quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sem acordo, Kirchner, a Dilma ´trambique` dos hermanos, apela para ato político na tentativa de desviar o foco do calote

por - O Globo

Audiência reúne nesta sexta-feira‘abutres’ e negociadores da Argentina, enquanto bancos negociam saída alternativa



BUENOS AIRES e NOVA YORK - Sem a possibilidade real de um acordo entre bancos privados e “fundos abutres” que possa tirar seu país da situação de “calote seletivo”, a presidente Cristina Kirchner reforçou nesta quinta-feira a politização, apontada por seus opositores, da delicada crise financeira que assola a Argentina. Em discurso transmitido por rede nacional de rádio e TV, que começou com lágrimas nos olhos e uma emotiva lembrança de seu marido e antecessor, Néstor Kirchner, ela minimizou o calote e voltou a criticar a Justiça americana, sem sinalizar com uma saída. Cercada de apoiadores, ela anunciou um aumento da aposentadoria mínima.

— Estamos no dia 31 de julho e o mundo continua andando, e também a República Argentina, o que é uma boa notícia... Amanhã começa agosto, e assim continuará a vida — declarou, diante de uma plateia de governadores, ministros, sindicalistas e todo o seu gabinete.

A seu lado, o ministro Axel Kicillof acompanhou sorridente o discurso. Pouco antes, em entrevista no Ministério da Economia, ele afirmara que falar em calote era “uma estupidez atômica”.

— Dizer que estamos em calote é uma estupidez atômica... querem gerar um clima de pânico — disse, insistindo que para estar em calote, a Argentina não poderia estar pagando os credores.
Como o país não está saldando seus vencimentos devido a uma decisão do juiz Thomas Griesa, a Casa Rosada considera que se trata de situação “inédita e não pode ser considerada calote”.

Griesa convocou para esta sexta-feira uma nova audiência sobre o impasse entre a Argentina e os “fundos abutres”, segundo um porta-voz do tribunal. Ainda não há informações sobre o teor da reunião, marcada para as 11h (12h, horário de Brasília). Comparecerão representantes da Argentina e dos “abutres”, segundo o jornal argentino “Clarín”. Este afirma que o motivo podem ser os fundos que foram depositados e bloqueados na Justiça no Bank of New York Mellon ou outra proposta.

Além disso, bancos estrangeiros estariam negociando a compra dos títulos da dívida argentina em poder dos “abutres”, segundo o jornal argentino “Ambito Financiero”. As negociações entre bancos argentinos e os fundos não teria ido adiante, afirma o diário, mas as conversas teriam sido retomadas ontem por instituições estrangeiras como Citibank, JP Morgan e HSBC. A ideia seria comprar os papéis nas mãos dos abutres ou depositar uma garantia para que as negociações com o governo argentino sejam retomadas.

Já o Aurelius Capital Management, um dos fundos chamados de “abutres”, disse que não recebeu propostas viáveis do setor privado para vender seus títulos não reestruturados da dívida argentina. Apesar da declaração negativa do grupo, fontes ouvidas pelo jornal argentino “Clarín” afirmam que o Elliot Managment (controlador do NML) conduzia, em sua sede em Manhattan, negociações com bancos estrangeiros.


DISCURSO COM LÁGRIMAS NOS OLHOS

Em Buenos Aires, Cristina e Kicillof foram as estrelas de um ato convocado na Casa Rosada para anunciar novo aumento da aposentadoria mínima, de 17,21%, para 3.231 pesos (US$ 394). A presidente e seu ministro preferido foram aplaudidos por todos os setores convocados e por centenas de militantes de movimentos sociais kirchneristas, que lotaram os pátios internos e corredores do palácio. O lema “pátria ou abutres” esteve no centro da cena.

— Calote seletivo... isso não existe. As únicas causas de calote estão nos contratos, e não aparece impossibilidade de pagamento. Impedir que alguém receba não é calote, terão de inventar uma palavra — enfatizou a presidente.

Ela leu um discurso do marido, de 2004, no qual Kirchner dizia que o país não podia pagar mais que 25% da dívida e assegurava que “cada vez que me pressionam penso nos que sofrem, se me puseram como presidente devo ter coragem para defender nossa pátria”.

— Diziam que era um louco... seria bom ter tido mais loucos como esses — disse Cristina, com lágrimas nos olhos.

Depois, em seu discurso, Cristina deu grande importância a um eventual acordo entre os bancos privados e os “abutres”, mas mencionou qualquer solução. Suas declarações aumentaram a preocupação entre os analistas.

Já Kicillof alfinetou o mediador nomeado por Griesa, Daniel Pollack, que divulgou nota informando o fracasso das negociações. Ele usou os termos “calote iminente”, dizendo que isso provocaria “danos reais e dolorosos aos argentinos”.

— Pollack não tem a mais pálida ideia do que é o Mercosul — disse Kicillof, para quem Griesa favoreceu os “abutres" nas negociações. — Deram para a outra parte a metralhadora e a faca, é uma mesa inclinada de negociações, insólito é desproporcional.


TEMOR DE NOVAS DEMANDAS

Um dos novos temores dos analistas no atual cenário de calote seletivo é o de que credores reestruturados da Argentina (dos bônus PAR, Discount e Global) solicitem o que se chama “aceleração dos vencimentos". Para isso, que está previsto nos contratos dos papéis, é preciso reunir pelo menos 25% do total de detentores de um tipo desses bônus, que podem pedir à Justiça americana receber todo o pagamento (principal e juros) num prazo muito mais curto do que o vencimento do título.

O pedido só pode ser feito em caso de calote, portanto a Justiça e os bancos envolvidos deverão determinar se a Argentina está em situação de default para autorizar a aceleração dos vencimentos. Segundo estimativas do mercado, o valor a pagar poderia alcançar o total de reservas do Banco Central do país, em torno de US$ 29 bilhões.

Os credores que possuem esses bônus, emitidos nas trocas de 2005 e 2010, entre os quais haveria “fundos abutres”, têm até 30 de agosto para reunir os 25% e fazer uma solicitação. A autorização, porém, poderia demorar mais de dois meses.

O principal índice de ações da Bolsa de Buenos Aires, o Merval, encerrou o dia em queda de 8,39%, aos 8.187 pontos, no primeiro pregão após o default. Todas as 13 empresas que compõem o índice recuaram. No Brasil, refletindo a crise no país vizinho, o índice de referência Ibovespa recuou 1,84%, aos 55.829 pontos. O dólar comercial, por sua vez, registrou valorização de 1,42%, a R$ 2,275.

* Com agências internacionais


Mais um ato escandalosamente ilegal: desta feita, a protagonista é Dilma

Blog Reinaldo Azevedo - Veja


Mais um ato ilegal na CUT. Mais uma vez a Lei Eleitoral, a 9.504, foi escandalosamente afrontada. Mais uma vez, um dinheiro de origem pública, coletiva, foi posto a serviço de uma candidatura, de um partido, de um grupo de políticos. Desta feita, a protagonista da agressão ao estado democrático e de direito é ninguém menos do que a presidente Dilma Rousseff. Ela é uma das estrelas daquele partido, o PT, que exigiu — e obteve — a cabeça da funcionária de um banco privado que ousou dizer a verdade aos clientes: quando o mercado avalia que Dilma melhora nas pesquisas, os indicadores econômicos pioram.
 
 
Que coisa! Uma mulher, de uma empresa privada, porque diz uma verdade, tem a cabeça entregue a Lula na bandeja. A presidente da República, jogando a lei na lata do lixo, não é molestada por ninguém.
 
A que me refiro? Nesta quinta, foi a vez de Dilma discursar num evento da CUT, central sindical que é financiada, entre outras fontes, pelo imposto sindical, pago compulsoriamente por todos os trabalhadores formalizados, sejam sindicalizados ou não. Lula já tinha discursado lá. Os dois usaram o encontro da central para fazer proselitismo eleitoral em favor do PT e, ainda mais escandaloso, para satanizar a oposição. Dilma deu mostras, mais uma vez, de que, pressionada, pode tirar do fundo do baú o pensamento da velha militante da VAR-Palmares, aquela que não tinha adversários, mas inimigos políticos, que tinham de ser eliminados. E os grupos aos quais ela pertenceu mataram inocentes. Sigamos.
 
Em franca campanha eleitoral, a presidente afirmou que seus adversários querem acabar com os benefícios sociais. Num momento em que a retórica resvalou no chão, mandou brasa: “Nós vamos fazer uma campanha respeitosa, não precisamos xingar ninguém. Agora, é uma campanha que vai confrontar a verdade ao pessimismo que querem implantar no Brasil, que querem criar o ambiente de quanto pior melhor. Nós queremos um Brasil de quanto mais futuro melhor”.
 
Não existe xingamento maior, ofensa maior, agravo maior, na política, do que atribuir a adversários o jogo do “quanto pior, melhor”, especialmente quando estes disputam o poder, como é o caso, segundo as regras do jogo. Por quê? Que grande programa do governo Dilma os oposicionistas sabotaram? Contra que grande benefício social eles se opuseram? A pecha valeria, sim, é para aquele PT que votou contra o Plano Real e que tentou derrubar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Apelando ao drama vulgar, afirmou:

“Não fui eleita nem serei reeleita para colocar nosso país de joelhos diante de quem quer que seja. Isso significa também reconhecer para vocês que eu não sou uma pessoa pretensiosa. Posso não acertar sempre, como qualquer outro ser humano, posso não agradar a todos, aliás acho que desagrado alguns. Eu não traio meus princípios, meus compromissos, não traio minha parceria…”.
 
Quem pôs o país de joelhos antes dela? Contra a vontade do PT, o país se levantou, isto sim, da hiperinflação, por exemplo. Ainda voltarei ao assunto, é claro! Não deixa de ser fascinante que alguém faça um discurso tão tonitruante no momento em que atropelava princípios básicos do republicanismo. Tem de ter muita cara de pau.

Leilões de encontros com executivos de tecnologia são nova moda nos EUA

 
Por Ligia Aguilhar - O Estado de São Paulo   
 
 
Eric Schmidt, CEO do Google, quer conquistar lance de US$ 50 mil para alguém tomar um café com ele por meia hora; objetivo é apoiar entidades beneficentes
 
 
 
 
Eric Schmidt, do Google, já conseguiu lance de US$ 9 mil, mas quer chegar a US$ 50 mil. FOTO: Reuters


Que tal um almoço com o CEO da Apple, Tim Cook, por US$ 330 mil? Ou com a CEO do Yahoo, Marissa Mayer, por US$ 25 mil?


Parecem valores exagerados? Pois houve quem pagou o preço. Almoçar ou tomar um café com uma estrela de tecnologia é uma das novas modas nos Estados Unidos. Executivos de diversas empresas estão oferecendo essas oportunidades por meio do site Charity Buzz, que intermedeia diversos leilões para encontros com famosos com o objetivo de reverter parte da renda para causas sociais e beneficentes.

O mais novo a aderir à moda é Eric Schmidt, CEO do Google. Até o dia 14 de agosto o empresário está aceitando lances de pessoas interessadas em tomar um mero café com ele, por 30 minutos, no escritório da empresa em Nova York. O lance mínimo atual é de Us$ 9 mil, mas a meta é chegar a US$ 50 mil. O dinheiro será doado para a Rush Philanthropic Arts Foundation, que ensina arte a crianças carentes.

Já o cofundador do Snapchat, Bobby Murphy, está aceitando lances para um almoço com ele, avaliado em US$ 7,5 mil. O lance mínimo atual é de US$ 2 mil.

‘Não precisa de tarifaço em 2015’, diz Mantega.

 João Villaverde, Renata Veríssimo, Mauro Zanatta e Marcelo de Moraes - O Estado de S. Paulo

                           

                                                          

Segundo o ministro da Fazenda, governo já está reajustando as tarifas e não haverá um choque de preços em 2015





BRASÍLIA - Às vésperas de entrar em sua terceira campanha presidencial consecutiva no comando do Ministério da Fazenda, o ministro Guido Mantega elevou o tom político ao classificar como “conversa para boi dormir” as críticas de candidatos da oposição sobre a necessidade de um forte ajuste na economia derivado do represamento de reajustes de tarifas públicas em 2015.

Sem citar nomes, Mantega negou ao Estado haver um “tarifaço” encomendado para o próximo ano. “Essa história de que não reajustamos as tarifas é conversa para boi dormir. Como alguns falam aí de dar um tarifaço, não há necessidade. Sei que eu não faria nenhum tarifaço em 2015. Não procede a ideia. Eu não recomendo”. E apontou um “pessimismo artificial” com a política econômica do governo Dilma Rousseff. “Tem um pessimismo artificial, gerado por fatores extraeconômicos. Tivemos isso antes da Copa também. Se tivesse mais otimismo na economia, talvez ela fosse melhor”.

Mantega também fez críticas indiretas à política monetária da gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso. “Nosso juro real é baixo, mesmo com a alta recente. Tinha gente no passado que praticava 10% de juro real. Nem me lembro os nomes... mas tinha gente que dizia que o juro de equilíbrio real do Brasil era de 10%, e praticava isso”.

A seguir, os principais trechos da entrevista, concedida nesta quinta-feira em seu gabinete em Brasília.

Cenário para 2015 

Sempre em início de governo há um espaço para se fazer ajustes, todo mundo faz. Mas teremos um cenário melhor em 2015.

Certamente, não teremos aperto de crédito no ano que vem, porque a inflação, também, estará mais moderada. Teremos, em 2015, a maturação dos investimentos das concessões e também do campo de Libra, do pré-sal. O Banco Central poderá flexibilizar a política monetária em 2015, quando a inflação dar sinais de cenário melhor. O BC já parou de subir a Selic, o que já é bom. O cenário vai ser melhor, não há dúvida disso. O cenário internacional estará melhor e isso é muito importante.

Além disso, a Petrobrás vai estar em um patamar de produção e refino muito maior, e isso dará mais lucro à empresa e, consequentemente, mais recolhimento de tributos. O mesmo ocorrerá com a Vale. A indústria extrativa de modo geral, não somente a Vale, estará em ritmo melhor em 2015. O quadro é positivo.

Eleições 2014

Alguns ficaram interessados em criar um pouco de mau humor no País. Se tivesse mais otimismo na economia brasileira, talvez ela fosse melhor. O empresário tem que olhar o curto, o médio e o longo prazo, e não só o que está acontecendo. Tem um pessimismo artificial no País, gerado por fatores extraeconômicos. Tivemos isso antes da Copa também.

Tarifaço

Outra coisa importante é que já estamos reajustando as tarifas, os preços administrados. Essa história de que não reajustamos as tarifas é conversa para boi dormir. Basta ver os planos de saúde, os Correios, as loterias e também os remédios. Todos tiveram os reajustes previstos, independente de eleições. Os reajustes ordinários de energia elétrica também estão ocorrendo. Tudo está normal. Então, não procede a ideia de que haja necessidade de tarifaço. Sei que eu não faria nenhum tarifaço em 2015.

Juros

Nosso juro real é baixo, mesmo com a alta recente. Tinha gente no passado que praticava 10% de juro real. Nem me lembro os nomes... mas tinha gente que dizia que o juro de equilíbrio real do Brasil era de 10%, e praticava isso.

Inflação

Temos forte queda de inflação no País. Os dados de IPCA, e também de IGP-M, indicam uma curva inclinada para baixo. Esse segundo semestre será de inflação baixa. Os meses de julho e agosto são de inflação baixa, e o consumidor já sente isso no bolso.

A alta de preços está mais maneira, embora tenhamos convivido com a questão da seca no início do ano. Isso é bom para a economia. O consumidor está com um poder aquisitivo melhor agora, porque a inflação caiu. As medidas de política monetária adotadas pelo Banco Central darão um alívio no crédito. Até agora, a política monetária tem sido severa. Além da própria Selic, que foi elevada por mais de um ano e agora deu uma parada, em 11% ao ano. Foi uma política monetária apertada, porque demos prioridade absoluta para baixar a inflação. Agora que a inflação está moderada, o BC fez essa medida que melhora a liquidez do mercado.

Ela viabiliza a compra de carteiras, que estava inviabilizada. Isso tinha dado uma emperrada, e agora vai voltar a ter mais crédito.

Crescimento

Agora estamos num ponto de inflexão. O segundo semestre de 2014 será melhor do que o primeiro, não tenho nenhuma dúvida. Os primeiros sinais positivos vêm de dentro, com dois meses consecutivos de melhora na confiança dos consumidores e com a queda mais forte da inflação. Além disso, teremos muito mais dias úteis do que no primeiro semestre, que teve a Copa do Mundo. O pessoal vai poder consumir mais.

Agora, começa a inflexão. Também a restrição de crédito, que havia, começa a reduzir. Os bancos privados colocaram o pé no freio. As medidas que tomamos garantem uma melhora do mercado. Tivemos melhoria geral, porque a Bolsa de Valores registrou uma alta no primeiro semestre, e nos últimos seis meses a taxa de câmbio teve uma valorização de 9%. Isso cria as condições para a normalização. Os aplicadores estrangeiros que vieram para a Bolsa ganharam dinheiro e isso deixa o mercado animado.

Economia mundial

Tivemos um primeiro semestre mais moderado, do ponto de vista do crescimento, por conta da economia mundial. O primeiro trimestre não registrou o crescimento esperado nos Estados Unidos, que frustraram todas as expectativas, e também uma lentidão da União Europeia.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção de crescimento mundial por conta dos dados do primeiro semestre. Até a China deu uma desacelerada no começo do ano. Agora, a economia americana está dando sinais mais fortes de uma retomada, enfim.

Quando os EUA melhoram, a China imediatamente melhora também e isso tudo ajuda. A China deu uma melhorada no segundo trimestre. Temos uma dinâmica própria de crescimento, mas dependemos também do mercado internacional. Nossa indústria tem menos espaço para exportar com a queda mundial. A Europa é um terço do mercado global e desde 2011 está em crise. Lentamente, no entanto, tudo está melhorando.

Fiscal

No primeiro semestre, o crescimento foi inferior e, por isso, teve arrecadação menor. No segundo semestre, a atividade será maior, e, portanto, a arrecadação será maior. Temos os Refis em curso, com a entrada de R$ 18 bilhões, e outras receitas. Haverá o leilão do 4G, que deve render R$ 8 bilhões, além dos R$ 2 bilhões que a Petrobrás pagará por ter obtido a concessão de campos de petróleo do pré-sal. Vejo os balanços das empresas no segundo trimestre e daqui a pouco isso vai chegar no meu caixa sob a forma de tributos, como Imposto de Renda Pessoa Jurídica e outros. Estamos fazendo todo o esforço para meta fiscal ser atingida. As despesas não estão fora de controle, as receitas que frustraram por conta do ritmo da economia no primeiro semestre.

Imposto

É sempre difícil fazer um aumento de tributo. Além do mais, o Congresso só terá mais uma semana de trabalho, e isso inviabiliza algumas medidas. Mas discutimos com os setores sempre. Nós combinamos um aumento da tributação com o setor de bebidas para começar em setembro. Não reduzimos impostos nesse ano. Para a indústria automobilística e o setor moveleiro nós mantivemos a alíquota do IPI, nós não baixamos nada.

Energia

O crédito dos bancos para a Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE) foi uma solução do mercado. Foi algo totalmente privado, uma solução com grande participação dos bancos privados. Além dos R$ 11,2 bilhões emprestados no começo do ano, teremos agora mais um empréstimo do consórcio de bancos para a CCEE, que será de R$ 3,5 bilhões. Já os R$ 3 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão a última tranche.

Conta paralela de R$ 4 bilhões

O Banco Central (BC) já explicou tudo, inclusive em nota, que o resultado do mês de maio foi o déficit de R$ 11 bilhões. Se teve algum problema com um banco privado, eu não sei e nem quero saber, porque é coisa de sigilo bancário. Cabe ao BC determinar o que está acontecendo. É da alçada dele. Pode ter lançamento contábil feito em rubrica errada por uma instituição privada, seja por engano ou por má fé. Se tiver má fé, alguém vai pagar o pato. Mas fato é que na hora que o BC apurou o resultado fiscal, ele fez um levantamento preciso e sem discussão.

Argentina

Os mercados já estão adaptados a isso. Por enquanto não tem impacto nenhum aqui. Eles não estão num default técnico. Estão fazendo o dinheiro chegar nos credores, a Argentina está pagando, não está dando o calote. Ela não pode aceitar pagar os fundos abutres, se não cairá por terra toda a reestruturação. Interessa para todo mundo um negociação. Esta não é uma questão trivial porque embora tenha efeito limitado no momento, pode ser ruim para futuras reestruturações. Tem que negociar, a saída é a negociação que possa contemplar todos os lados. Já houve queda do fluxo comercial por causa da queda de atividade na Argentina, porque eles estão importando menos. Eu confio numa solução. É interessante para as partes. Não interessa para ninguém o default.

O bebê coreógrafo

Blog Ricardo Setti - Veja


Num ensaio de dança que parece incluir os pais, o garotinho de não mais que 1 ano de idade se entusiasma com a música e os movimentos a sua volta — e manda ver.



“Gilbertinho” vai tentar salvar o decreto bolivariano de Dilma que cria os “conselhos populares”. Só que, felizmente, vai perder a parada.

Blog Ricardo Setti - Veja


(Foto: Antonio Cruz/ABr)
O ministro Gilberto Carvalho, o “Gilbertinho”: um último esforço para salvar os sovietes lulopetistas (Foto: Antonio Cruz/ABr)

Meu colega, amigo e brilhante jornalista Lauro Jardim está informando, em seu Radar on-line, que “horas antes de a Câmara derrubar o decreto de Dilma Rousseff que dá voz a Conselhos Populares (leia mais aqui), na próxima terça-feira, Gilberto Carvalho fará o último esforço para tentar evitar a anulação da canetada de sua chefe”.

Só que, felizmente, o Congresso resolveu cumprir seu papel e vai DERRUBAR a tentativa de criar os sovietes lulopetistas, conforme o Lauro relata e vocês não devem deixar de ler.

Ou seja, o secretário-geral da Presidência, cuja principal função não é secretariar Presidência nenhuma, mas manter “diálogo” com os chamados “movimentos populares”, vai dar com os burros n’água.

Para alegria dos democratas “deztepaiz”.

Leiam a nota aqui.

“O que é (sic) R$ 10 mil?”, desdenha Dilma. Haja cinismo!

Blog Augusto Nunes - Veja



Há quase dois anos, ao festejar na TV o fim da pobreza extrema em território brasileiro, Dilma Rousseff explicou que só pode ser enquadrada nessa categoria gente cuja renda mensal é inferior a 70 reais. Qualquer quantia acima disso, portanto, é suficiente para que se atravesse 30 dias sem maiores aflições. Na sabatina da Folha, como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, uma curtíssima resposta-pergunta da presidente bastou para reduzir a farrapos a fantasia de Princesa Isabel dos Miseráveis.

Quase no fim da sabatina, um dos entrevistadores perguntou-lhe por que guarda em casa 152 mil reais em espécie. Dilma enrolou-se em explicações tão consistente quanto os prognósticos econômicos de Guido Mantega. Outro jornalista ponderou que, se depositasse a bolada numa caderneta de poupança, lucraria perto de 10 mil reais em um ano. “O que é 10 mil?”, deixou escapar a presidente, desferindo simultaneamente um pontapé na concordância verbal e uma rasteira na coerência.

Com a quantia que desdenhou, Dilma poderia, por exemplo, comprar 3.333 bilhetes do metrô paulista. Ou manter 12 brasileiros acima da linha da miséria durante um ano. Ou, ainda, bancar pelo mesmo período 11 beneficiários do Bolsa Família. Com R$ 10 mil, a presidente também poderia pagar 37 jantares no restaurante Eleven, onde costuma baixar durante “escalas técnicas” em Lisboa.

Ou 10 noites na suíte menos cara do hotel Four Seasons Ritz, também em Lisboa. Se preferisse a suíte presidencial, como em janeiro, teria de reduzir em alguns maços a pilha de cédulas escondida no Palácio da Alvorada para completar a diária de R$ 26,2 mil.

Os R$ 152 mil que mantém ao alcance da mão (e que lhe permitiriam comprar à vista um Mercedes CLA 200 zero quilômetro) incorporam a dona da bolada  a um reduzidíssimo grupo de brasileiros. Só guardam em casa tanto dinheiro vivo os agiotas ultraconservadores, os sonegadores do Fisco, os bicheiros da velha guarda, os sovinas patológicos e, sabe-se agora, uma presidente da República. É a única em toda a comunidade formada em economia, o que faz de Dilma Rousseff também a única economista do mundo  que  acha um bom negócio investir debaixo do colchão.


Alemães bebem 4,7 milhões de litros de cerveja movidos pela Copa do Mundo

 

Robson Morelli - O Estado de São Paulo
 

Consumo de junho é 14% maior que mesmo período do ano passado




De acordo com a Associated Press, os alemães, que sempre gostaram de beber, bateram todos os recordes de consumo de cerveja durante a Copa do Mundo. O ponto alto, claro, ficou para depois da conquista do título diante da Argentina, no Maracanã. A venda de cerveja no país campeão do mundo aumentou 4,4% na primeira metade do ano. Números oficiais dão conta que foram vendidos 4.790 milhões de litros de cerveja entre janeiro e junho. A Copa começou dia 12 de junho. Certamente essa quantidade aumentou em julho, a cada passo da seleção alemã na Copa.

Após os 7 a 1 sobre o Brasil, histórico, os alemães foram as ruas em Berlim e certamente em todas as outras cidades do país para festejar. Nas mãos, uma caneca cheia.  Somente em junho, os litros bebidos representam 14% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o time de Joachim Löw ainda se preparava para o Mundial no Brasil.

Neste mês, os alemães compraram 970 milhões de litros de cerveja, a quantidade mais alta em um mês desde 2010, registrada até então no Mundial da África do Sul. Naquela ocasião, a Alemanha caiu na semifinal diante da campeã Espanha – perdeu de 1 a 0. Não teve festa. Mas beberam do mesmo jeito.

"Quanto mais comércio e divisão de trabalho, maior a riqueza do povo"

Blog Rodrigo Constantino - Veja

Por Fabio Ostermann, publicado no Instituto Liberal



 
 
Em uma das passagens mais importantes (e menos lidas) de seu clássico “A Riqueza das Nações”, Adam Smith observou a forma de organização da produção em uma fábrica de alfinetes. Dividindo-se o trabalho em distintas etapas, a produtividade dos trabalhadores é muito maior do que seria caso cada trabalhador se ocupasse autonomamente de todas as fases da produção de um alfinete. Esta divisão permitiria que cada trabalhador se especializasse e aperfeiçoasse na função para a qual foi designado.
 
O aumento na produtividade dos fatores de produção decorrente de trocas livres baseadas na divisão do trabalho seria, segundo Smith, o caminho por meio do qual as nações tornar-se-iam ricas. Ocorre que, como percebeu o economista escocês, as possibilidades de divisão do trabalho são limitadas pelo tamanho do mercado a que se tem acesso.
 
Imagine-se, por exemplo, vivendo sozinho em uma ilha deserta onde só é possível consumir aquilo que é produzido. Como você não dispõe de outras pessoas para cooperar realizando trocas (um mercado), você só consumirá aquilo que você mesmo for capaz de produzir. Ainda que você seja uma pessoa extremamente hábil, você será necessariamente muito pobre, pois terá que alocar seu tempo limitado a atividades das mais básicas (garantir abrigo, comida, bebida e segurança para si mesmo, por exemplo).
 
Agora digamos que você descubra não estar sozinho na ilha: também vive lá uma família de náufragos. A probabilidade de que entre eles exista alguém que produza bens e serviços por você demandados de maneira mais eficiente (com menores custos relativos[i]) é grande. O fato de você ser o melhor cozinheiro da ilha não significará nada se houver outros cozinheiros quase tão bons e se, ao mesmo tempo, você for a única pessoa com conhecimentos de carpintaria nos arredores, ainda que você não seja propriamente um expert.
 
O que conta na divisão do trabalho é a vantagem comparativa na produção de determinado bem ou serviço[ii]. Inserido em um mercado composto por mais agentes, você poderá focar seu tempo, sua habilidade e sua energia especializando-se naquilo que produz com mais eficiência, trocando seus excedentes por bens e serviços produzidos por outras pessoas. A especialização permitirá ganhos em escala, bem como os benefícios do learning-by-doing. É fácil perceber que nesse cenário você e os outros habitantes da ilha teriam uma melhora considerável em seu padrão de vida.
 
A mesma lógica vale para agrupamentos humanos maiores, como cidades e países: quanto maior o âmbito de interações livres, maiores serão as possibilidades de divisão do trabalho. Como consequência desse fato, maior será a especialização, gerando uma alocação mais eficiente dos recursos disponíveis. Essa melhor alocação importará necessariamente em maior riqueza e bem-estar dentre os membros da comunidade em questão.
 
Devido ao anacrônico protecionismo que ainda vigora por aqui, o Brasil tem hoje uma participação pífia no comércio internacional, limitando severamente as possibilidades de especialização e divisão do trabalho daqueles que vivem sob suas fronteiras. Apesar de suas proporções continentais (5° maior território e 5ª maior população do mundo), o país    é hoje a 24ª nação exportadora do mundo, e a 21ª maior importadora (dados do CIA Factbook). A consequência óbvia disso é a limitação das possibilidades de comércio baseadas na divisão do trabalho para consumidores e produtores de bens e serviços no Brasil.
 
Em contraste, os cerca de cinco milhões de habitantes da pequena Cidade-Estado de Cingapura (área equivalente ao dobro da cidade de Porto Alegre) beneficiam-se da participação do país em diversos acordos de livre comércio – o que possibilita aos cidadãos singapurianos o acesso a um mercado muitas vezes maior do que aquele ao alcance dos brasileiros. Esta ex-colônia britânica ascendeu da pobreza a um nível de riqueza invejável se abrindo ao comércio internacional e ao investimento estrangeiro. Não por acaso, é hoje o país com a maior proporção de famílias milionárias do mundo, com PIB per capita quase seis vezes maior que o brasileiro. Quanto maior o comércio e as possibilidades de divisão de trabalho, maior a riqueza do povo de um país.
 

[i]           Não confundir com o custo monetário, pois pode ser mais eficiente que um trabalhador menos produtivo realize determinada tarefa contanto que o seu custo de oportunidade – aquilo de que se abre mão para obter algo – seja menor.
[ii]   Esse conceito, fundamental na compreensão da lógica do comércio internacional e da divisão do trabalho, foi introduzido por David Ricardo em seu On the Principles of Political Economy and Taxation(1817).

Aécio defende regras tributárias específicas para o Nordeste

Veja

Candidato do PSDB defende 'choque de infraestrutura' para estados nordestinos; pacote deve ser anunciado no dia 12

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, discursa durante sabatina promovida pela CNI, em Brasília
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, discursa durante sabatina promovida pela CNI, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)


O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, defendeu nesta quinta-feira um "choque de infraestrutura" para os Estados do Nordeste e afirmou que planeja que eles estejam sujeitos a "regras tributárias específicas" para atrair investimentos. A medida faz parte de um pacote de propostas que o tucano pretende anunciar a partir do dia 12, quando começará a visitar os Estados da região. A ideia é que o candidato se licencie do mandato de senador no próximo dia 5 – ele deve visitar seis Estados nordestinos entre os dias 12 e 14 de agosto.

"Estamos construindo um plano para o Nordeste de investimentos, com um grande choque de infraestrutura, atração de novos investimentos, inclusive, com regras tributárias específicas", disse o tucano, ao inaugurar um comitê de campanha em Belo Horizonte. "O Nordeste merecerá uma atenção toda especial, não na campanha, mas no governo", afirmou.

Entre os três principais candidatos ao Palácio do Planalto, Aécio Neves é o mais desconhecido entre os eleitores nordestinos, o que, de acordo com o núcleo de campanha, compromete seu desempenho na região. A campanha do PSDB trabalha para que ele visite todos os Estados do Nordeste até setembro.

"Levaremos o exemplo do que fizemos em Minas Gerais: No final do nosso mandato, tínhamos gasto três vezes mais per capita na região mais pobre de Minas do que nas regiões mais ricas", disse.

Nesta quarta-feira, Aécio havia defendido, em sabatina na Confederação Nacional da Indústria (CNI), um pacto entre Estados para o fim da guerra fiscal, mecanismo de compensação tributária utilizado por governos estaduais para atrair investimentos.

PSDB pede à PGR que investigue ida de ministros à sabatina de Dilma, ´a estadista do mensalão`

 

Campanha do tucano Aécio Neves alega que a presidente-candidata violou a Lei de Improbidade ao levar ministros para evento eleitoral

Laryssa Borges - Veja
 
 
 
Mercadante e Mantega: em horário de expediente, evento eleitoral
Mercadante e Mantega: em horário de expediente, evento eleitoral (ED FERREIRA/Estadão Conteúdo)

A campanha do tucano Aécio Neves à Presidência da República enviou nesta quinta-feira à Procuradoria da República no Distrito Federal pedido para que seja investigado se a presidente-candidata Dilma Rousseff cometeu crime de improbidade administrativa ao levar sete ministros para acompanhá-la na sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na quarta-feira.

De acordo com o advogado Flávio Pereira, da assessoria jurídica da campanha, a Lei de Improbidade proíbe que se utilize o trabalho de servidores públicos, o que incluiria ministros de Estado, em serviços particulares.

Nesta quarta-feira, em horário de expediente, a presidente-candidata participou da sabatina acompanhada de sete ministros de Estado e dos presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Acompanharam a petista os ministros Garibaldi Alves Filho (Previdência), Mauro Borges (Desenvolvimento), Clélio Campolina (Ciência e Tecnologia), Guilherme Afif Domingos (Micro e Pequena Empresa) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), Thomas Traumann (Comunicação Social) e Guido Mantega (Fazenda). Para o PSDB, os ministros também devem ser investigados.

"A Constituição Federal e a legislação brasileira não permitem que agentes públicos deixem suas obrigações para com a sociedade brasileira com o objetivo de servirem aos interesses exclusivos de uma candidatura, no caso, a do Partido dos Trabalhadores. Entendemos que essa atitude constitui ato de improbidade administrativa por permitir a utilização de trabalho de servidor público para atender interesses particulares", disse o PSDB em nota. "Esperamos uma atuação firme do Ministério Público com o objetivo de resgatar a moralidade no trato da coisa pública pelo Governo Federal."

Segundo a legislação, a depender da gravidade do ilícito, o servidor pode ser punido com perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa e proibição de contratar com o Poder Público. A CNI alega que os ministros foram convidados pela entidade para o evento, embora tenham comparecido apenas quando a petista começou sua exposição aos empresários.

Nesta quarta-feira, a campanha de Aécio Neves já havia ingressado com outra representação no Ministério Público também por violações à Lei de Improbidade. De acordo com o jornal O Globo, servidores públicos federais foram requisitados para estudar as propostas elaboradas pela CNI aos candidatos, o que violaria a lei e demonstraria que a candidata tem misturado interesses de campanha com atos de governo.

Apagão de Dilma obriga... Dilma a encarar três andares de escada no templo de Edir Macedo

Lauro Jardim - Radar - Veja

Tempo de escuridão


Piso dos agentes de saúde emperrado
Pelas escadas…

Não começou bem a festa de inauguração do Templo de Salomão, principalmente para Dilma Rousseff. Agora há pouco, faltou luz por seis minutos dentro da igreja. A área tomada de autoridades ficou no breu.

Sem energia, Dilma teve que encarar três andares de escada, entre a garagem e a sala Vip.

Sem luz, Dilma, ´a estadista do mensalão`, sobe três andares de escada em inauguração de templo da... Universal

- O Globo

Picos de energia atrapalharam a recepção de autoridades, como governadores e ministros do STF


Inauguração templo de Salomão, da Igreja Universão do Reino de Deus: picos de energia atrapalhou a recepção de autoridades
Foto: Marcos Alves / Agência O Globo
Inauguração templo de Salomão, da Igreja Universão do Reino de Deus: picos de energia atrapalhou a recepção de autoridades - Marcos Alves / Agência O Globo



Houve queda de energia elétrica por quarto vezes durante a cerimônia de inauguração do Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, na noite desta quinta-feira. Umas das quedas ocorreu bem na hora da chegada da presidente Dilma Rousseff ao local. A petista foi obrigada a subir três andares de escada.

As quedas foram rápidas, mas por precaução há caminhões com geradores estacionados nos arredores. Cerca de 15 governadores estão presentes na cerimônia, além dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello.

O vice-presidente Michel Temer e alguns governadores chegaram a ficar perdidos dentro do templo no momento de uma das quedas. Seguranças da Universal não tinham lanternas foram obrigados a usar celulares para iluminar o trajeto.

Cerca de 5 mil de fiéis da igreja ocupavam, nesta quinta-feira, o entorno do Templo de Salomão, no Brás, em São Paulo, no começo da noite desta quinta-feira. A construção tem mais de 70 mil metros quadrados e custou R$ 680 milhões.

Obreiros e colaboradores da Universal, vestidos de camiseta branca com a imagem do templo estampada, cercaram o quarteirão onde está a nova sede da instituição e também ocuparam pelo menos três quarteirões ao redor. Para circular na região é necessário passar por imensos "corredores poloneses" de voluntários. Todas as entradas do Templo de Salomão estão com seguranças particulares e policiais à paisana. A Polícia Militar estimou em 5 mil o total de pessoas na região.

Dentro do terreno do templo, na entrada principal, obreiros, com gravatas e lenços com logos da Universal, cercavam o tapete vermelho colocado para ligar a nova construção a uma outra sede da igreja localizada a cerca de 300 metros de distância.

Caravanas vieram de países latino-americanos, africanos e dos Estados Unidos à inauguração do Templo de Salomão. De Quito, Equador, um grupo de 20 pessoas chegou ao Brasil nesta quinta feira. Fillipe Ramires há oito anos frequenta a Universal, ele veio com um grupo de amigos e conseguiu a credencial para acompanhar a primeira cerimônia do novo templo.

— É indescritível estar aqui. Sinto deus em todos os lugares —afirmou o jovem ,que disse ao GLOBO que a viagem foi custeada por eles, mas a Universal arrumou hospedagem na casa de um obreiro.

Duas manifestações estavam marcadas para acontecer em frente ao Templo de Salomão, mas até o início da cerimônia de abertura não havia sinal dos manifestantes. A todo momento, voluntários passavam entre os colaboradores pedindo para que eles não aceitassem nenhum tipo de provocação.

A rotina dos moradores também mudou. Desde às 15h, o trânsito na região foi afetado. Alguns comércios anteciparam o expediente e encerraram o dia de trabalho. Quem ficou aberto tentou lucrar com a proximidade com o novo vizinho. Em bares da região, miniaturas do Templo eram vendidas a R$ 40.

— Estamos nos adaptando. Acho que vai mudar muito o comércio na região — afirmou Eugênio Rodrigues, proprietário de um bar vizinho a obra.



 

Montadoras voltam a adotar medidas para reduzir produção. A crise de Dilma parece não ter fim

- O Globo

Vendas de veículos em queda apontam para novo período de férias coletivas e lay-off

 
Depois de um primeiro semestre com queda de 7,65% nas vendas e de mais de 35% nas exportações, as montadoras estão voltando a adotar medidas para ajustar o ritmo de produção ao fraco desempenho do mercado doméstico de veículos. A Fiat anunciou nesta quinta-feira que colocará 800 trabalhadores de sua fábrica de Betim (MG) em férias coletivas por 10 dias (de 11 a 20 de agosto). Já a Ford, a exemplo da GM de São José dos Campos, optou por suspender o contrato de trabalho (lay-off) de parte dos trabalhadores de sua unidade de Taubaté, também no interior de São Paulo. Segundo a montadora americana, o número de empregados que ficarão em lay-off está sendo definido em uma negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté. Atualmente, a fábrica tem cerca de 1.800 empregados.

Segundo a marca italiana, a medida se destina a “adequar os níveis de estoques à demanda do mercado e a balancear o mix de modelos produzidos ao perfil da demanda”. Durante o período de férias coletivas, deixarão de ser produzidos cerca de 10 mil veículos. Em abril, a Fiat já havia colocado 800 funcionários em férias por 20 dias, com o objetivo de fazer um "balanceamento de estoque”. Ainda por conta dos efeitos da crise, a Fiat encerrou um dos três turnos da fábrica, e transferiu 3 mil operários para o primeiro e segundo turnos. A medida acabou se refletindo em uma redução de 600 veículos por dia, de 3.000 unidade/dia para 2.400.

Na Ford, as paradas também não são mais novidade. Entre 9 e 25 de junho, a empresa deixou em casa os 3,5 mil funcionários da unidade de Camaçari (BA). Com a paralisação da produção, deixaram de ser produzidos cerca de mil carros por dia. Sem alternativa, os fornecedores instalados no complexo industrial da montadora tiveram que acompanhar a parada de produção.

Na GM, não tem sido diferente. Depois de um período de 15 dias de férias coletivas, encerrado no dia 22 de julho, para os 5.400 trabalhadores da unidade de São José dos Campos, dois dias depois a montadora comunicou ao sindicato dos metalúrgicos local que pretende abrir um lay-off ainda em agosto. O sindicato disse que é contra e alegou que no último lay-off , em agosto de 2012, a GM suspendeu o contrato de 940 trabalhadores, o que resultou em 598 demissões.

Nesta sexta-feira, representantes do sindicato e da montadora se reúnem para definir como será implantada a medida desta vez. O presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, diz que os trabalhadores são contra e cobra a manutenção dos empregos nas montadoras em troca dos benefícios da prorrogação até o final do ano da redução do IPI para automóveis.




 

Brasil perde posição em ranking de inclusão social

- O Globo

País se sai bem em inclusão bancária e direitos de minorias sexuais

 

O Brasil caiu de 5º para 8º em um ranking de inclusão social que engloba 17 países das Américas na passagem entre 2013 e 2014. O Índice de Inclusão Social é calculado pelo Americas Society / Council of the Americas, um grupo de estudos com sede em Nova York, e leva em consideração 21 itens, como crescimento da economia, percentual do Produto Interno Bruto (PIB) investido em programas sociais, direitos civil, de mulheres e LGBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros).

Em 2014, o Uruguai se manteve como líder em inclusão social, com 79,89 pontos, seguido por Argentina, Costa Rica, Estados Unidos e Chile. A lista de 17 países inclui ainda Peru, Equador, Panamá, Bolívia, Colômbia, México, Nicarágua, El Salvador, Paraguai, Honduras e Guatemala.
O levantamento aponta que o Brasil registrou leve queda nas avaliações este ano, diante da desaceleração do crescimento da economia. O recálculo do índice sobre direitos de mulheres também contribuiu, segundo o Americas Society / Council of the Americas, para o recuo da 5ª para a 8ª posição. O país atingiu 57,14 pontos.

Se por um lado se sai melhor que outros países latino-americanos em inclusão bancária, direitos de minorias sexuais e percentuais de pessoas que vivem com mais de US$ 4 por dia, o Brasil está nas piores colocações quando se trata de percepção de reação de governo e poder de pessoas comuns.
O crescimento médio da economia brasileira entre 2003 e 2013 foi de 3,5%, com 9,90% do PIB em gastos sociais. Entre os homens, 77% vivem com mais de US$ 4 por dia, percentual que é de 76,9% entre as mulheres.

O estudo destaca que o acesso ao ensino fundamental no Brasil é baixo frente à média da região e lembra que o investimento em educação (5,7% do PIB) é menor que a maioria dos países, como Argentina (6%), Bolívia (6,3%), Costa Rica (6,3%) e Honduras (7,3%).

“Este é o terceiro ano que coletamos essas informações e há melhoras e recuos nas diferentes variáveis. O que fica claro é que a questão de inclusão social, ao contrário do PIB e até de elevação de renda, é difícil de mudar a curto prazo. Estão envolvidas condições históricas, estruturais e até de atitude”, disse, em comunicado, o diretor de Políticas do Americas Society / Council of the Americas e editor do periódico Americas Quarterly, Christopher Sabatini.




 

Habitantes das Malvinas apelidam a Argentina de ‘Calotina’

Rivalidade aflora, e malvineses fazem provocações pelo Twitter

 


BUENOS AIRES - A velha rivalidade deu fôlego à criatividade dos nativos das Malvinas, território britânico ultramarino sobre o qual a Argentina reclama soberania. Mal o país de Cristina Kirchner perdeu o prazo de pagamento dos credores, e os habitantes da arquipélogo já o chamam de “Calotina” ("Defaultina", em inglês), comemorando, em posts no Twitter, o fracasso dos negociadores que buscavam uma saída para o imbróglio da dívida.

A corruptela de default com Argentina surgiu na conta do território — que boa parte dos habitantes prefere chamar de Ilhas Falkland, nome britânico do local — no Twitter (@falkland_utd). Mensagens provocadoras fizeram uma contagem regressiva até o momento de início do calote, confirmado nesta quarta-feira. “Tick tock... @CFKArgentina”, cutucaram os posts.

“A negação da Argentina sobre seu default iminente não é diferente da questão #Falklands. Fatos históricos / a lei dos EUA são ignorados para se adaptar a sua própria necessidade”, escreveram usuários.

No domingo, os malvineses haviam aproveitado a briga da Argentina com os “fundos abutres” para fazer um estranho paralelo: “Se [o chanceler Héctor Timerman] faz pouco caso da lei que os EUA criou há apenas 13 anos, imaginem a sua opinião sobre as #Falkland. Ele só prejudica seu país”.

Outras mensagens mostaram solidariedade com a população: “Sinceramente, nos compadecemos do duro trabalho dos argentinos, que têm sido absolutamente enganados por seu governo”.



Governo Dilma admite dificuldade de atingir meta fiscal em 2014

 

Laís Alegretti, Victor M. Alves - Agência Estado
                                                          

Após menor resultado do superávit primário para primeiros semestres na história, BC reconhece necessidade de mais esforços


O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, reconheceu nesta quinta-feira, 31, que o governo está mais distante de atingir sua meta fiscal. No primeiro semestre, o superávit primário do setor público foi o menor em 12 anos. Para Maciel, os déficits de maio e junho tornam a obtenção da meta mais distante.


"Exigirá esforço maior do governo para obtê-la", disse. "Isso não significa que não seja possível alcançá-la. O Tesouro (Nacional) trabalha nesse sentido", completou.

Questionado sobre o que permitirá o cumprimento da meta, Maciel afirmou que se trata de um esforço de execução orçamentária e que a questão deve ser endereçada ao Tesouro Nacional. Perguntado sobre se o Banco Central concorda com a avaliação do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, de que a atividade econômica será melhor no segundo semestre deste ano, Maciel evitou se comprometer.

Isso não significa que não seja possível alcançá-la. O Tesouro (Nacional) trabalha nesse sentido


"O detalhamento da execução cabe ao Tesouro trazer. Acreditamos em PIB de 1,6% no ano", disse, em referência à projeção divulgada no último Relatório Trimestral de Inflação.

Queda de receitas. Maciel atribui o resultado fiscal de junho à desaceleração das receitas. Segundo ele, esse comportamento das receitas reflete as desonerações, que estão em R$ 50 bilhões segundo estimativa da Receita Federal. O desempenho das receitas reflete, ainda, moderação da atividade econômica, diz Maciel.  

Do lado das despesas, segundo ele, houve aumento na área de investimentos. Maciel acrescentou que o superávit primário no acumulado do ano ficou abaixo inclusive ao de 2009, época da crise. Sobre a despesa com juros no ano, Maciel avalia que há um crescimento modesto.

Maciel lembrou ainda que o Banco Central vem mencionando que o fiscal caminha para a neutralidade. "O relevante é o impulso fiscal. Os resultados recentes não têm mudado isso", disse.

Apesar de todas as dificuldade, de acordo com Maciel, a meta fiscal será alcançada. "Não significa que seja impossível alcançá-la", disse. "Dentro dos parâmetros divulgados, o impulso fiscal caminha para neutralidade", defendeu.

Israel e Hamas concordam em manter trégua até segunda-feira. Quem confia nos terroristas do Hamas?

 

CLÁUDIA TREVISAN, CORRESPONDENTE / WASHINGTON - O ESTADO DE S. PAULO - O Estado de S. Paulo
                                                           

Cessar-fogo, com início às 8 horas (hora local) desta sexta-feira, 1º, tem caráter humanitário e não implica em retirada de tropas da Faixa de Gaza



WASHINGTON - Israel e Hamas concordaram, nesta quinta-feira, 31, com um cessar-fogo incondicional de 72 horas a partir das 8 horas (hora local) de amanhã, 1º, segundo comunicado da Organização das Nações Unidas (ONU). A suspensão do conflito tem caráter humanitário e não implica a retirada de tropas da Faixa de Gaza.

“Durante esse período, civis em Gaza vão receber ajuda humanitária urgente e ter a oportunidade de realizar atividades vitais, entre as quais enterrar os mortos, cuidar dos feridos e refazer os estoques de alimentos”, disse a declaração. Também serão feitos reparos na infraestrutura de água e energia.
 
Assim que o confronto for suspenso, representantes palestinos e israelenses retomarão as negociações no Egito para tentar estabelecer um cessar-fogo de longo prazo. 

Aos 90, Abelardo da Hora critica miséria e explica fixação feminina

Um artista incansável

 
          

“Alegria é uma emoção, é uma sensação que me toma conta de manhã até de noite. Eu não tenho mais a mesma caminhada, a mesma desenvoltura que eu tinha antes, mas eu tenho uma resistência fora do comum porque eu não sou um velho qualquer, eu estou com  90 anos e trabalho como um gigante”Abelardo da Hora


Já passavam das 10 horas da manhã quando chegamos a um sobrado na Rua do Sossego, nem tão sossegada assim, para entrevistar o artista plástico Abelardo da Hora. Já da calçada dava para ouvir a música que tocava lá dentro. Era frevo. Bloco da Saudade. E lá vinha ele do fundo do corredor. Camisa de linho bege, bem engomada, como faz questão, e boné da mesma cor. Sentou-se no sofá, abriu um sorriso e soltou um “podemos começar”.

Conversamos durante uma hora e meia, um papo delicioso em que Abelardo narrou da origem de tudo até o que é hoje. Mostrou com orgulho algumas das suas obras abrigadas por lá. Nesta quinta-feira, dia em que este artista reconhecido internacionalmente como um dos maiores escultores brasileiros de todos os tempos e mestre de grandes nomes das nossas artes plásticas como Francisco Brennand, Gilvan Samico e José Cláudio, completa 90 anos, o Social1 fala da sua vida e da sua arte. A todos, uma deliciosa leitura.

 
 
Escultor, desenhista, gravador, gravurista e ceramista, Abelardo Germano da Hora é um dos raros expressionistas das artes plásticas brasileiras. Nasceu em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. Veio para a Capital aos seis anos com oito irmãos para que o pai assumisse o cargo de chefe de tráfego na Usina São João da Várzea, de Ricardo Lacerda de Almeida Brennand. Ele era um menino, ainda sem saber direito que rumo tomar na vida, quando as artes plásticas entraram, assim, meio sem querer, na sua vida.
 
O pequeno Abelardo sonhava em ser mecânico. Tudo culpa do Zepellin, que viu sobrevoar sua casa, na Iputinga, em 1930, aos seis anos, fato que lhe rendeu uma fratura na clavícula quando o menino peralta tentou, no telhado, alcançar aquele enorme objeto voador. Na Escola Técnica em que todos os irmãos ingressariam, não havia vagas para o ofício que desejava seguir. Resolveu então acompanhar o irmão Luciano, mais novo um ano e que queria ser escultor, matriculando-se em artes decorativas.
Não demorou nadinha para que o talento de Abelardo fosse revelado. Logo no primeiro ano do curso foi descoberto pelo professor Álvaro Amorim enquanto fazia uma estatueta de dois repentistas. O mestre, impressionado com sua desenvoltura, imediatamente lhe concedeu uma bolsa para a Escola de Belas Artes. Aos 16 anos, já estava desenhando com modelo vivo, apesar da pouca idade. No último ano da Escola foi eleito presidente do Diretório Acadêmico de Belas Artes, quando implementou excursões para que os alunos desenhassem e pintassem o mundo lá fora.


ARTE COMO PROFISSÃO

 Foi à beira de um açude da Usina São João da Várzea que surgiu o primeiro convite para que Abelardo da Hora trabalhasse profissionalmente. Ricardo Brennand foi o primeiro e grande incentivador da sua arte. Montou oficina e olaria, chamou o jovem artista para morar lá e fazer cerâmica artística. Era janeiro de 1942.  Lá, conheceu Francisco Brennand, filho do seu chefe, que se preparava para prestar vestibular para Direito. O amigo passava as manhãs observando o trabalho daquele jovem escultor. Bastou para que, seis meses depois, o herdeiro dos Brennand resolvesse seguir também pelos caminhos das artes plásticas.

Foram quatro anos naquela Usina. Saiu por causa de uma “saliência” sua com uma das filhas do seu patrão, a jovem Conchita. Abelardo da Hora fez uma escultura chamada A Torre dos Meus Sonhos que em nada agradou o velho Ricardo. “Era a figura de uma mulher com a cara dela, dois cupidos brincando com sua cabeleira e um freguês agarrado nas pernas dela com a minha cara. Assumi para seu Ricardo que tinha avançado o sinal e fui embora”, contou.

Detalhe: No meio da nossa entrevista, Conchita, amiga de Abelardo até hoje, chegou ao sobrado na Rua do Sossego. Foi buscar o vidro de perfume do artista para comprar um igual e dar-lhe de presente.


 O INGRESSO NA POLÍTICA

 Em janeiro de 46 Abelardo da Hora foi para o Rio de Janeiro trabalhar numa fabrica de manequins como modelador. Nesse período, fez um trabalho para concorrer ao Salão Nacional de Belas Artes. “Eu tava numa saudade danada do Recife e dos meus parentes, então fiz uma escultura chamada A Família”. Por determinação do Presidente da República, o militar Eurico Gaspar Dutra, o concurso não aconteceu. “A política começou a entrar na minha cabeça por isso. Voltei para o Recife disposto a lutar contra esse tipo de brutalidade, entrei no Partido Comunista, fundei a Sociedade de Arte Moderna e a Associação Brasileira de Escritores – Secção de Pernambuco”, contou. Nasceu ali, também, a revolta daquele artista pelas inúmeras desigualdades existentes no Brasil.




Em 49 assumiu a presidêndia da Sociedade e resolveu fundar uma escola de iniciação às artes para dar aulas de graça. No período, o Abelardo formador de outros artistas, influenciou nomes como Gilvan Samico, José Cláudio e Aloísio Magalhães. ”Eu ensinei de graça durante dez anos uma geração de grandes artistas conhecidos no País todo. Pra mim, Samico é o maior gravador não só do Brasil, mas da América do Sul toda. Começou comigo, ele não sabia desenhar nada. Aliás, todos eles. E eu ensinei a eles com carinho, como se fossem meus filhos”, falou emocionado.

Já em 58, durante a prefeitura de Miguel Arraes, juntamente com nomes como Paulo Freire, Germano Coelho, Anita Paes Barreto, Geraldo Menuchi e Luiz Mendonça, ele criou o Movimento de Cultura Popular – MCP: ação política, cultural e educacional que tinha como intenção inserir o povo na sociedade. No auge do MCP, em 62 , Abelardo criou um de seus trabalhos mais pungentes: a série de 22 desenhos de bico-de-pena “Meninos do Recife”, que foi lançada em álbum como nota de apresentação de Miguel Arraes.


Um desses desenhos ilustra a edição francesa do livro “Geografia da Fome”, a pedido de seu autor, o médico e professor Josué de Castro (1908-1973). Os desenhos mostram a miséria das crianças de rua, com seus pés descalços na lama, pernas e braços finos, barrigas inchadas, rostos angulosos e magros e vestimentas de molambo. Nos olhares, tristeza e desespero. Poeta bissexto, Abelardo assim definiu em versos sua coleção:

Outro feito importante foi a criação do projeto de lei que obriga prédios no Recife, que tenham mais de 1500m², a terem obras de arte na sua decoração. O projeto foi levado à Câmara Municipal ainda na década de 1960, e foi aceito por unanimidade. Dessa forma, “O Recife se transformou em uma galeria de arte a céu aberto”, como classifica o próprio autor da lei.


 INDIGNAÇÃO COM A MISÉRIA
Olhar de menino e um eterno sorriso moleque. Nos seus noventa anos de vida Abelardo da Hora aprendeu que a vida é uma dádiva e, ao mesmo tempo, cruel, injusta. O homem, cidadão do mundo, sempre esteve inconformado com as injustiças sociais que assolam a humanidade. Nunca aceitou a miséria e levou seu inconformismo a inúmeras de suas esculturas. Foi em 1946 que criou uma dos seus trabalhos mais emblemáticos: A Fome e o Brado, na qual mãe e filhos agonizam na miséria enquanto uma mão erguida representa  o desejo de mudança.
1. Agreste 2. Flagelo
FAMÍLIA

A primeira exposição de Abelardo da Hora aconteceu em 1948, na sede da Associação dos Empregados do Comércio, na Rua da Imperatriz. Foi onde conheceu a mulher, Margarida, durante a visita de uma turma de concluintes do curso de Direito da UFPE. ” No meio da turma tinha uma moça magrinha que começou a perguntar coisa demais. Aí eu chamei para ver uma peça que eu estava acabado de fazer na minha casa, na rua dos Coelhos.


Nessa época eu era quase noivo de um violoncelo, uma morena linda. Quando meus pais viram Margarida disseram logo que era com ela que eu tinha que me casar. Em abril começamos a namorar, em 21 de outubro casamos”, contou. Abelardo e Margarida passaram  62 anos casados, tiveram 7 filhos, sendo 5 moças e 2 rapazes. O artista ficou viúvo há quatro anos.
BOEMIA
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“Passava a noite inteira no restaurante A cabana, ali no Treze de Maio, lugar que aglutinava toda a classe artística do Recife. Muitas vezes eu já estava deitado e chegavam a minha porta Aluísio Magalhães e o poeta Carlos Pena Filho, pra me levar para a boemia. às vezes a farra começava no Bar Savoy, depois íamos para lá onde estavam também atores como Lúcio Mauro, Arlete Sales e Hermilo Borba Filho”, relembra.

Nessas épocas teve inúmeros namoricos. Grande admirador das mulheres, elas e suas formas também são personagens fortes em sua obra. Moças de seios fartos e nádegas volumosas estão espalhadas em vários pontos do Recife, como o Shopping Recife. “Minha mãe dizia que eu fazia esses seios tão grandes porque quando era pequeno gostava muito de mamar. E, sabe, minha santa, até hoje eu gosto”, falou soltando depois aquela gargalhada.

Morre aos 92 anos Dick Smith, maquiador de 'O poderoso chefão' e 'O exorcista'

Famoso por promover mudanças radicais no visual de atores, artista recebeu Oscar pelo trabalho no longa 'Amadeus'

 
Ao lado de James Earl Jones e Oprah Winfrey, Dick Smith (direita) recebe Oscar de honra em 2012 por seu carreira - Al Seib / Los Angeles Times/Divulgação DickSmith.com


MADRI — Marlon Brando não era o idoso Vito Corleone que parecia ser em "O poderoso chefão", Linda Blair ("O exorcista") não estava realmente possuída pelo demônio e Robert de Niro não cortou de verdade o cabelo moicano em "Taxi driver". Foi Dick Smith que fez cada um dos atores mudar completamente. Maquiador de clássicos do cinema, o artista morreu aos 92 anos nesta quarta-feira (30), deixando mais de cinco décadas de trabalhos com transformações assombrosas.

Nascido em 1922 em Larchmont, no estado de Nova York, Smith começou sua carreira ainda na década de 1940. Após se apaixonar pela ideia de caracterizar pessoas ao ler um livro sobre o tema, Smith começou a trabalhar na rede NBC, mas logo migrou para o cinema. Seu trabalho logo chamou a atenção por juntar materiais de látex que permitiam aos atores manter melhor suas expressões faciais.

Marlon Brando em 1972: para parecer mais velho como Don Corleone (esquerda), maquiagem de Dick Smith surpreendeu. A outra imagem é no set de gravação de 'O último tango em Paris' - Montagem/Divulgação


Smith foi responsável pelo departamento de maquiagem em mais de 60 longas, muitos deles de terror e ficção científica. "O exorcista" (1973) é um deles. Linda Blair, para fazer a antes angelical Regan McNeil, passou por cinco hroas de maquiagem por dia para ficar "possuída". O vômito verde e o giro de cabeça de 360 graus também são de Smith. Mas não era só horror. No faroeste "Pequeno grande homem", de 1970, caracterizou Dustin Hoffman, então com 32 anos, como um ancião.

Dois anos depois, um de seus maiores feitos foi realizado: a icônica expressão cansada de Marlon Brando como Don Corleone em "O poderoso chefão". Com uma mistura de um látex finíssimo com próteses bucais improvisadas, o ator ficou completamente diferente do que se veria em seu outro clássico daquele ano, o polêmico "O último tango em Paris".

Em mais um de seus trabalhos clássicos de sucesso, até menos conhecido que os demais, fez F. Murray Abraham envelhecer décadas em "Amadeus" (1984), de Milos Forman. O trabalho rendeu a ele seu único Oscar "pontual": em 2012, recebeu outro prêmio da Academia por seu trabalho ao longo da carreira.

O maquiador Rick Baker, que foi assistente de Smith em filmes como "O exorcista", foi quem deu o anúncio. Ele lamentou a perda, dizendo que "seu mundo nunca mais será o mesmo" sem o mestre e mentor.

Rick Baker @TheRickBaker
The master is gone. My friend and mentor Dick Smith is no longer with us. The world will not be the same.

 
Outros dos trabalhos de sucesso de Smith foram "Taxi driver" (1976), com o fatídico moicano de Robert de Niro (também ilusão do látex) pensado por Martin Scorsese, e "Scanners", de David Cronenberg. Pelo conjunto, é considerado um ícone para os novos maquiadores e até para cineastas "científicos" do naipe de J.J. Abrams.

Linda Blair 'possuída' com a arte de Dick Smith - AP/Warner




 

Privatizada, lucro da Embraer no 2º trimestre supera expectativas do mercado. Se ainda fosse estatal e sob Dilma, o rombo...

Resultado foi bem melhor do que em 2013, quando empresa fechou segundo trimestre com perdas

Funcionários na linha de produção da Embraer, em São José dos Campos Foto: Marcos Alves / Agência O Globo
Funcionários na linha de produção da Embraer, em São José dos Campos - Marcos Alves / Agência O Globo


 
 
A Embraer anunciou nesta quinta-feira lucro líquido de US$ 134,4 milhões no segundo trimestre deste ano, cifra acima da expectativa do mercado, que eram de US$ 116 milhões. No mesmo período de 2013, a empresa brasileira, a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, havia registrado perda de US$ 5,3 milhões após flutuações cambiais elevarem os impostos pagos por ela.

Entre os fatores que auxiliaram o bom desempenho estão o aumento nas entregas de aeronaves (29 aviões no segundo trimestre de 2014 contra 22 no ano anterior) e ao câmbio mais favorável.

As aeronaves destinadas à aviação regional têm perdido espaço na carteira da empresa, mas continua respondendo a mais da metade das suas receitas.

Já a participação do segmento de segurança e defesa vem crescendo, é chave para a empresa e tem impulsionado fortemente o desempenho dela nos últimos anos.

"A empresa está desenvolvendo ativamente várias campanhas de vendas para diversas aplicações de sua linha de produtos e serviços entre os quais estão aeronaves de transporte de autoridades, de treinamento e ataque rápido, sistemas de inteligência, vigilância e reconhecimento e transporte militar", informa a nota divulgada pela Embraer, que, em maio, inaugurou um hangar para a montagem do avião de transporte militar.

Na nota, a empresa destacou que seu lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) no terceiro trimestre foi de US$ 261,4 milhões, 22% a mais que no período de abril a junho de 2013.


Governo da Holanda lança programa de bolsas para atrair estudantes internacionais

O Globo

País quer aumentar o número de estrangeiros em suas universidades


Ponto turístico de Amsterdã: Holanda quer atrair mais estudantes estrangeiros
Foto: Maíra Amorim
Ponto turístico de Amsterdã: Holanda quer atrair mais estudantes estrangeiros - Maíra Amorim




Com o objetivo de ampliar o número de alunos estrangeiros nas universidades holandesas, o Nuffic Neso Brazil, fundação que representa o ensino superior do país, anunciou o lançamento do novo programa de bolsas do Ministério da Educação da Holanda, que vai receber um investimento total de € 5 milhões. Anualmente, mil universitários serão contemplados com bolsas de € 5 mil para cursos de graduação ou mestrado (profissional e acadêmico) nos Países Baixos.

As inscrições para o programa serão abertas em outubro para o semestre que terá início em agosto de 2015. A seleção dará prioridade a candidatos com ótimo desempenho e engajamento no meio acadêmico. As aulas serão ministradas totalmente em inglês, por isso é necessário ser fluente no idioma (os exames TOEFL ou IELTS são exigidos).

A relação completa de requisitos para participar do processo seletivo será divulgada pelo Nuffic Neso Brazil em setembro. Os interessados devem se cadastrar no site da fundação para receber informações.

A Fundação Nuffic também administra outros programas de bolsas de estudo, alguns exclusivos para brasileiros. Clique aqui para obter mais informações.

Atualmente, mais de 10% da população acadêmica da Holanda é formada por estudantes internacionais. Só no ano passado, mais de 80 mil alunos de diversas partes do mundo se matricularam nas faculdades holandesas. O novo programa de bolsas faz parte do projeto do Governo Holandês Make it in The Netherlands, que visa a reter talentos no país.


Bolsa da Argentina despenca 8,4% após calote; Bovespa cai 1,84%

Dólar atinge R$ 2,275, maior valor em quase 2 meses;

 

RIO e BUENOS AIRES — O mês de julho acabou em clima de pessimismo nas Bolsas, com queda generalizada nos mercados globais em reposta a balanços corporativos decepcionantes, especulações sobre alta de juros nos Estados Unidos e, claro, o calote da Argentina. O principal índice de ações da Bolsa de Buenos Aires, o Merval, encerrou o dia em queda de 8,39%, aos 8.187 pontos, no primeiro pregão após o default. Todas as 13 empresas que compõem o índice recuaram.

No Brasil, a Bolsa caiu pelo quinto pregão consecutivo, com 58 das 70 principais ações em baixa, com destaque negativo para Petrobras e Ambev. Além do pessimismo global e de alguns resultados ruins divulgados por empresas importantes, analistas também dizem que pesou o resultado semestral do superávit primário, o pior já registrado entre janeiro e junho. O índice de referência Ibovespa recuou 1,84%, aos 55.829 pontos. O desempenho ruim atenuou a valorização da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no mês, que foi de 5%. No ano, a alta acumulada é de 8,39%.

— O superávit primário veio muito baixo, e isso fará com que a as agências de classificação de risco vejam a gente de uma forma diferente. Como a Bolsa brasileira já estava em estágio de realização de lucros (investidores vendendo ações que apresentaram valorização), o movimento foi intensificado com uma notícia dessas — disse Raphael Figueredo, da corretora Clear.

Na Europa, as principais Bolsas fecharam em queda, prejudicadas por balanços financeiros aquém do esperado em gigantes como Samsung e Lufthansa e pelo default da Argentina. A Bolsa de Frankfurt recuou 1,94%, enquanto a de Londres teve baixa de 0,64%. O índice de referência Euro Stoxx caiu 1,70%.

Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 1,88% e o S&P recuou 2%, pressionados também por resultados financeiras de companhias como Exxon Mobil e Whole Foods. A Nasdaq teve baixa de 2,09%.


— O calote argentino tem impacto na desvalorização de ativos no curto prazo mas ele será limitado, uma vez que o default não foi uma surpresa e a Argentina já está há muito tempo jogada para escanteio nos mercados de capitais internacionais — disse Mauro Schneider, estrategista da CGD Securities. — Para o Brasil, o efeito tende a ser maior, dada nossa relação comercial com a Argentina. Mas, embora as Bolsas de Europa e EUA estejam caindo, os mercados asiáticos não foram afetados.


DÓLAR PARALELO ATINGE 13 PESOS NA CAPITAL ARGENTINA

Em Buenos Aires, o dólar paralelo não tinha preço no começo do dia e várias “cuevas” (cavernas) do centro da cidade paralisaram suas operações. Depois de alguns reajustes, a moeda americana no mercado paralelo chegou a bater 13 pesos, subindo 0,70 centavos em relação à véspera. No oficial, o aumento foi de 0,12%, ficando em 8,23 pesos.

— O mercado tem ainda muitas dúvidas e incertezas — comentou uma fonte de um banco estrangeiro.

Economistas locais temem que o calote, embora seletivo, aprofunde a recessão econômica e acelere a inflação. Para este ano, empresas de consultoria privada projetavam, antes do fracasso das negociações em Nova York, queda do PIB entre 1% e 2% e inflação entre 35% e 37%.
— Esperamos que este calote seja o mais efêmero possível — declarou o presidente do Banco Ciudad, Rogelio Frigerio.

Frigerio defendeu a necessidade de continuar negociando com os fundos abutres um acordo que consiga reverter a situação.

— Para o resto do mundo, estamos em situação de calote — disse o presidente do Banco Ciudad, em referência a interpretação do governo Cristina Kirchner sobre a crise que vive o país.
Para a Casa Rosada, não é correto falar em calote, porque o país está pagando. No final desta quinta, Cristina participará de um ato no palácio de governo e a expectativa é de que a presidente reitere a posição expressada na última quarta pelo ministro da Economia, Axel Kicillof, em Nova York: a responsabilidade do que chamam de calote técnico é o do juiz americano Thomas Griesa.


PETROBRAS CAI MAIS DE 3%

Entre as ações brasileiras, a Petrobras exerceu a maior pressão negativa sobre o Ibovespa. A estatal caiu 3,69% nas ações ordinárias (com direito a voto, cotadas a R$ 17,99) e 3,78% nas preferenciais (sem voto, a R$ 19,10).

— A Petrobras havia subido muito nas últimas semanas, por causa de especulações eleitorais, então agora está devolvendo um pouco o preço — afirmou Hersz Ferman, da Elite Corretora.

A Vale subiu 1,02% (ON; R$ 32,55) e 0,69% (PN; R$ 29,13), depois de a companhia divulgar seu balanço financeiro. A mineradora teve lucro líquido de R$ 3,187 bilhões no segundo trimestre, com preços menores do minério de ferro limitando ganhos. Mas o lucro saltou 283% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o resultado foi afetado por surpreendentes perdas contábeis cambiais bilionárias. Em relação ao primeiro trimestre de 2014, houve queda de 46%, devido à baixa contábil relacionada a ativos em Simandou (Guiné) e da mina de Integra Coal (Austrália) que totalizou R$ 1,73 bilhões.

As vendas de minério de ferro cresceram 7,7% ante o mesmo período do ano anterior, para 63,726 milhões de toneladas, com a Vale compensando parcialmente os preços menores do produto, que caíram 17,6% ante 2013, para US$ 84,60 por tonelada.

A Ambev, que também divulgou relatório hoje, registrou queda de 4,45% (R$ 15,67) — a segunda maior, melhor apenas que o resultado da Gafisa (queda de 4,62%, R$ 3,30). A empresa de bebidas teve lucro líquido ajustado de R$ 2,22 bilhões no trimestre que passou, quando os analistas esperavam R$ 2,28 bilhões.

Entre os bancos, o Bradesco avançou 0,28% (R$ 35,38) em suas ações ordinárias. A instituição registrou lucro líquido de R$ 3,778 bilhões no segundo trimestre, uma alta anual de 28,1%. Foi o único banco que se safou. O Santander teve baixa de 2,56% (R$ 15,24), depois de ter registrado lucro líquido de R$ 527,5 milhões no segundo tri. O resultado é 1,75% maior que os R$ 518,4 milhões registrados nos primeiros três meses do ano. Apesar disso, veio abaixo do esperado pelo mercado. O Itaú Unibanco teve recuo de 2,06% (R$ 35,10), e o Banco do Brasil teve baixa de 2,63% (R$ 27,72).


DÓLAR AVANÇA SOBRE PRINCIPAIS MOEDAS DO MUNDO

O dólar comercial registrou valorização de 1,42%, rompendo a barreira dos R$ 2,25 que vinha mantendo nos últimos meses. A moeda americana encerrou cotada a R$ 2,273 para compra e a R$ 2,275 para venda. Foi a maior cotação desde 4 de junho. A divisa apresentou valorização em escala global, avançando sobre as 16 principais moedas do mundo.

Na véspera, o governo americano anunciou que a economia dos EUA avançou 4% no segundo trimestre (em percentual anualizado), ante expectativas em torno de 3%. O resultado animador levou os investidores a acreditar que o Federal Reserve (Fed, banco central do país) elevará os juros básicos americanos antes do esperado, o que leva a uma valorização do dólar. Ontem, a moeda fechou em alta de 0,53%, a R$ 2,243.

Também pressionou o câmbio no Brasil as sanções econômicas impostas à Rússia por causa de sua participação no conflito ucraniano e o calote argentino. Em julho, o dólar subiu 1,52%, e, no ano, teve queda de 3,5%.