segunda-feira, 19 de maio de 2025

Cyndi Lauper – 'Time After Time'

Eduardo Bolsonaro abre o jogo

'O papa, a família e a GloboNews', por Flávio Gordon

 'A Igreja não é uma confecção de roupas; ela não tem que seguir as últimas tendências da moda'


Papa Leão XIV logo depois de ser eleito | Foto: Yara Nardi/File Photo/Reuters

Na GloboNews, o pessoal anda revoltado com a última declaração do papa Leão XIV, segundo quem “é responsabilidade dos líderes de governos trabalhar pra construir sociedades harmoniosas e pacíficas através do investimento nas famílias, fundadas na união estável de um homem com uma mulher”. 

A militante woke Flávia Oliveira, por exemplo, disse estar preocupada com a fala do pontífice, pois ela poderia fornecer argumentos para a “supressão de direitos”. 

Ou seja, Flávia ficou preocupada — e aparentemente perplexa — pelo fato de o papa ter cumprido o seu papel e defendido o que a Igreja defende há 2 mil anos. Como representante máximo da Igreja Católica, o papa é o nome dos valores cristãos e, dentre eles, especialmente da família tal como concebida na Bíblia. 

Isto é, fundada sobre o matrimônio de um homem e uma mulher com vistas à reprodução da espécie. Em discurso de 2012, por exemplo, disse o falecido Bento XVI: 

“A família está fundada sobre o matrimónio entre um homem e uma mulher. Não se trata duma simples convenção social, mas antes da célula fundamental de toda a sociedade. Por conseguinte, as políticas que atentam contra a família ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade.”

Flávia Oliveira, da GloboNews, não realiza o procedimento moral número um de qualquer pessoa madura, que é se questionar sobre as eventuais consequências da universalização das bandeiras que defende. O que teria acontecido se a fórmula expressa pelos papas não tivesse se generalizado historicamente? A espécie humana já teria sido extinta há tempos. 

Pronunciamento do papa irritou comentarista da GloboNews


O papa Leão XIV, durante celebração na Capela Sistina | Foto: Reprodução/Redes sociais

Em seu pronunciamento, o papa Leão XIV apenas insistiu numa obviedade: que a união entre um homem e uma mulher com vistas à constituição de uma família gera humanidade e que, portanto, ela transcende o simples desejo sexual e a esfera do amor privado.

É esta característica da união heterossexual — o fato de poder gerar uma nova vida — que está na base do conceito judaico-cristão de família. É claro que Flávia Oliveira provavelmente dirá que isso é anacrônico. Mas o adjetivo não se aplica.

O papa representa uma instituição que não lida com as coisas do tempo histórico, mas com valores eternos. À Igreja pouco importa ser anacrônica ou contemporânea. 

Ela não responde pelo tempo (cronos), mas pela eternidade. Ela é, de fato, supra-crônica. A responsabilidade da Igreja é salvar almas e enviá-las à eternidade junto a Deus. A administração do tempo é reservada aos governos e aos poderes “deste mundo”. 

A Igreja não é uma confecção de roupas; ela não tem que seguir as últimas tendências da moda: ela não tem que seguir as últimas tendências da moda.  




Flávio Gordon - Revista Oeste

J.R. Guzzo - Não há lei no país; só vale o que diz o STF

 'O sistema judicial brasileiro é precisamente o contrário do que declara o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso'


O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, usa gravata comprada com dinheiro público | Foto: Captura de tela/YouTube 

O ministro Barroso, presidente do STF, parece ter aplicado a si mesmo a maldição de não parar nunca de viajar pelas capitais do Primeiro Mundo — fazendo sermões para anunciar à humanidade que não existe um tribunal tão sábio, competente e justo quanto a “suprema corte” do Brasil. 

O resultado, obviamente, é que ele acumulou um alarmante estoque de declarações falsas, desconexas ou simplesmente cretinas em sua carreira de judeu errante do Direito Nacional — ninguém consegue falar tanto sem acabar metendo o pé na jaca. 

Em sua última epístola aos puxa-sacos do Supremo, de novo em Nova York, falou à plateia de magnatas que costuma frequentar este tipo de ambiente que o Brasil é um país da mais perfeita segurança jurídica. 

É uma “lenda”, disse ele, essa história de que as pessoas não confiam na justiça brasileira e na pose de Rei Salomão do STF. É, como em todas as bulas emitidas por Barroso no circuito Nova York-Londres-Lisboa, um disparate integral — algo como dizer que o teorema de Pitágoras expõe a receita correta do bolo de fubá. Os fatos, tais como fica evidente nas sentenças e na conduta do STF, mostram que o Brasil é hoje um dos países que têm menos segurança jurídica no mundo — isto é, aquela previsibilidade razoável de que a lei será aplicada conforme o que está escrito. STF, Barroso, Gilmar Mendes e CBF 


Durante o evento Brazil Conference, realizado no último sábado, nos Estados Unidos, Gilmar Mendes afirmou estar orgulhoso do processo de ‘desmanche da Lava Jato’ - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


O sistema judicial brasileiro é precisamente o contrário do que diz o ministro — sua característica mais óbvia é que ninguém pode contar com a aplicação da lei, sobretudo quando se trata de direitos individuais e das liberdades garantidas na Constituição. Pergunte a qualquer advogado sério: o senhor pode garantir ao cliente que o seu direito vai ser respeitado na justiça? 

A resposta será: não, eu não posso. “Como acreditar na lei num STF que tem Alexandre de Moraes — o inventor do ‘flagrante perpétuo’”’, da prisão temporária por tempo indeterminado e do ‘golpe armado’ que não teve arma nenhuma?” (J. R. Guzzo) 

Como falar em “segurança jurídica” num país onde um ministro do próprio STF, no caso Gilmar Mendes, é sócio de uma empresa que presta serviços à notória CBF, por exemplo, e julga as causas dessa mesma CBF no tribunal — e repetidamente em seu favor? Como confiar na imparcialidade de um Dias Toffoli, que anula sistematicamente crimes cometidos por bilionários — mesmo quando eles confessam a culpa?

Como acreditar na lei num STF que tem Alexandre de Moraes — o inventor do “flagrante perpétuo”, da prisão temporária por tempo indeterminado e do “golpe armado” que não teve arma nenhuma? Aqui não há lei. Há o STF. 


Revista Oeste

Tarcísio faz um golaço e os militantes do PSOL choram em vídeo - oiluiz TV

domingo, 18 de maio de 2025

Bárbara -Te Atualizei - As SANÇÕES, a CENSURA, o alto RISCO e a nova tentativa

'Oeste Sem Filtro'- Com Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Silvio Navarro, Adalberto Piotto e Paula Leal

FAROESTE À BRASILEIRA, com Tiago Pavinatto

'Presidente' da CBF, Ednaldo recorreu ao ex-presidiário Lula na tentativa de impedir saída da CBF

O descondenado petista estava na Rússia quando recebeu a ligação de Rodrigues fazendo o apelo. Ao que parece, a roubalheira comandada pelo comparsa dos maiores títeres do Planeta está chegando ao fim


Antes de ser afastado da presidência da CBF, Ednaldo Rodrigues fez um pagamento de despesas milionárias que passaram a ser investigadas pela entidade | Foto: Ricardo Stuckert/PR 

O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, recorreu ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para tentar permanecer no comando da entidade. De acordo com o jornal O Globo, Ednaldo ligou para Lula durante uma viagem oficial do presidente à Rússia. No contato, o dirigente baiano pediu apoio direto do petista para se manter à frente da CBF. 

Lula, no entanto, não demonstrou interesse em ajudar. Ignorou o apelo, o que esvaziou a articulação de Ednaldo. Sem respaldo do governo federal, a tentativa perdeu força. 

Na quinta-feira 15, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou o afastamento imediato de Ednaldo. A decisão partiu do desembargador Gabriel Zefiro. Além da remoção do presidente, a Justiça nomeou um interventor e convocou novas eleições para a diretoria da confederação. 




A queda de Ednaldo começou com a revelação de uma fraude. A assinatura do vice-presidente da CBF, Coronel Nunes, apareceu em um documento que validava o acordo responsável por manter Ednaldo no cargo. 

A Justiça, porém, identificou que a assinatura era falsa. Esse acordo, firmado por cinco dirigentes da CBF, havia encerrado uma ação judicial que contestava o processo eleitoral que levou Ednaldo à presidência. 

Com isso, o dirigente abriu caminho para se reeleger no mês de março. Sem apoio político e com a legitimidade questionada, Rodrigues perdeu o cargo e viu a CBF entrar em processo de intervenção A falsificação tornou o acordo inválido. 

Diante disso, a Justiça reabriu o caso e anulou os efeitos do documento. A decisão comprometeu a permanência de Ednaldo na presidência. Sem apoio político e com a legitimidade questionada, ele perdeu o cargo e viu a CBF entrar em processo de intervenção.


Com informções da Revista Oeste

News da Manhã Brasil – Alexandre Pittoli - Rádio Auri Verde Bauru - Maior Audiência do Brasil

Soberania nacional relativa - Revista Timeline - Luís Ernesto Lacombe

Especialista em imigração explica os caminhos legais para brasileiros nos EUA

 Felipe Alexandre, advogado de Allan dos Santos, fala sobre riscos, estratégias e os vistos mais procurados por quem quer viver legalmente em solo americano


O advogado Felipe Alexandre e seu cliente, o jornalista Allan dos Santos | Foto: Reprodução/ Substack 

O advogado Felipe Alexandre, que representa o jornalista Allan dos Santos no processo de asilo político nos Estados Unidos, explica quais são os principais desafios enfrentados por brasileiros que tentam permanecer legalmente no país. 

O especialista diz quais os maiores riscos para quem sonha em se mudar para os EUA. Alexandre afirma que o visto americano não é um direito do imigrante, mas um “privilégio” de quem consegue seguir todas as regras e atender os requisitos do país. 

“O estrangeiro é que precisa mostrar que é elegível, que apresenta os pré-requisitos necessários”, explica o advogado em entrevista à Revista Exílio-Terça Livre, comandada por Allan dos Santos. 

“Mesmo depois que o documento foi concedido, ele precisa respeitar as leis locais e cumprir os limites determinados pelo visto que ele solicitou”.




Os  caminhos possíveis para o sonho americano 

Assista à entrevista que o Dr. Alexandre concedeu a Allan dos Santos Conversamos com o Dr. Alexandre, especialista em direito imigratório, sobre um tema que interessa a milhares de brasileiros: é possível conquistar o Green Card e morar legalmente nos Estados Unidos? Allan dos Santos

Desde 2020, Allan vive legalmente nos EUA e aguarda o julgamento do seu pedido de asilo. Em outubro de 2021, a Justiça brasileira emitiu um mandado de prisão preventiva contra ele. O governo brasileiro chegou a pedir sua extradição, mas o Departamento de Estado norte-americano recusou a solicitação em março de 2024.

A acusação do Supremo Tribunal Federal é de que Allan dos Santos teria cometido um crime contra a democracia por, supostamente, ter “disseminado fake news”. 

O governo dos EUA, porém, reconhece que o jornalista estava apenas exercendo sua liberdade de expressão, um direito garantido tanto pela constituição. 

Riscos, recomendações e vistos mais buscados nos EUA

Em relação a brasileiros que entram nos EUA com um tipo de visto e tentam mudar de status para trabalhar ou estudar, o advogado faz um alerta. “Existem vários riscos e você pode ser deportado de imediato, com ordem de não poder voltar por cinco anos”. 

Alexandre orienta que se busque o caminho legal e seguro. “Se você fizer um processo consular, tiver condições de esperar, é melhor investir tempo para fazer o processo de uma forma mais segura”, informa. 

O advogado recomenda que os interessados na imigração se preparem bem, inclusive aprimorando o currículo. “Talvez este seja o momento de apostar em estratégias eficazes, tais como complementar o currículo ou adquirir credenciais adequadas”.

O advogado Felipe Alexandre, que representa o jornalista Allan dos Santos no processo de asilo político nos Estados Unidos, explica quais são os principais desafios enfrentados por brasileiros que tentam permanecer legalmente no país. 

O especialista diz quais os maiores riscos para quem sonha em se mudar para os EUA. Alexandre afirma que o visto americano não é um direito do imigrante, mas um “privilégio” de quem consegue seguir todas as regras e atender os requisitos do país. 

“O estrangeiro é que precisa mostrar que é elegível, que apresenta os pré-requisitos necessários”, explica o advogado em entrevista à Revista Exílio-Terça Livre, comandada por Allan dos Santos.

 “Mesmo depois que o documento foi concedido, ele precisa respeitar as leis locais e cumprir os limites determinados pelo visto que ele solicitou”.


Visto americano, documento necessário para entrar legalmente no país - Foto: Divulgação/ Embaixada dos EUA no Brasil

Entre os vistos mais buscados, ele cita os EB-1, EB-2, EB-3 e EB-5 — este último voltado a grandes investidores.

Também destaca o visto E-2: “É um visto de investimento muito procurado”, conta. 

“Ele não estabelece uma quantia exata para investir, ainda que recomendamos que a pessoa demonstre que tem interesse em parmanecer em território americano'.

Revista Oeste

Papa defende a família tradicional e faz Daniela Lima gaguejar de raiva - oiluiz TV

ANCELOTTI NA SELEÇÃO, ENTREVISTA POLÊMICA DE RAPHINHA E MAIS: ROMÁRIO EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

GERARD PIQUÉ - DE CARA COM O CARA - Romário TV

Blogueira da Globo tenta incriminar Bolsonaro, mas faltou combinar com o convidado - oiluiz TV

sábado, 17 de maio de 2025

Suspeitíssimo Gilmar Mendes indicou seis diretores para a CBF, antro de corrupção

Entre os indicados pelo ministro do STF para a atual gestão está o assessor especial do então presidente Ednaldo Rodrigues, segundo revista


Entre os indicados por Gilmar está o assessor especial de Ednaldo, Hugo Teixeira | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil 

A influência do ministro Gilmar Mendes nos destinos da Confederação Brasileira de Futebol, não se resume às decisões que negaram pedidos de destituição do presidente Ednaldo. Seis nomes, vinculados ou indicados pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), do qual Gilmar é sócio, fazem parte da gestão da entidade, segundo a revista Piauí. O IDP tem contrato de 10 anos para organizar os cursos da CBF Academy. 

Entre os indicados por Gilmar está o assessor especial de Ednaldo, Hugo Teixeira. A Folha de S. Paulo informou que Hugo foi braçodireito de Chico – Francisco Schertel Mendes, filho de Gilmar e gestor do IDP. Entram também na lista o diretor jurídico, André Mattos, e o diretor financeiro, Valdecir de Souza.



Até a decisão desta quinta-feira, 15, que destituiu Ednaldo novamente do cargo, ele demonstrava força em Brasília. Até então Gilmar havia negado por duas vezes pedidos para destituí-lo, feitos de maneiras diferentes. 

Para Ednaldo resolver pendências jurídicas, uma sede da CBF, montada na capital federal, virou base do então presidente da entidade. 

Em 2022, conta a revista, o dirigente desbloqueou R$ 52 milhões da CBF para pagar uma indenização de R$ 21 milhões ao Icasa, clube do Ceará. A entidade pagou R$ 5,7 milhões à vista a um advogado maranhense, sem cláusula de sucesso, o que seria uma prática comum no mercado. A liminar foi obtida em um único dia. 

O tempo médio de julgamento no Superior Tribunal de Justiça é de 55 dias, segundo o Conselho Nacional de Justiça. 

CBF na mira de CPI

 O deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) afirmou a Oeste que esta movimentação da CBF em Brasília precisava ser investigada. 

Ele integra o grupo que protocolou pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados, encabeçado pelo deputado Coronel Meira (PL-PE). 

“Esta estrutura da CBF em Brasília é um sinal claro de que a entidade está buscando influência direta no meio político e institucional”, disse o Sargento Gonçalves.

“Isso pode significar lobby, pressão indevida e tentativa de moldar decisões públicas em favor de interesses privados. Essa movimentação precisa ser vigiada com atenção, especialmente diante das denúncias que envolvem a atual gestão.” 


Revista Oeste

Lula esconde dados do INSS e Andreia Sadi solta a mão: "Ele mentiu pra gente!" - oiluiz TV

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Blogueiro do UOL segura as lágrimas ao contar que Trump já preparou a punição a Xandão - oiluiz TV

'Passa-se o ponto' - por Silvio Navarro

Se a reação da Câmara tivesse ocorrido no episódio envolvendo Daniel Silveira, o Parlamento não estaria ajoelhado para o Judiciário

Hugo Motta, presidente da Câmara e Deputado Federal pela Paraíba - Foto: Montagem Revista Oeste/Carlos Moura/SCO/STF/Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Nas próximas semanas, o Congresso Nacional terá a chance — e nunca se sabe se será a última — de permanecer como o local em Brasília destinado a elaborar as leis do país e fiscalizar os demais Poderes da República, com a liberdade assegurada aos deputados e senadores, segundo está escrito na Constituição de 1988. A outra opção será fechar as portas de vez: passa-se o ponto. 

O que está em jogo? A Câmara aprovou, com os votos de 315 dos 513 integrantes, um projeto que garante ao deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) sua imunidade parlamentar no inquérito sobre o tumulto ocorrido no dia 8 de janeiro de 2023. No STF, a balbúrdia virou acusação de golpe de Estado, com penas que chegam a 17 anos de prisão.


Deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados 

A Primeira Turma da Corte, composta de cinco ministros alinhados a Alexandre de Moraes — com nuances de exceção de Luiz Fux —, quer enquadrar o deputado no que chamam de “núcleo 1 da trama golpista”. Trata-se do principal pilar da acusação do Ministério Público, apresentada com base no relatório cinematográfico da Polícia Federal. Traduzindo: como Ramagem foi chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro, ele teria ajudado a preparar um golpe de Estado que não aconteceu.

Mais de 30 pessoas são acusadas de cinco crimes nesse “núcleo 1”. São eles: associação criminosa armada, golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. 

Ao ser notificado da decisão da Câmara, o Supremo reagiu. A Primeira Turma de Alexandre de Moraes afirmou, em uma sessão virtual às pressas, que Ramagem só poderia se livrar das duas últimas acusações citadas acima — os crimes de vandalismo —, porque ocorreram depois da sua diplomação, em dezembro de 2022. 

O restante seria o roteiro da Polícia Federal, que o STF tenta manter em pé numa batalha contínua contra a falta de provas. A partir daí, a Mesa Diretora da Câmara recorreu novamente e disse que Ramagem não deve responder por nenhum dos crimes mencionados. O instrumento jurídico se chama Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). O STF ainda não respondeu, nem há prazo obrigatório para análise, mas já escolheu o relator: Alexandre de Moraes — nada mais previsível.


Ministro do STF Alexandre de Moraes | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Trocando em miúdos, a assessoria jurídica da Casa diz que o Supremo: O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que passa longe de qualquer desgaste com o Supremo desde que jantou na casa de Alexandre de Moraes, foi obrigado a se manifestar. Ele viajou para um evento nos Estados Unidos e, de lá, se pronunciou pelas redes sociais. “Esperamos que os votos dos 315 deputados sejam respeitados. 

A harmonia entre Poderes só ocorre quando todos usam o 

• Invadiu competência privativa do Legislativo.

• Esvaziou os efeitos da Resolução nº 18/2025 (que foi aprovada no plenário), suspendendo a ação penal.

 • Ignorou que a denúncia da Procuradoria-Geral da República descreve uma conduta contínua, com atos ocorrendo inclusive após a diplomação do deputado, o que justificaria a suspensão total da ação penal.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que passa longe de qualquer desgaste com o Supremo desde que jantou na casa de Alexandre de Moraes, foi obrigado a se manifestar. Ele viajou para um evento nos Estados Unidos e, de lá, se pronunciou pelas redes sociais. “Esperamos que os votos dos 315 deputados sejam respeitados. A harmonia entre Poderes só ocorre quando todos usam o mesmo diapasão e estão na mesma sintonia”, disse (veja a postagem abaixo).

Hugo Mota - Ingressamos nesta terça-feira no Supremo Tribunal Federal com uma ação para que prevaleça a votação pela suspensão da ação penal contra o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ). Por meio de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), a ser julgada pelo plenário do Mostrar mais 

No aspecto técnico, o que a Câmara cobra é o conceito de contenção recíproca entre os Poderes. As balizas são dois artigos constitucionais: 2º e 53. No primeiro caso, trata-se da separação dos Poderes; no outro, da imunidade parlamentar. É como se a Câmara dissesse: “Nem o Supremo nem o governo podem se meter em assuntos desta Casa”. A exceção é quando um deputado se envolve em crime em flagrante. 

O documento da Mesa Diretora diz textualmente: “Ao restringir, de forma absoluta e desproporcional, o alcance da prerrogativa conferida constitucionalmente ao Parlamento, a decisão esvazia o papel do Poder Legislativo”. Continua: o STF assumiu “indevidamente a função de controle político-parlamentar”. 

Um fato relevante é que, se essa reação da Câmara tivesse ocorrido em fevereiro de 2021, no episódio envolvendo o então deputado Daniel Silveira, preso até hoje, o Parlamento não estaria ajoelhado para o Judiciário. Bastaria que o antecessor de Hugo Motta, seu padrinho político Arthur Lira (PP-AL), defendesse a separação dos Poderes e a inviolabilidade do mandato. 

“É necessário reafirmar que não cabe ao Poder Judiciário substituir-se ao juízo político conferido ao Parlamento no tocante à conveniência da sustação, bem como a sua extensão. A interpretação sistemática e funcional do texto constitucional impõe o reconhecimento do caráter institucional da prerrogativa — exercida dentro dos estritos limites da legalidade e de forma transparente — como instrumento legítimo de contenção recíproca entre os Poderes.” (ADPF apresentada pela Câmara dos Deputados)

Do ponto de vista político, para quem acompanha a trajetória de Hugo Motta, agora visivelmente amedrontado na cadeira, é pouco crível que ele vá enfrentar o Supremo. Segundo assessores técnicos da Câmara com anos de estrada, ele encontrou um abrigo jurídico: apresentou uma defesa sem data para ser analisada pelo STF, que não foi redigida por ele e vai aguardar o tempo passar. Como o recurso pede que o caso seja analisado pelo Plenário da Corte, e não pela Primeira Turma, se isso for aceito, existe uma chance em dez possibilidades de o relator sorteado ser André Mendonça. Ele poderia trancar a ação penal. 

Talvez esse seja o único temor da Primeira Turma. Se a ação penal for paralisada, não só Ramagem teria o caso interrompido, mas todos os réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro Flávio Dino decidiu antecipar seu julgamento em discurso na quarta-feira, 14. “Se assim fosse, nós teríamos uma dissolução da República. Cada Poder e cada ente federado faz a sua bandeira, o seu hino, emite a sua moeda e, supostamente, se atende a separação dos Poderes”, afirmou.\

A fala de Dino é capenga: não se trata de discutir o federalismo, “dissolução da República”, e os entes já têm suas próprias bandeiras e hinos — moedas, não. O que a Câmara pede é simplesmente que o Supremo respeite a Constituição. É a defesa da caixa de ressonância da sociedade que, apesar de suas demasias e tropeços, é formada por representantes eleitos pelo voto. 

O Supremo Tribunal Federal colocou o Legislativo numa encruzilhada. Ou os parlamentares defendem seus mandatos — e, consequentemente, os eleitores que os enviaram para lá —, ou nem precisam voltar a Brasília.

Sílvio Navarro - Revista Oeste

FAROESTE À BRASILEIRA, com Tiago Pavinatto - Uma análise da canalhice contra o Brasil pelos integrantes do 'cartel lula-stf-globolixo'

'A galinha voadora e a dama perdida', por Tiago Pavinatto

Janja não é somente uma dama perdida na China, é também tão mentirosa quanto o seu Clyde — contudo, há quem a aplauda 


Xi Jinping e Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Enquanto a maioria dos militantes da diversidade sexual, que elegeu Lula e, ainda, vibra com Janja, tornava o paraíso natural de Copacabana um verdadeiro inferno — bem ilustrado como nas fotografias de Sebastião Salgado em Serra Pelada, mas com dez garimpeiros com leques nas mãos por metro quadrado — comandado por Lady Gaga, the brazilian first lady–lady-ladylady ganhava os céus: tal como a Lady Lady de Joe Esposito, que toma seu rumo e deixa seu homem para trás, Janja viajava, sozinha, para a Rússia, deixando seu “hômi” no Brasil. 

Porque ela não me aceita como seguidor em seu perfil no Instagram alimentado com dinheiro do pagador de impostos, pouco sei das relações internacionais de Janja. Não posso dizer se ela visitou algum cossaco, se viu cossaco na rua, se, em algum evento, dançou cossaco. Sei que, dias depois, Lula lá encontrou sua “muié” e, dias depois, já estavam juntos em algum negócio da China.


Se os dados do governo de seu próprio marido indicam 422 mortes no regime militar, quantos casos como o de Celso Daniel e o de Marielle são necessários para validar o discurso de Janja? - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Antes da reunião “confidencial e pessoal”, segundo Lula, com Xi Jinping — reunião na qual, enquanto o “hômi” requisitava um workshop de censura nas redes ao comandante supremo da ditadura chinesa, a “muié”, out of the blue, confrontou o chinês acerca de uma das mais valiosas empresas daquele país —, a primeira-dama brasileira protagonizou o primeiro drama diplomático: em um evento paralelo aos oficiais, Janja comandava o lançamento do filme Ainda Estou Aqui na China. Do seu discurso:

“Com Ainda Estou Aqui, a população brasileira, principalmente os nossos jovens, puderam [sic] conhecer e compreender os horrores de um regime autoritário, um regime que matou milhares de homens e milhares de mulheres.” 

Eis o drama da dama: estaria perdida? Afinal, não é novidade nem pode causar surpresa aos bípedes alfabetizados o fato histórico, público e notório, de que a China vive sob um regime autoritário de partido único, o Partido Comunista Chinês (PCC), que exerce controle total sobre cada um dos aspectos da vida dos chineses desde 1949. 

Não somente uma dama perdida na China, Janja é também tão mentirosa quanto o seu Clyde — seria Lula o nosso “Cride”? Fala pra mãe! 

Se os dados oficiais do governo do seu próprio marido afirmam que o regime militar brasileiro de 1964 “assassinou” 422 pessoas (51 mortos entre 1964 e 1968; 351 entre 1969 e 1978; mais 20 entre 1979 e 1985), quantos Celsos Daniéis e Marielles são necessários para transformar o discurso de Janja em fala de mulher honesta?

Respondo: se, conforme os dados do Planalto, dos 422 mortos, 51 eram do sexo feminino, serão necessários, no mínimo, 1.629 Celsos Daniéis mais 1.949 Marielles para que seja verdadeira a afirmação de Janja sobre o assassinato de milhares (mais de um milhar; portanto, 2 mil no mínimo) de homens e de milhares (idem) de muleres. 

Em pontos porcentuais e sem margem de erro, o discurso de Janja é 848% fake news. No que tange às vítimas do sexo masculino, a mentira é de 439%; quanto às mulheres, a desinformação promovida alcança a impressionante marca de 3.822%. ALÔ, BESSIAS: não vai processar a dama do vagabundo discurso? ALÔ, EX-LINDINHO: não vai representar o primeiro-casal por conspiração contra o Estado brasileiro? 

É claro que toda vida importa… mas comemorar o fim de um regime que matou 422 pessoas (o regime brasileiro de 1964) em evento festivo no epicentro de um regime que, na “melhor” das hipóteses, já pode ter ultrapassado 100 milhões de vítimas (o regime do Partido Comunista Chinês)? Ora, ora.

E o choro ao final da fala? Garante-se que não foram lágrimas de jacaroa, porque a palavra não consta do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. “Eu falei faraona?” Imaginemos, por amor à ficção, uma visita diplomática dos antigos soberanos egípcios aos atuais soberanos chineses. Qualquer rainha do Egito, é certo, saberia se localizar melhor e o que dizer no território do regime prestigiado. 

Decerto saberia também que “faraona” é vocábulo do idioma italiano para numida meleagris — no vernáculo, “capota, pintada, galinha-do-mato, galinha-da-índia, galinha-da-guiné, estoufraca, galinhola, galinha-d’angola”. 

Quanto à China: o outrora poderosíssimo império no qual nem sequer a Igreja Católica — sinônimo de Universal, pois, do grego, katholikós deriva da combinação dos termos kata (“junto; acerca de; sobre”) e holos (“todo”) —, ao longo do seu processo histórico de expansão mundial, lograra êxito de entrada, foi dominado pela religião sem Deus da doutrina marxista, que fez cinzas da sua vasta e rica cultura milenar e o transformou no Estado que mais executa pessoas no mundo, além de operar abortos e esterilizações forçados para controle populacional. 

Isso sem contar, em virtude das rígidas políticas de planejamento familiar e das condições sociojurídicas menos favoráveis às mulheres, os abortos clandestinos e os assassinatos de recém-nascidos do sexo feminino cometidos pelos próprios pais ao longo de décadas, o que, diante do consequente desequilíbrio populacional de homens e mulheres, levou à proibição oficial do exame de ultrassonografia (em vez de promover a igualdade entre os sexos).

Se a fome provocada pelos partidários de Mao Tsé-Tung — que AINDA ESTÃO ALI — matou cerca de 45 milhões entre 1958 e 1962, a Revolução Cultural iniciada na década de 1960 levou ao estado da arte o holocausto dos inimigos do PCC — que AINDA ESTÁ ALI. Nesse sentido, e em tempos de guerra ao “ódio” e de amor a Lady Gaga, vale destacar a questão da homossexualidade.

A fome e os massacres provocados pelos partidários de Mao Tsé-Tung revelam a continuidade do regime | Foto: Shutterstock

As pesquisas do sociólogo marxista Pan Guangdan (Xingxinlixue [“Psicologia do Sexo”], Pequim, 1966), traduzidas e debatidas pelo historiador Howard H. Chiang, da Universidade de Princeton (Studies in History and Philosophy of Biological and Biomedical Sciences, 2009), bem como o trabalho do historiador Timothy Brook (Great State: China and the World. Nova York, 2020), evidenciam, a despeito das rejeições confucionistas e taoístas, a pacífica assimilação de relacionamentos homossexuais tanto entre súditos quanto dos imperadores, que tiveram um ou vários amantes do mesmo sexo desde a Dinastia Han (de 206 a.C. a 220 d.C.), passando pelas Dinastias Sung (960-1279) e Ming (1368-1644), até a Dinastia Qing (1644-1912). 

A homofobia (elemento indissociável à doutrina marxista fundamental do “homem natural”, ou seja, do macho biológico) tornou-se política persecutória estruturada e implacável a partir de Mao Tsé-Tung, quando, além das prisões e castrações, adotou-se a pena de morte à homossexualidade “reincidente”. Os homossexuais foram postos ao lado de toda a sorte de inimigos da Revolução. 

Tanta gente morria em decorrência desse regime que ainda está ali na China que, em 1961, o Partido Comunista proibiu os funerais: ou os corpos eram jogados em valas ou viravam adubo. As pesquisas de Jung Chang e Jon Halliday (Mao: A História Desconhecida. São Paulo, 2012) revelam que o Estado chinês teria assassinado muito mais gente, “se não fosse pelo valor de seu trabalho escravo. Mao disse isso em uma ordem: […] não deviam ser mortas, em parte porque ‘perderíamos uma grande força de trabalho’. 

Assim, milhões foram poupados para serem enviados aos campos de trabalhos forçados. […] Mao semeou um vasto arquipélago de campos, cujo termo oficial era lao-gai: ‘reforma pelo trabalho’. Ser enviado para lao-gai significava ser condenado ao trabalho opressivo nos terrenos mais hostis e nas minas mais contaminadoras, e ser hostilizado, […] trabalhar até a morte. Muitos internos eram executados, enquanto outros se suicidavam de qualquer jeito, como mergulhar numa ceifadeira. 

No total, […] o número dos que foram executados e tiveram morte prematura em prisões e campos de trabalho forçado pode ter chegado a 27 milhões. 

Além da execução e do encarceramento em prisões e campos, havia uma terceira forma de punição […] imposta a muitas dezenas de milhões de pessoas durante o reinado de Mao. Era chamada de ser posto ‘sob vigilância’, enquanto a vítima permanecia na sociedade. Isso significava ‘cumprir sentença do lado de fora’, ser mantido numa espécie de liberdade condicional permanente, ser considerado um dos suspeitos usuais a ser detido e atormentado novamente em qualquer novo ataque da repressão. Significava que toda a família da pessoa viveria como pária” (p. 325). 

Contudo, há quem aplauda Janja, nossa dama perdida. Há quem diga, até mesmo, “ela é demais”. Resta, então, descobrir se ela é uma deusa, uma louca ou uma feiticeira. 


Primeira-dama Janja da Silva | Foto: Shutterstock

Tiago Pavinatto - Gazeta do Povo

O álbum de fotos da hipocrisia, por Ana Paula Henkel

A imagem de Lula ao lado de ditadores é um tapa na cara de quem apoiou a volta da bandidagem por puro nojo estético ao governo verdadeiramente técnico de Jair Bolsonaro


Presidentes Lula; Ibrahim Traoré, de Burkina Faso; Umaro Sissoco Embaló, da Guiné-Bissau; Abdel Fattah al-Sisi, do Egito; Emmerson Mnangagwa, do Zimbábue; e Denis Sassou Nguesso, da República do Congo, em cerimônia em comemoração ao Dia da Vitória, em Moscou, Rússia (9/5/2025) - Foto: Divulgação/Reprodução 

E m 2022, durante a eleição presidencial do Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assumiu o papel de guardião da verdade, censurando qualquer um que ousasse dizer que Luiz Inácio Lula da Silva era amigo de ditadores. “Fake news! Não pode!”, atestaram, como se a agenda de contatos de autocratas de Lula fosse uma invenção da nossa imaginação coletiva. 

Avance para maio de 2025, e como os “fatos teimosos” vieram bater à porta. Como John Adams, segundo presidente americano, sabiamente observou, os fatos não se curvam à censura ou à manipulação. Eles apenas ficam lá, sorrindo, esperando para serem notados — e sempre são. Nos últimos dias, eles praticamente espancaram as narrativas do TSE com uma foto tirada em Moscou, onde Lula sorriu ao lado de alguns dos mais notórios tiranos do mundo.

Moscou. A Praça Vermelha está enfeitada para um desfile militar. O que deveria ser uma celebração do aniversário de 80 anos da vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial contra o regime nazista ser tornou uma celebração sombria do poder de Vladimir Putin, o homem que transformou a Ucrânia em uma zona de guerra e a dissidência em uma sentença de morte. E quem está na primeira fila, sorrindo como uma criança em uma loja de doces? Ninguém menos que Lula, o suposto defensor da democracia do Brasil. 


Janja e Lula, durante cerimônia de celebração dos 80 anos do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, na Praça Vermelha, em Moscou, na Rússia (9/5/2025) - Foto: Ricardo Stuckert/PR 

Na celebração, Lula está ombro a ombro com uma galeria de vilões autoritários: Vladimir Putin (Rússia), Xi Jinping (China), Nicolás Maduro (Venezuela), Miguel Díaz-Canel (Cuba), Mahmoud Abbas (líder palestino), Masoud Pezeshkian (Irã), Tô Lâm (Vietnã), Thongloun Sisoulith (Laos), Ibrahim Traoré (Burkina Faso), entre outros ditadores — todos posando para uma foto que diz mais do que mil palavras. Isso não é apenas um erro diplomático; é um gesto de desprezo aos amantes da liberdade que foi brutalmente perseguida durante a Segunda Grande Guerra. 

A foto é um tapa na cara de cada um que apoiou a volta da bandidagem, da corrupção e dos afagos a tiranos por puro nojo estético a um governo verdadeiramente técnico, como foi o de Jair Bolsonaro. Uma realidade que Lula e seus apoiadores não podem distorcer. O TSE pode ter silenciado os críticos em 2022, mas nenhum tribunal pode censurar uma fotografia. Lula não está apenas apertando mãos de ditadores — ele está mandando uma mensagem clara: este é o meu grupo.


Vladimir Putin, presidente da Federação da Rússia, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante jantar oferecido no Grande Palácio do Kremlin, em Moscou, na Rússia (7/5/2025) | Foto: Ricardo Stuckert/PR 

Essa viagem a Moscou não foi um caso isolado. A visita de Lula fez parte de uma peregrinação mais ampla para alinhar o Brasil com o bloco Brics, um clube geopolítico que inclui Rússia e China, ambos ícones da repressão. Ele assistiu a tanques desfilarem, comemorando uma parada de vitória enquanto convenientemente ignorava a invasão da Ucrânia por Putin. O multilateralismo de Lula é, na verdade, um código para se aproximar do eixo das ditaduras. Os fatos, como disse Adams, são teimosos, e este fato é como uma martelada sem piedade: a política externa de Lula é uma carta de amor aos autocratas.

O álbum de fotos da hipocrisia fica ainda mais sombrio quando lembramos de Geraldo Alckmin, vice-presidente de Lula, um homem que deveria ser o contraponto moderado ao radicalismo do presidente. Em julho de 2024, Alckmin fez uma aparição bizarra no Parlamento do Irã, no meio do eixo do mal, para representar o Brasil do PT na posse do presidente iraniano. Ali, mais uma vez, foi escancarado o que o TSE censurou em 2022 — Alckmin, representando o governo Lula, posava para fotos ao lado de líderes ditadores e terroristas, um eliminado duas horas depois da cerimônia, enquanto o Parlamento iraniano entoava “morte à América” (“death to America“).

Geraldo Alckmin na recepção dos convidados da cerimônia de posse do 14º presidente da República Islâmica do Irã, Masoud Pezeshkian, na capital Teerã, no Irã (30/7/2024) | Foto: Aleriza Ramezani/Parlamento iraniano

Isso não foi um encontro secreto; foi um espetáculo público, documentado e circulado como um lembrete das alianças obscuras da coalizão do PT. A presença de Alckmin em Teerã não foi um show solo — ele estava lá como parte de uma delegação brasileira, e a imagem é catastrófica. O homem que agora é o número 2 de Lula, pelo menos oficialmente, estava, no mínimo, confortável o suficiente para posar em um Parlamento ligado a um regime que financia o terror e esmaga a dissidência. Quando juntamos as fotos de Alckmin no Irã e de Lula em Moscou, o padrão emerge: a administração Lula 3.0 não apenas tolera ditadores e seus aliados — eles estendem o tapete vermelho para o presidente brasileiro que “protege nossa democracia”. 

Logo após a viagem à Rússia, o casal presidencial voou para Pequim, onde Janja teve a audácia de criticar a ditadura militar do Brasil dos anos 1960 e 1970, alegando que “milhares” foram mortos. Vamos corrigir isso, dona Janja? O número documentado sob a responsabilidade do Estado brasileiro entre 1946 e 1988, de acordo com a Comissão Nacional da Verdade instaurada em 1995, é de 434 mortes e desaparecimentos. Milhares? Talvez a senhora tenha confundido com o massacre da Praça Tiananmen (Praça Celestial) em 1989, quando o regime chinês esmagou, literalmente, protestantes pró-democracia, matando centenas, possivelmente milhares, de civis — um evento tão apagado na China que você não o encontra nas ferramentas de busca do país. 

Falar de autoritarismo em um país que censura sua própria história sangrenta é o auge da hipocrisia.


Janja, Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping e Peng Liyuan, durante cerimônia de boas-vindas no Grande Palácio do Povo, em Pequim, na China (13/5/2025) | Foto: Ricardo Stuckert/PR

A China de hoje não é apenas um regime autoritário; é um monstro de repressão. Os campos de concentração para muçulmanos uigures — que promovem o trabalho forçado, a vigilância em massa e o apagamento cultural — são condenados por grupos de direitos humanos e governos em todo o mundo. Some isso ao legado do comunismo, que já aniquilou mais de 100 milhões de mortes, de Stalin a Mao. Janja, no entanto, achou que Pequim era o palco perfeito para suas lições de moral. Ela apontou o dedo para o passado do Brasil enquanto ignorava o presente da China, onde dissidentes desaparecem e a liberdade é uma palavra inexistente. Escolher a China como palanque não é apenas falta de noção ou conhecimento histórico — é um sinal deliberado de onde estão as lealdades de Janja e Lula.

Lula, Alckmin e Janja não são anomalias; eles são a cara do longo caso de amor do Partido dos Trabalhadores com o totalitarismo. As ligações do PT com regimes autoritários não são novidade — Lula vem fazendo isso há décadas. Em 2023, ele elogiou Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, cujo regime foi acusado até pela ONU de crimes contra a humanidade. Em 2022, ele minimizou o histórico de Putin no mesmo dia em que ataques russos mataram ucranianos. E não vamos esquecer sua história de amizade com a teocracia do Irã e o Assad da Síria. Ted Cruz, um dos mais proeminentes senadores americanos, já chamou Lula de “chavista” que “abraça estrategicamente regimes comunistas e autoritários”. Os fatos são esmagadores: o PT de Lula não apenas flerta com ditadores — eles estão praticamente casados.

A censura do TSE em 2022 parece, mais uma vez, uma tentativa desesperada de encobrir a verdade. Ao calar críticos que apontaram as amizades ditatoriais de Lula, o tribunal eleitoral não protegeu a democracia — ele protegeu uma mentira. A foto de Moscou, o momento de Alckmin no Irã e o show de Janja na China são recibos que o TSE não pode rasgar. Todo brasileiro que foi multado, silenciado ou intimidado por dizer a verdade em 2022 sabe que as alianças globais do PT não são sobre diplomacia; são sobre ideologia. Lula não está construindo pontes — ele está queimando as credenciais democráticas do Brasil em uma pira de admiração autoritária.


Lula e Janja ao lado de ditadores, durante cerimônia de oferenda floral no Túmulo do Soldado Desconhecido, Jardim de Alexander, Muralha do Kremlin, em Moscou, na Rússia (9/5/2025) | Foto: Ricardo Stuckert/PR

John Adams estava certo: os fatos são coisas teimosas. Nenhuma quantidade de manipulação, censura ou buquês de flores de Putin pode esconder a verdade. O Partido dos Trabalhadores passou anos se aconchegando com regimes que prendem, torturam e matam para manter o poder. Da Rússia à China e ao Irã, a política externa de Lula é um desfile de bandeiras vermelhas, e o Brasil está pagando o preço no palco mundial.

 Isso não é sobre esquerda ou direita; é sobre certo e errado. Lula fez campanha como defensor da democracia, mas suas ações contam uma história diferente. Ele não está apenas apertando mãos com ditadores — ele está posando para a câmera, sorrindo como se tivesse encontrado seus pares. A visita de Alckmin ao Irã e a hipocrisia de Janja na China apenas aprofundam a traição que já estava escrita nas próprias páginas do PT. 

O TSE pode ter tentado enterrar a verdade em 2022, mas fotos não mentem. Elas também são teimosas.

Ana Paula Henkel - Revista Oeste

'Outro 7 a 1', por Augusto Nunes e Eugênio Goussinky

 A turma que disputa o comando da CBF merece abrir o desfile do bloco dos cafajestes 


Capa da Revista Oeste, edição 269. Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Gilmar Mendes, ministro do STF | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Em outubro de 2024, durante uma sessão do Supremo Tribunal Federal, uma curta troca de frases entre Gilmar Mendes e André Mendonça avisou que não seria boa ideia colocá-los na mesma mesa no jantar daquela noite. Tal impressão foi emitida não pelo que disseram — até porque ambos frequentemente recorreram a um juridiquês impenetrável. Bem mais reveladores do que as palavras ditas foram o tom de voz (na fronteira da rispidez) e a ironia que discordava do meio sorriso. Ficou claro que o tema da conversa era a Confederação Brasileira de Futebol, vulgo CBF, permanentemente convulsionada pelo comportamento de dirigentes e frequentadores. 

— Vossa Excelência entende de extravagâncias mais do que eu — disse na penúltima fala o decano do Supremo. 

— Pode ter certeza que não, ministro Gilmar — retrucou Mendonça. — Pode ter certeza que não, porque quando eu me deparei com esses fatos… A impressão que dá é: resistiria a CBF a uma investigação?

Gilmar Mendes foi relator do processo que reconduziu o presidente da CBF ao cargo - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A troca de farpas parou por aí. A sequência de “extravagâncias” — palavra que na linguagem dos ministros também se presta a designar alguma decisão ou ato fora da curva, discutível, duvidoso — cresceu em velocidade e ousadia. A mais recente, de novo arquitetada por Gilmar, foi ignorar o afastamento decretado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e manter Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF.

(Antes que a disputa pelo comando da CBF fornecesse o pretexto para a entrada em campo do Timão da Toga, os supremos juízes haviam dado as caras no mundo da bola uma única vez desde o nascimento da Corte. Foi um desempenho bisonho. Incumbido de decidir em última instância qual time de futebol conquistara o título de campeão brasileiro de 1987, reivindicado pelo Flamengo e pelo Sport, o Pretório Excelso demorou 37 anos para concluir o caso. “A Segunda Turma decidiu por unanimidade que foi o Sport”, anunciou em maio de 2024 o ministro Dias Toffoli. Torcedores pernambucanos voltaram a festejar o que celebraram no século anterior. A decisão não foi acatada por um único e escasso flamenguista.) 

Deve-se também registrar que, desde o primeiro apito inicial, a maioria dos cartolas do autodenominado País do Futebol nunca foi grande coisa. Mas a subespécie inaugurada com o nome de Ricardo Teixeira merecia abrir o desfile dos mais lastimáveis blocos dos cafajestes, tendo à frente o instabilíssimo Ednaldo Rodrigues. Quando a primeira palavra desta reportagem foi escrita, era ele o presidente da CBF. No segundo parágrafo, perdera o cargo. No sexto, fora substituído por Fernando Sarney, um dos vices de Ednaldo. 

No décimo, acabara de enviar um recurso ao Supremo pedindo a devolução do trono confiscado. Neste momento, enquanto reza para que a reivindicação seja julgada por Gilmar, espera uma ligação de Carlo Ancelotti para jurar ao perplexo técnico italiano que o contrato assinado há poucas horas vai ficar mais atraente assim que for resolvido o pequeno problema criado por desembargadores fluminenses mal-informados.


Ações levantam suspeitas sobre falsificação de assinatura em acordo que garantiu Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF | Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Ednaldo é o espécime mais recente do criadouro de obscenidades inaugurado por Ricardo Teixeira. No cargo entre 1989 e 2012, Teixeira alojou a entidade num conveniente limbo alojado entre o público e o privado. A rigor, os dirigentes dessas entidades nacionais obedecem às normas da Fifa. Essa sensação de impunidade explica por que presidentes da CBF agem com a desfaçatez de um fora da lei. A autoconfiança excessiva acabou induzindo Teixeira a protagonizar bandalheiras que o obrigaram a interromper o longo reinado. 

Todos envolvidos em recebimento de propinas, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e negociatas prodigiosas, os sucessores de Teixeira tropeçaram em tribunais tanto aqui quanto fora do Brasil. Foi o caso de José Maria Marin, capturado na Suíça em 2015 e engaiolado nos Estados Unidos. Marco Polo Del Nero, que comandou a CBF de 2015 a 2017, foi punido por corrupção e banido do futebol pela Fifa. Rogério Caboclo (2019-2021) foi despejado do emprego cobiçadíssimo por denúncias de assédio moral e sexual. Chegara a vez do baiano Ednaldo. Era ele o mais velho entre os vice-presidentes. Promovido, fez o diabo para mostrar-se mais esperto e mais moderno que todos os antecessores.


Da esquerda para a direita, os presidentes Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo - Fotos: Reprodução/Wikimedia Commons

Ministro do STF, Gilmar Mendes também se convencera de que era hora de modernizar o Instituto Brasiliense de Direito Público, ou simplesmente IDP. Nascido em 1998, deveria limitar-se a estudantes de distintas áreas do Direito. Até 2016, foi financiado por grandes empresas, como a J&F, e estatais do porte da Caixa Econômica Federal. Em junho de 2017, Gilmar entregou a direção ao filho Francisco Mendes, o Chico. 

Sem descuidar de lucrativos seminários internacionais nem de eventos como o Gilmarpalooza, o herdeiro tratou de buscar sócios para a exploração de filhotes do IDP — e para empreendimentos que ampliassem o faturamento. Assim surgiu a CBF Academy, braço educacional da CBF administrado pelo IDP, responsável pela gestão e comercialização dos serviços oferecidos pelo fruto da parceria. Uma cláusula estipula que o IDP ficaria com 84% da receita — a CBF, com 16%. Em 2023, a receita foi de R$ 9,2 milhões.


Francisco Mendes, filho do ministro Gilmar Mendes | Foto: IDP/Divulgação

Atento ao eleitorado, Ednaldo aumentou de R$ 50 mil para R$ 215 mil os repasses mensais às federações estaduais, distribuiu donativos, passagens aéreas e diárias em grandes hotéis, presenteou com diárias de marajá seus convidados especiais para a Copa do Catar. Depois de completar o mandato do titular destituído, manteve-se no cargo com o apoio de 100% do eleitorado. Duas vezes tentaram derrubá-lo. Duas vezes Gilmar recolocou-o no gabinete imenso. 

Pagou R$ 5,7 milhões à vista a um advogado maranhense que obteve em um único dia um tipo de liminar que o tribunal leva ao menos 55 para examinar. Em dezembro de 2023, Ednaldo foi destituído pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Em janeiro, Gilmar determinou o retorno de Ednaldo ao cargo. Outras investidas contra o supercartola colidiram com a mesma barreira. Na mais recente, o relator deveria ser André Mendonça. O presidente Luís Roberto Barroso optou pelo sorteio. Deu Gilmar, claro.

Um acordo entre a CBF e as partes reclamantes no TJ-RJ, homologado por Gilmar em março de 2025, permitiu que Ednaldo disputasse a eleição cujo resultado deveria mantê-lo no comando até 2030. A esperteza derrapou nas evidências de que foi falsificada uma assinatura sem a qual não tem validade o acordo que permitiu a votação. O que fará o decano?

Em 1984, o Brasil foi dormir com Tancredo Neves pronto para a posse e acordou com José Sarney com a faixa presidencial no peito. “É o túnel no fim da luz”, resumiu Millôr Fernandes. Se não desistir do combinado, o técnico Carlo Ancelotti terá de trocar um Ednaldo por outro Sarney. Não há perigo de melhorar.




Augusto Nunes e Eugênio Goussinky - Revista Oeste

J.R. Guzzo - A ignorância sai caro

No caso de Lula, a ignorância condena 200 milhões de cidadãos brasileiros a viver num país de terceira classe pela inépcia sem limites de um presidente que não tem capacidade para governar

Presidente Lula, durante sessão de abertura do IV Fórum CELAC-China | Foto: Ricardo Stuckert/PR 

O Brasil convive há 40 anos, na mais completa normalidade, com uma noção perfeitamente absurda: a de que não há nada de errado em ter um analfabeto (ou semianalfabeto, o que vem a dar na mesma) como presidente da República. As classes culturais, que vivem com complexo de culpa por terem aprendido a ler, chegam a achar, inclusive, que isso é uma coisa boa. 

Que bacana, não é mesmo? 

Temos um ignorante na Presidência. Sim, ele é um multimilionário há muito tempo, mas é “operário”, pobre-raiz e mal sabe assinar o nome. Ou seja: Lula, sim, eis aí um brasileiro de verdade. No fundo, temos até de nos orgulhar de que ele seja o magnata mais xucro que já mandou neste país desde os caciques Tibiriçá e Cunhambebe. 

Tudo bem, o Brasil nunca foi mesmo um celeiro de estadistas brilhantes, mas o problema é que nenhum país do mundo comete um equívoco desse tamanho sem pagar um preço muito alto. A ignorância não é neutra. No caso de Lula e do Brasil, está dando um prejuízo invisível, mas cada vez pior, para os 200 milhões de cidadãos brasileiros — condenados a viver num país de terceira classe pela inépcia sem limites de um presidente que simplesmente não tem capacidade para governar um papagaio de realejo. 

A questão aqui é muito simples: não é materialmente possível ser ignorante e competente ao mesmo tempo. Um governante não pode ser bom por causa dos seus defeitos, e Lula não é exceção. Ninguém, na verdade, é bom por ser ignorante. O sujeito pode ser um bom músico, ou um bom alpinista, e não saber nada. Mas não se torna um bom músico ou um bom alpinista porque é ignorante, e sim porque tem talento musical ou habilidade para escalar montanhas. 

No Brasil, desde que Lula saiu da arquibancada da vida sindical para o camarote da vida política, um aglomerado de intelectuais, escroques partidários e esquerda sem votos criou a ficção segundo a qual não é realmente preciso saber nada de nada para presidir o Brasil. 

Deu nisso.


Desde que Lula saiu da arquibancada da vida sindical para o camarote da vida política, criou a ficção segundo a qual não é realmente preciso saber nada de nada para presidir o Brasil. Deu nisso - Foto: Wikimedia Commons

É demente. Para ser motorista de ônibus o cidadão tem de passar por um teste severo de conhecimentos e de habilidades, mas para ser presidente da República qualquer um serve, mesmo que seja um analfabeto de pai e mãe. A lógica mais elementar garante que uma coisa dessas não pode dar certo, nunca, da mesma forma que a física não permite que dois corpos ocupem o mesmo espaço ao mesmo tempo. O espaço a ser ocupado pela competência, no caso dos governos brasileiros, tem sido ocupado pela ignorância. Nos últimos 22 anos, com o curto intervalo Temer-Bolsonaro, o Brasil foi assolado pela boçalidade integral das presidências Lula — ele mesmo, ou ele por meio de Dilma. 

É provável, ou quase certo, que não exista no mundo de hoje nenhum chefe de Estado tão ignorante quanto Lula, entre os 200 países, ou coisa assim, que integram as Nações Unidas. Para o mundo, tanto faz. Seu presidente é um troglodita? Problema de vocês. Já no Brasil a história é outra, pois quem paga pela ignorância de Lula são os brasileiros, e mais ninguém. Mas aqui dentro há uma cegueira fundamental em relação ao problema — ninguém sequer lembra mais que Lula é o analfabeto funcional clássico, e as gangues que prosperam ao seu redor acham ótimo que ele seja. Neste preciso momento, aliás, Lula está a toda.


É provável, ou quase certo, que não exista no mundo de hoje nenhum chefe de Estado tão ignorante quanto Lula, entre os 200 países, ou coisa assim, que integram as Nações Unidas | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Seus surtos de agressão à cultura aumentam de frequência quando viaja ao exterior, agora turbinado pelas contribuições espontâneas de Janja — que descobriu uma “faraona” no Egito, diz “cidadões” e acha que sabe falar inglês. Lula já disse que Napoleão invadiu a China, que a “América espanhola” foi descoberta em 1498 e que Israel matou “12 milhões de crianças” na Faixa de Gaza — depois de afirmar que estava repetindo o Holocausto “do Hitler”. Há coletâneas de suas 10, 50 ou 100 frases mais estúpidas — está tudo à disposição do público nas redes sociais. Nestes dias, na 29ª viagem do seu terceiro mandato, foi exibir quanto não sabe na Rússia e na China.

Tininha Souza - Hum…não existe!! Nefertari, por exemplo, não era chamada de faraona, ou faraoa, ou algo semelhante. Nefertari foi uma grande rainha egípcia, esposa de Ramessés II faraó do Egito Para os egípcios, ela era apenas a "Rainha do Egito"! Faraona é uma galinha pintada.

Com a mente já embaralhada por sua atual bebedeira geopolítica, segundo a qual o principal objetivo estratégico da Rússia e da China é serem aceitas no círculo de amigos íntimos do Brasil, o presidente ficou à altura do seu acervo pregresso de declarações cretinas. Na viagem à Rússia, metido na companhia exclusiva de ditadores e criminosos de guerra, disse que estava comemorando o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial — que, no mundo democrático, é festejado em outro lugar, em outra data e por outros vencedores, a começar pelo vencedor de verdade, os Estados Unidos. 

Na China ele confirmou o apronto, como se dizia antigamente no turfe, e subiu ainda mais a barra das suas performances como o mentecapto global do século 20. Saiu dizendo que Mao Tsé-Tung liderou o que teria sido uma revolução humanitária em 1949 — quando é fato histórico, comprovado e indiscutível que a imposição do regime comunista na China foi um dos episódios de maior selvageria na história humana, com um mínimo de 40 milhões de mortos em resultado das ações do “governo revolucionário”. Nem na China se elogia Mao hoje em dia — e, fora a ditadura, não existe absolutamente mais nada no país que lembre o “maoísmo” admirado por Lula.


Mao Tsé-Tung, em 1963 | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Para completar, nosso presidente comparou Mao Tsé-Tung a si próprio e a Revolução Chinesa a seus governos — ambos, no seu entender, fizeram mais ou menos a mesma coisa. Fez o ajuste fino dessa barbaridade dizendo que “esse partido (sic) na China tem poder e um governo forte. Quando tomar decisões, o povo respeitará essas decisões. Isso é algo que não temos no Brasil”. Os gatos gordos chineses escutaram essa exegese com semblante de granito. Falar o quê? Já para os brasileiros, sobrou o recado oculto de Lula: “Vocês são o povo errado. Não respeitam as decisões do meu governo. Bom é na China, onde o povo tem juízo e obedece”




Nada disso seria tão ruim, pensando bem, se Lula fosse apenas um palhaço que viaja pelo mundo fantasiado com as roupas que a sua stylist escolheu e torrando dinheiro da população em hotéis de novo rico — e falando as idiotices listadas acima. (Foram R$ 7 bilhões em 2023 e 2024, mais R$ 2 bi no primeiro trimestre de 2025; Janja, sozinha, detonou R$ 800 milhões dessa bolada, ela e o seu “estafe”.) O problema, para quem paga a conta dessa farra, é que Lula é presidente do Brasil. Sua ignorância sistêmica, aí, produz consequências que custam muito mais que os meros bilhões de seu programa turístico mundial.

Não é preciso ser um sociólogo da Universidade Federal da Lusofonia Afro-Brasileira (sim, isso existe, no Ceará) para deduzir que um presidente semianalfabeto conduz qualquer país, obrigatoriamente, a ter um governo de péssima qualidade. Não é só o exemplo doentio de um presidente que não quis aprender de propósito — por preguiça, malícia e pela bajulação dos Fernando Henrique e das Marilena Chaui da vida, que “detestam” a classe média, mas acham que a ignorância é uma virtude. 

Lula, inclusive, se orgulha em público de nunca ter lido um livro (“é chato”), despreza os que têm alguma cultura e demonstra um despeito maldisfarçado diante do conhecimento. É pior que isso tudo. Lula, como presidente da República, é uma pós-graduação em matéria de “boi preto conhece boi preto” — eis aí o nosso problema. Seu governo, em geral, só atrai coisa ruim. Basta fazer as contas do Lula 3: 50% dos seus ministros são tão ignorantes quanto ele, 50% são malintencionados e 100% são puxa-sacos estruturais — sendo que é abertamente permitida a tripla militância, ou seja, o sujeito pode ser ignorante, ladrão e puxa-saco ao mesmo tempo. 

Como seria humanamente possível fazer um governo decente com um material desses? Lula diz que o Brasil tem de desenvolver sua própria inteligência artificial, em português — e a ministrada bate palma. Diz que foguete espacial não serve para nada, ou que a África deve ao Brasil pelos 300 anos de escravidão. “Que lindo o senhor é, presidente Lula”, respondem todos. Pode? Não pode. Mas é onde estamos. Os exemplos se repetem daí até os últimos limites da galáxia — cada leitor de Oeste, possivelmente, tem a sua própria lista de episódios com esse nível de estupidez em estado bruto. 

Não é preciso, portanto, fazer aqui uma lista que não acabaria mais. Nessa vertigem de China, em todo caso, e a título de cereja no bolo, vale a pena isolar um fotograma da comédia em cartaz há mais de 20 anos. 

Acredite se quiser, mas tempos atrás o ministro Rui Costa, chefe da Casa Civil, foi à China para tratar de possíveis “investimentos” — entre eles, a “ferrovia transcontinental” Atlântico-Pacífico. Não rolou. Rui Costa é exatamente o mesmo que disse à polícia que não sabia inglês, para explicar por que assinou durante a covid, como governador da Bahia, a compra de respiradores de uma empresa estrangeira que vende maconha.

O ministro Rui, na vida real, não conseguiria tratar da construção de uma linha de bonde. No governo Lula, é quem trata da ferrovia imaginária que vai ligar os dois oceanos. É onde viemos acabar — com os piores indicadores do mundo em violência, criminalidade, educação, capacidade de competir, atraso tecnológico e por aí afora. Presidente que não sabe nada além de cevar o seu próprio conforto, e ministros que sabem tanto quanto ele — este é o Brasil de hoje.


Presidente Lula conversa com Rui Costa, ministro da Casa Civíl, durante abertura do encontro internacional da indústria da construção | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil 

J.R. Guzzo - Revista Oeste

Ex-presidiário Lula levou uma comitiva de pelo menos 120 pessoas em suas viagens à Rússia e à China

Grupo incluiu ministros, presidentes de órgãos, assessores e técnicos; gastos ainda não foram totalmente divulgados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com Xi Jinping, o líder chinês, na abertura do IV Fórum Celac-China | Foto: Ricardo Stuckert/ PR

A comitiva que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua recente viagem à Rússia e à China ultrapassou 120 integrantes. Entre os nomes estão ministros de Estado, técnicos, assessores, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo. A Secretaria de Comunicação (Secom) enviou 27 pessoas. Já a Casa Civil deslocou 19 servidores. O levantamento foi feito pelo jornal Folha de S.Paulo. 

O roteiro internacional teve início no dia 6 de maio, quando Lula partiu rumo a Moscou. Na capital russa, participou da cerimônia pelos 80 anos da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial. A celebração representou um movimento estratégico de Vladimir Putin, que tenta reforçar sua imagem internacional em meio à guerra com a Ucrânia. 

A presença de Lula ao lado de outros líderes autoritários provocou críticas e constrangimentos diplomáticos. Depois da passagem pela Rússia, o petista aterrissou em Pequim Depois da passagem pela Rússia, Lula aterrissou em Pequim no dia 11. Ali, reuniu-se com o presidente Xi Jinping. Um episódio que envolveu a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, gerou repercussão. Durante conversa com o líder chinês, Janja comentou os efeitos nocivos do TikTok, aplicativo controlado por uma empresa da China.



Até agora, o governo federal não apresentou uma prestação de contas completa sobre os gastos da missão. Dados do portal Siga Brasil mostram o pagamento de R$ 122 mil em diárias para oito servidores. A lista de participantes ainda está incompleta. Diversas autorizações foram publicadas sem a identificação dos servidores envolvidos. Segundo o Planalto, os nomes das equipes de segurança e saúde permanecem sob sigilo por questões de proteção. 

Nesta quinta-feira, 15, o Diário Oficial trouxe os nomes de 26 integrantes da comitiva em Pequim. A lista inclui, além de Janja, o deputado Elmar Nascimento (União-BA), o presidente do Senado e 11 ministros. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, também compuseram a delegação. 

Durante a visita, ministros de Lula participaram de reuniões paralelas com representantes de empresas chinesas 

Durante a visita, ministros participaram de reuniões paralelas com representantes de empresas chinesas. Em um seminário promovido pela ApexBrasil, investidores anunciaram interesse em aplicar cerca de R$ 27 bilhões no Brasil. Os setores envolvidos incluem a produção de combustível sustentável para aviação e infraestrutura industrial. 

O governo brasileiro também firmou parcerias na área da saúde. Entre os acordos, destacou-se o projeto conjunto da farmacêutica brasileira Eurofarma com a chinesa Sinovac. As duas empresas lançaram o Instituto Brasil−China para Inovação em Biotecnologia e Doenças Infecciosas e Degenerativas, voltado para pesquisas e produção de vacinas. 



Além dos representantes políticos, parte da comitiva era formada por profissionais da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Técnicos, seguranças e especialistas em logística chegaram dias antes ao destino para preparar a estrutura da viagem. Esses servidores integram os grupos chamados de “técnico” e “de apoio”. 

A Secom informou, em nota, que os servidores desses grupos prestam serviços essenciais, como segurança, atendimento de saúde e suporte operacional.

“As comitivas Técnica e de Apoio são compostas de servidores que atuam em áreas-meio para viabilização dos eventos, tais como agentes de segurança, saúde e pessoal de apoio”, afirmou a Secom. “Como tais informações podem colocar a segurança do presidente ou do vice-presidente em risco, os dados são classificados no grau de sigilo reservado pelo Gabinete de Segurança Institucional, nos termos do art. 25, inciso VIII, do Decreto nº 7.724/2012.” 

O Itamaraty será responsável pelas despesas principais da missão. Já a Presidência cobrirá os custos complementares, como taxas de aeroporto, serviços de solo e passagens para os servidores. A divulgação dos valores definitivos ocorrerá somente depois da conclusão da prestação de contas. 

Revista Oester

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Governo corrupto do ex-presidiário Lula promove apagão de dados sobre convênios e emendas

 Ministério da Gestão retira do ar documentos sobre transferências e dificulta rastreamento de recursos


Lula prometeu que não colocaria sigilo sobre sua gestão | Foto: Ricardo Stuckert/PR 

O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) promoveu um apagão de dados públicos ao decidir esconder os documentos que detalham convênios com Estados, prefeituras e organizações não governamentais. A medida atinge também os repasses feitos por meio de emendas parlamentares. O valor total envolvido chega a R$ 600 bilhões. 

A pasta alega que seguiu um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que trata da proteção de dados pessoais. Mas a própria AGU diz que o texto não justifica a retirada dos documentos da plataforma TransfereGov. 

Segundo o órgão jurídico, não há impedimento para que essas informações permaneçam públicas.

  Governo Lula promove apagão de dados 

Na prática, o apagão de dados fez sumirem do sistema prestações de contas, notas fiscais, planos de trabalho e relatórios de execução. Ou seja, já não se sabe quem recebeu, quem executou e quem foi contratado com dinheiro federal.


A mudança atinge até os convênios ligados ao chamado “orçamento secreto”, que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional em 2022 por falta de transparência. 

Também foram bloqueados os repasses para ONGs financiadas por emendas parlamentares. 

Sigilo do bem 

A nova política do MGI contraria o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a campanha, ele prometeu abrir os dados do governo e criticou o sigilo imposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 

O TransfereGov, que substituiu a antiga Plataforma+Brasil, foi criado para facilitar o acesso às informações sobre os repasses da União. Segundo o governo, o sistema está sendo adaptado para ocultar dados pessoais. Até lá, os anexos ficam fora do ar. A AGU, por sua vez, nega qualquer orientação nesse sentido. 

Em nota, afirmou: “O parecer mencionado em nada impede que os documentos continuem plenamente acessíveis, auditáveis e publicamente disponíveis”.

Revista Oeste