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terça-feira, 15 de julho de 2025
segunda-feira, 14 de julho de 2025
'Nova ordem de Moraes expõe Brasil a crise diplomática mais grave', diz advogado da Rumble
Plataforma questiona decisão brasileira e alerta para risco de censura internaciona
A nova ofensiva do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode abrir mais uma crise entre Brasil e Estados Unidos. A avaliação é do advogado Martin De Luca, representante da plataforma de vídeos Rumble, que acionou a Justiça da Flórida neste domingo, 13.
“A nova ordem emitida pelo ministro Moraes é a prova mais clara até agora de que ele está disposto a ignorar a lei dos Estados Unidos e os compromissos assumidos pelo próprio governo brasileiro”, afirmou o advogado.
Para De Luca, Moraes faz uma “tentativa extraterritorial de impor censura e obter dados de um cidadão norte-americano por discurso político feito nos Estados Unidos.” “É uma escalada irresponsável que expõe ao Brasil a uma crise diplomática ainda mais grave”, enfatizou
Conta já está inativa
O alvo é uma conta ligada ao colunista de Oeste Rodrigo Constantino, hoje cidadão norte-americano. Moraes exige o bloqueio total no Brasil, entrega de dados e preservação de conteúdo, sob multa de R$ 100 mil por dia. A conta está inativa desde dezembro de 2023. Não há atividade registrada no Brasil. A própria Rumble segue bloqueada no país desde fevereiro por ordem do STF.
Para os advogados do caso, a ordem serve apenas de pretexto. O discurso de Constantino é ideológico, não violento, protegido pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
A defesa sustenta que Moraes ignora a Convenção de Haia e o Tratado de Assistência Jurídica Mútua. O Departamento de Justiça dos EUA já alertou em carta que ordens assim não valem em solo norteamericano. Se cumprir, a Rumble violaria o Stored Communications Act, lei que protege dados de usuários.
A empresa pode ser processada nos EUA. Contexto político A decisão de Moraes saiu dois dias depois do presidente Donald Trump impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Na carta a Lula, Trump criticou o STF por censura a empresas e cidadãos norteamericanos. Constantino teve o passaporte brasileiro cancelado em 2023 e virou alvo do inquérito das fake news.
Yasmin Alencar - Revista Oeste
domingo, 13 de julho de 2025
Cartões do governo corrrupto: R$56 milhões em seis meses
Um cartão da Presidência de Lula pagou uma só conta de R$252 mil em julho. Detalhes estão protegidos sob sigilo
Os cartões de pagamento do governo Lula (PT), os tais “cartões corporativos”, já tomaram mais de R$56 milhões dos pagadores de impostos apenas no primeiro semestre do ano. O Ministério da Justiça, com a Polícia Federal, é o órgão que mais gastou com cartões corporativos em 2025; R$15,3 milhões, seguido pela Presidência da República, que torrou R$12 milhões com só 11 portadores de cartões.
Um cartão da Presidência de Lula pagou uma só conta de R$252 mil em julho. Detalhes estão protegidos sob sigilo.
No mês passado, uma outra conta de cartão da Presidência da República custou R$189 mil aos pagadores de impostos.
Existem apenas 4.325 cartões no governo, entretanto cada um gasta cerca de R$12,5 mil por mês, mais de oito vezes o salário-mínimo.
A conta não inclui R$216,3 milhões dos cartões da Defesa Civil, usados em respostas a emergências promovidas por governos estaduais.
Com o Diário do Poder
Má gestão fiscal do governo Lula é destaque em artigo do Wall Street Journal
Mary Anastasia O'Grady afirma que o petista vai tentar usar como 'bode expiatório' as tarifas anunciadas na última semana por Donald Trump
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tem “alguém para culpar pela crise fiscal e econômica que já estava em curso” em seu governo. É o que analisa a jornalista Mary Anastasia O’Grady, em artigo publicado pelo Wall Street Journal neste domingo, 13.
A afirmação da articulista tem como referência o “tarifaço” anunciado na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em carta direcionada ao petista, o republicano avisou que vai taxar em 50% qualquer produto exportado do Brasil para os EUA.
“As tarifas dos EUA darão a Lula um bode expiatório para sua própria má gestão fiscal”, afirma Mary, logo no subtítulo de seu artigo.
Para a articulista do Wall Street Journal, a aproximação do Brasil — por meio do governo Lula — de países como China e Rússia podem ter irritado o presidente norte-americano. De acordo com ela, a proposta defendida pelo brasileiro para substituir o dólar na relação comercial entre países do Brics deve ter feito com que Trump impusesse mais tarifas.
“As declarações de Lula, pedindo que os Brics trabalhassem para reduzir o papel do dólar no mundo, parecem ter irritado Trump”, escreve Mary. “A deterioração das normas democráticas no Brasil é alarmante. O mesmo ocorre com a proximidade de Lula com a China.”
Críticas ao governo Lula e análise da situação de Bolsonaro
Além das críticas à gestão fiscal do governo Lula, Mary Anastasia O’Grady analisa a situação de Jair Bolsonaro. Aos leitores do Wall Street Journal, ela afirma que o ex-presidente brasileiro, que conta com apoio público de Trump, está na mira do Poder Judiciário local. Nesse sentido, a jornalista tece críticas ao ministro Alexandre de Moraes e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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De acordo com Mary, “é improvável” que Bolsonaro tenha um julgamento justo. A articulista afirma que Moraes “não esconde” o interesse em condenar o ex-presidente da República por, suspostamente, ter incentivado atos contra o governo que o sucedeu.
“Até mesmo alguns brasileiros que não apoiam Bolsonaro veem seu caso como reflexo do colapso mais amplo do Estado de Direito”, garante Mary, que cita, por fim, a decisão do STF em punir as big techs por postagens veiculadas em seus ambientes virtuais. “No mês passado, o tribunal votou por 8 a 3 para declarar empresas de tecnologia como Google e Meta responsáveis por conteúdo publicado em suas plataformas que o tribunal declarou ‘ilegal’.”
A íntegra do artigo “A guerra comercial de Trump contra o Brasil”
está disponível (em inglês) no site do Wall Street Journal.
Anderson Scardoelli - Revista Oeste
J.R. Guzzo - Governo Lula procurou fazer do Brasil o inimigo número 1 dos EUA
Ninguém pode achar um bom negócio entrar na lista negra da maior potência do mundo'
O Brasil está com um problema sério, o pior, provavelmente, que já viveu em suas relações exteriores. De um lado, levou uma descompostura em regra dos Estados Unidos — uma carta enviada pelo presidente americano ao presidente brasileiro, com pontos de exclamação e tudo, diz coisas que o governo de país nenhum pode ouvir sem falar nada.
De outro, se vê no meio de uma briga que não planejou, não tem como ganhar e não serve a um único interesse real do Brasil. Ninguém pode achar um bom negócio entrar na lista negra da maior potência do mundo. A China, por exemplo, tem certeza de que não é; tem a economia número dois do mundo e ainda assim não quer receber uma carta como a que Lula recebeu.
Não quer, sobretudo, ter a obrigação de fazer alguma coisa hostil contra os Estados Unidos para dar a chamada “reposta à altura”. A China não está no negócio de dar “respostas à altura”. Está no negócio de se sair bem no comércio internacional, ser uma força séria no avanço da tecnologia e desenvolver a sua economia mais que qualquer outra nação do mundo.
Já o Brasil, neste episódio, está num conflito que não lhe interessa. Não vai ganhar nem um centavo com ele. Mas se vê forçado a reagir às ofensas que recebeu — e se afundar numa briga imposta pelo adversário.
O Brasil tem agora, entre outras obrigações que não tinha e não lhe interessam cumprir de responder com “reciprocidade” as sanções que acaba de receber. Mas é complicado dar tratamento recíproco aos Estados Unidos se você não é um outro Estados Unidos — é como o Madureira querendo jogar de igual para igual com o Real Madrid. Não há rigorosamente nada no Brasil que os Estados Unidos precisem realmente comprar. Já o Brasil tem de comprar lá um oceano de coisas.
Não são blusinhas, nem baldes de plástico. São produtos essenciais para o funcionamento da indústria e da economia brasileira, num arco que vai dos componentes eletrônicos mais sensíveis a equipamentos médicos de última geração. Tarifa de 50%, aí, é aumento de custo direto na veia. Já o produto brasileiro, taxado nessas alturas, simplesmente sai do mercado.
Ninguém, a começar pelos Estados Unidos, depende do Brasil para nada. Por acaso o Brasil exporta microprocessadores, satélites para comunicação e peças para aviões B-2? Alguém no mundo quer comprar um navio brasileiro? Temos patente de alguma tecnologia crítica? Podemos desligar os americanos do sistema SWIFT de transações financeiras mundiais?
Fica difícil, aí, falar em reciprocidade. É ruim, mas foi isso que o governo Lula procurou desde o primeiro dia: fazer do Brasil o inimigo número 1 dos Estados Unidos no mundo. A conta chegou.
J.R Guzzo - Com informções da Revista Oeste
sábado, 12 de julho de 2025
O algoz da censura
Advogado da Trump Media e do Rumble, Martin De Luca fala como é atuar na trincheira de processo contra o ministro Alexandre de Moraes
Norte-americano do Estado de Nova Jersey, o advogado Martin De Luca começou a se interessar pelo Brasil em 2014, ao ter acesso ao noticiário referente à Operação Lava Jato. Tal interesse o fez estudar português e, com certa frequência, passou a viajar para o país.
Com a formação em Direito e a experiência de ter servido como procurador no Estado de Nova York, De Luca viu a sua ligação com o Brasil o transformá-lo em algoz da censura. Em 2025, aos 40 anos, ele foi a escolha da Trump Media, empresa mantida pela família do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Rumble, plataforma audiovisual na mira do Supremo Tribunal Federal (STF), para liderar o processo aberto na Justiça da Flórida contra o ministro Alexandre de Moraes.
Nesta semana, a ação contra o magistrado brasileiro contou com uma novidade. Pela segunda vez, a Justiça da Flórida intimou o juiz do STF. A partir da notificação, Moraes terá 21 dias para se manifestar a respeito da acusação de promover atos de censura, sobretudo contra a presença de cidadãos em redes sociais nos EUA.
Em entrevista — em português — a Oeste, De Luca ressalta não ter dúvidas de que Moraes cometeu ilegalidades. Nesse sentido, o advogado cita como exemplo o jornalista brasileiro Allan dos Santos, que, condenado por Moraes, se mudou para os EUA.
“Moraes violou tratados mútuos entre Brasil e Estados Unidos”, diz De Luca. “Ele sabe como funcionam porque, no passado, os respeitou. Por isso, ficou claro que escolheu romper com essas tratativas ao encaminhar ordens para censurar o jornalista Allan dos Santos. Moraes interferiu em nosso país ao mandar que a empresa censurasse um cidadão norte-americano.”
Entrevista com Martin De Luca
Abaixo, confira, os principais trechos da entrevista com o advogado norte-americano Martin De Luca.
O senhor acredita que o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, por parte do presidente Donald Trump, tem relação com as decisões do ministro Alexandre de Moraes de censurar redes sociais? Sem dúvida. E isso está explícito na carta que enviou a Lula. Trump menciona Bolsonaro e o julgamento ao qual o ex-presidente está submetido.
Quem é o ministro que está por trás disso tudo? Trump fala também da inelegibilidade de Bolsonaro. Quem assinou essa inelegibilidade? Ordens sigilosas de censura, multas draconianas, expulsar empresas norte-americanas do Brasil.
Quem fez tudo isso foi Moraes. Atualmente, no Brasil, há apenas uma empresa norteamericana banida, que é o Rumble. Não tem outra. Novamente pergunto quem é o culpado. A resposta: Moraes.
Quantas ordens sigilosas do ministro foram enviadas ao Rumble? Salvo engano, quatro. Desde que o Rumble e a Trump Media acionaram o ministro no exterior, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou em cena.
É competência da AGU defender o juiz do STF nesses casos?
Como não sou advogado brasileiro, não sei informar. O que posso informar, contudo, é que, há seis meses, ninguém apareceu para receber a notificação. As ações são contra o ministro Alexandre de Moraes ou a pessoa Alexandre de Moraes? A primeira ação foi para ele como ministro, enquanto a segunda, como pessoa física.
“Ao determinar que entregássemos a ele [Moraes] todos os dados de [Allan dos] Santos, ele faria com que violássemos a legislação norte-americana.”
Por que essa diferenciação? Moraes violou tratados mútuos entre Brasil e Estados Unidos. Ele sabe como funcionam porque, no passado, os respeitou. Por isso, ficou claro que escolheu romper com essas tratativas ao encaminhar ordens para censurar o jornalista Allan dos Santos. Moraes interferiu em nosso país ao mandar que a empresa censurasse um cidadão norte-americano. Ao determinar que entregássemos a ele todos os dados de Santos, ele faria com que violássemos a legislação norteamericana, que veda esse tipo de atitude. Se o Rumble, por exemplo, cumprisse essas ordens, estaria indo contra a lei dos EUA. Eram ordens impossíveis.
Se o desfecho das ações for desfavorável ao ministro, o que acontecerá com ele?
Ele poderia ser responsabilizado civilmente para pagar multas. O júri, que foi um formato a nosso pedido, iria determinar essas 12/07/2025, 10:27 Martin De Luca, advogado de Trump, fala a Oeste https://revistaoeste.com/politica/martin-de-luca-o-algoz-da-censura/ 6/14 questões. Como está no começo, não teria como falar em um fim dessa ação ainda.
Revista Oeste