. 

No mesmo artigo, o senhor afirma que a China sabe explorar seus interesses nacionais. Por que o Ocidente enfrenta dificuldade para fazer o mesmo?

De certo modo, há ainda uma ressaca da Segunda Guerra Mundial. Qualquer um que fale sobre interesses nacionais pode ser considerado um admirador de Hitler. Até mesmo entre os mais jovens. Eles aprenderam que qualquer discussão que não seja de direitos humanos universais é fascista. 

O senhor aborda o tema da vitimização e da dificuldade do ser humano em assumir responsabilidades na vida em vários de seus livros. Por que esse sentimento é tão presente na sociedade? 

Historicamente, há uma tendência das pessoas ao escapismo individual. Isto é, pode-se dizer que é da natureza humana não querer assumir responsabilidades. No entanto, mais recentemente, quando passamos a pensar em termos sociológicos, antropológicos, econômicos e até mesmo criminológicos, esse movimento vem se atenuando, já que as pessoas estão entendendo que sua liberdade depende diretamente do grau de ação e participação em sociedade. Há, de todo modo, uma parcela da população — em sua maioria oriunda de classes menos abastadas — que é levada a esse tipo de pensamento de dependência, porque não precisa se preocupar com educação nem com aposentadoria ou plano de saúde. É alimentada por benefícios como programas sociais.

A burocracia não se importa de fato com quem você é. O que ela quer são números para apresentar

Em sua obra A Faca Entrou, o senhor aborda, entre outros temas, a questão da vitimização fomentada pelo assistencialismo governamental. Como a atuação do Estado colabora para desencorajar a autonomia individual?  

Acredito que a situação no Brasil seja diferente da que temos no Reino Unido. O Brasil não é um país que eu conheça muito. Mas uma coisa é certa: os programas de seguridade social criam uma mentalidade dependente. Não que eu acredite que membros de algum governo tenham se proposto a — ou mesmo tenham conspirado para — tornar as pessoas dependentes. Não é isso. Mas a verdade é que tudo, de programas de seguridade social a até mesmo divórcios, vem tornando as pessoas dependentes. Tome como exemplo o caso hipotético de uma mulher que se divorciou e tem um filho. Ela diz que não quer ter de assumir também o papel de pai da criança e quer ser independente. O que ela quer dizer com ser independente, contudo, nada mais é que receber um subsídio do governo. Isso alimenta a formação de uma mentalidade dependente. 

O senhor pode explicar melhor como funciona essa mentalidade dependente? 

As pessoas que dependem de programas sociais vivem um duplo jogo de mentira. Elas sabem que, quando lhes dizem que são independentes, porque têm uma casa e uma renda, na verdade, tudo isso não lhes pertence de fato. Tome o exemplo real de uma mulher nessa situação, que, inclusive, tive a oportunidade de visitar. Ela morava em uma casa simples, dada a ela pelo governo. Observei que não cuidava da casa e não limpava o jardim. Quando lhe indaguei a respeito, sua resposta foi que já havia solicitado que o serviço social providenciasse a limpeza. Em resumo, vive-se uma mentira de ambas as partes. O Estado afirma que cuida de você, quando na verdade nada mais faz que cumprir com suas metas sociais. A burocracia não se importa de fato com quem você é enquanto pessoa nem vai cuidar de você como você cuidaria de seu próprio filho. O que a burocracia quer são números para apresentar. Já o cidadão aceita o discurso paternalista, enquanto alimenta uma falsa sensação de autonomia e independência. Como no exemplo que citei, ainda que diga que a casa é do cidadão, na verdade, para ele não é — pertence ao Estado — e, portanto, quem deve cuidar e limpar é o Estado.

O senhor votou a favor do Brexit. Dois anos depois, como está a situação no Reino Unido?

Nem melhor, nem pior. Temos nossos problemas, nossa burocracia infernal. Deixarmos de estar integrados à União Europeia em nada mudou nosso baixo nível educacional, por exemplo. A ideia de sair do grupo, pelo menos na teoria, era muito mais para resgatar nossa autonomia, trazer o controle de volta para o ambiente doméstico. Além disso, acredito que, no longo prazo — provavelmente não estarei vivo para ver —, a União Europeia caminha para uma guerra civil nos moldes da Guerra Civil americana. A ideia política de povos unidos sem algo que de fato os vincule pode ser desastrosa.

Paula Leal, Revista Oeste

Chinesa Huawei tem queda de 29% na receita em 2021

 A companhia responsabilizou as sanções impostas pelo norte-americanos que afetaram as vendas de smartphones

A Huawei é a maior fornecedora mundial de componentes para redes de telecomunicações
A Huawei é a maior fornecedora mundial de componentes para redes de telecomunicações | Foto: Reprodução/Mídias Sociais

gigante chinês de telecomunicações Huawei informou nesta sexta-feira, 31, que sua receita anual caiu em um terço neste ano.

A companhia alegou que foi afetada em parte pelas sanções norte-americanas que atingiram as vendas de seus smartphones.

A Huawei caiu na rivalidade comercial e tecnológica entre os Estados Unidos e a China, o que levou o ex-presidente Donald Trump a aprovar medidas contra a empresa por supostas ameaças de cibersegurança e espionagem.

Em 2021, a receita da empresa caiu 29%, com relação ao ano anterior, para 634 bilhões de iuanes (cerca de US$ 100 bilhões), informou o presidente Guo Ping.

“Neste ano, apesar das dificuldades e tribulações, trabalhamos muito para criar valor tangível para nossos clientes e nossas comunidades locais”, disse Guo.

Ele ainda destacou que o desempenho global da empresa está em linha com as previsões.

A queda na receita também se explica pela venda de sua marca Honor, no final do ano passado.

Os Estados Unidos proibiram a Huawei de comprar componentes cruciais para seus produtos, como microchips, e forçaram-na a criar seu próprio sistema operacional, impedindo-a de usar o sistema Android, do Google.

Neste mês, a empresa lançou seu novo telefone dobrável e garantiu que 220 milhões de dispositivos Huawei já possuam seu sistema HarmonyOS.

A Huawei é a maior fornecedora mundial de componentes para redes de telecomunicações e estava entre as três maiores produtoras de smartphones, junto com Samsung e Apple.

No entanto, essa posição caiu devido às pressões dos Estados Unidos. Em outubro, o grupo garantiu que seu volume de vendas entre janeiro e setembro diminuiu 32%.

Revista Oeste