segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

O Congresso tem que ser reaberto — mas não vai, escreve Flávio Gordon

 Mais uma vez, o ministro Alexandre de Moraes atropelou o Legislativo brasileiro e cuspiu na cara de Hugo Motta






E mais uma vez, agora com um despudor ainda maior do que já seria tolerável, o ministro Alexandre de Moraes atropela uma decisão do Congresso brasileiro e cospe na cara de Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados. 

Nesta quinta-feira, 11, Moraes resolveu anular a decisão do plenário da Câmara de manter o mandato de Carla Zambelli, apesar de sua condenação no STF pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Moraes determinou a cassação imediata da parlamentar e mandou Hugo Motta — que parece receber como um revigorante orvalho matinal as cusparadas que recebe do ministro do STF — dar posse ao suplente de Zambelli em até 48 horas.


Em mais um de seus despachos de ódio, o radical político de toga alegou que a manutenção do mandato de Zambelli por parte do plenário da Câmara viola o artigo 55 da Constituição Federal. Como já havia feito na segunda-feira 9, durante julgamento de Filipe Martins — no qual ignorou os autos para acusar a defesa de neles não incluir material que, sim, estava incluso —, Moraes agora resolveu amputar o parágrafo 2º do mencionado artigo 55 da CF, que, com todas as letras, estabelece como prerrogativa da Câmara a decisão sobre a cassação do mandato de parlamentares condenados na justiça.



Na República do Xandaquistão, como se sabe, a Constituição Federal pode ser retalhada, interpretada ou abolida conforme os objetivos político-ideológicos de Moraes e seus aliados.


Diante disso, há aquilo que se deveria fazer, e aquilo que, muito provavelmente, se irá fazer. O que se deveria fazer foi muito bem formulado pela juíza exilada Ludmila Lins Grilo, mais uma vítima da perseguição política movida pelo partido-corte. Em suas palavras:  


“O Congresso não apenas tem o dever de ignorar a decisão manifestamente inconstitucional (sim, não é uma prerrogativa, não é uma opção, é um dever do Congresso), como deve parar tudo o que está fazendo para recobrar suas atividades que foram obliteradas pelo ato criminoso. Ao impedir a atividade parlamentar mediante violência ou ameaça estatal (ato de coerção com consequências graves para eventual descumpridor), Moraes pratica o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (Art. 359-L do CP: ‘Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais’)”.


Num Estado de Direito que se preze, com um Parlamento que se levasse a sério, essa seria a atitude mínima a ser tomada para uma conversa que, em si mesma, já beira o surrealismo, uma vez que deriva da manutenção de um violador internacional de direitos humanos na posição de juiz da Suprema Corte. 

Mas, como sabemos (e eu gostaria muito de estar errado), não é isso que deverá ocorrer. Pois Hugo Motta não tem a hombridade, o senso de dever e o respeito institucional para defender a Casa que preside, e que vem a ser o Poder mais democrático e representativo de uma República tão ciosa de viver sob o “estado de direito”, mas na verdade é subjugada por uma juristocracia vil, corrupta e cada vez mais incontrolável. 

Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Hugo Motta, Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e Presidente do Senado Federal, Senador Davi Alcolumbre, em encontro no Palácio do Planalto, Brasília, DF (3/2/2025) | Foto: Ricardo Stuckert/PR


Mas, como sabemos (e eu gostaria muito de estar errado), não é isso que deverá ocorrer. Pois Hugo Motta não tem a hombridade, o senso de dever e o respeito institucional para defender a Casa que preside, e que vem a ser o Poder mais democrático e representativo de uma República tão ciosa de viver sob o “estado de direito”, mas na verdade é subjugada por uma juristocracia vil, corrupta e cada vez mais incontrolável.



Flávio Gordon - Revista Oeste

MARCO RUBIO FAZ COMUNICADO E EXPLICA SANÇÕES DE TRUMP

Direita volta ao poder no Chile com vitória de Kast com quase 60% dos votos

 Chamado de "Bolsonaro do Chile", Kast derrotou o governo comunista de Boric



Jose Antnio Kast e sua esposa María Pía Adriasola celebrando a vitória - Foto: reprod redes sociais


O candidato de direita a presidente do Chile, José Antonio Kast, venceu as eleições de segundo turno realizadas neste domingo (14), confirmando seu favoritismo contra a candidata do Partido Comunista do Chile (PCC), Jeanette Jara, em derrota contundente do governo do comunista Gabriel Boric. Em discurso celebrando a vi†øria,, ele agradeceu a todos que o ajudaram e ao povo chileno, a quem pediu ajuda para fazer o bem, durante seu governo:

“Ajudem-me, todos, para que nestes quatro anos consigamos fazer o bem. Assim como temos mantidos nossa unidade, peço esse sacrifício adicional que me sigam acompanhando na Presidência da República.”

A vitória de Kast, gosta de ser comparado ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, foi reconhecida oficialmente pela entidade que realiza as eleições. O novo presidente chileno tem 59 anos de idade, é católico praticante e tem cinco filhos.

Kast foi candidato pelo Partido Republicano, que ele prøprio fundou há cinco anos, defendendo abordagem linha-dura contra o crime, além do compromisso de deportar mais de 340 mil imigrantes ilegais, na maioria venezuelanos.

O vitorioso deverá governar com maioria no parlamento porque seu partido ganhou mais assentos na Câmara e no Senado e terá apoio de outros partidos de direita.

Após votar perto de Santiago, o novo presidejte foi ovacionado por uma multidão que gritava “Presidente!”. Ele prometeu um governo de unidade. “Quem vencer, terá que ser presidente de todos os chilenos”, disse à imprensa após votar.

Diário do Poder

Programa 4 por 4

Quem salvou Alexandre de Moraes, vulgo Xandão, da Magnitsky não foi Lula... e vai custar muito caro para ele - oiluiz TV

TV INJUSTIÇA - Retirada da Magnitsky - Dosimetria - Toffoli e Banco Master

domingo, 14 de dezembro de 2025

Banco Master financiou eventos com ministros do STF no Brasil e no exterior

 Patrocínios e participações institucionais em encontros




Em meio à análise de processos do Banco Master no Supremo Tribunal Federal (STF), o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a instituição financeira bancou, nos últimos anos, eventos no Brasil e fora do país com a presença de ministros da Corte e integrantes do sistema de Justiça. 

Segundo o levantamento, encontros patrocinados pelo Master reuniram quatro ministros em exercício no STF — Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Luiz Fux — além de dois exintegrantes do tribunal, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski, hoje ministro da Justiça. 

Também participaram o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado para vaga futura no Supremo. 

Os patrocínios ocorreram entre 2022 e 2025. Parte dos fóruns foi realizada no Brasil, mas a maioria aconteceu no exterior. Houve eventos em cidades como Nova York, Londres, Paris, Roma e Cambridge, nos Estados Unidos, com o banco como apoiador e o empresário Daniel Vorcaro entre os palestrantes. Participação do STF em fóruns internacionais 

Um dos episódios citados ocorreu em outubro de 2024, no 2º Fórum Esfera Internacional, em Roma. O Master figurou entre os patrocinadores do encontro, que contou com a presença de Barroso, então presidente do STF, e de Toffoli. Vorcaro participou de painel ao lado de parlamentares e executivos do setor privado.

Outro evento mencionado foi o Fórum Empresarial Lide, realizado em agosto do mesmo ano, no Rio de Janeiro. Toffoli foi o único representante do Supremo a palestrar. O banco também apoiou encontros em Londres e Nova York com participação de Toffoli e Gilmar Mendes, ambos relatores ou envolvidos em processos que tratam de interesses da instituição no STF.

No gabinete de Gilmar Mendes tramita um recurso do Master sobre a cobrança da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. O ministro já rejeitou o pedido principal, mas a discussão segue aberta em razão de novo recurso apresentado pelo banco.

O Estadão também apontou que o Master financiou palestra do exprimeiro-ministro britânico Tony Blair em fórum jurídico realizado em Londres. Além de Gilmar e Toffoli, participaram Alexandre de Moraes, Gonet e Jorge Messias. 


Convites e manifestações 

Procurados pelo jornal, apenas Luiz Fux e Jorge Messias se pronunciaram. Ambos afirmaram que os convites partiram dos organizadores dos eventos ou de instituições acadêmicas, e não do banco. Fux participou da Brazil Conference, em Cambridge, organizada por estudantes de Harvard e do MIT, evento que teve o Master como patrocinador Platinum entre dezenas de apoiadores. A apuração do Estadão ocorre no contexto de decisões recentes do STF relacionadas ao banco. Toffoli concedeu liminar que levou à Corte investigação sobre suspeita de fraude bilionária envolvendo a instituição, suspendeu apurações em outras instâncias e determinou sigilo no processo. O jornal também relembrou informações divulgadas por O Globo sobre contrato firmado entre o banco e Viviane Barci de Moraes, prevendo atuação do escritório dela em órgãos como Banco Central, Receita Federal e Congresso Nacional, com pagamentos mensais milionários.