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quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Sob o 'cartel lula-stf-globolixo', Brasil lidera ranking de supersalários no setor público, com R$ 20 bilhões acima do teto constitucional
Bacanal às custas dos pagadores de impostos - Relatório identificou 53,5 mil servidores, ativos e aposentados, com salários superiores ao limite de R$ 46,3 mil, principalmente nas áreas da magistratura, Ministério Público, além de advogados da União e procuradores federais
Um levantamento recente revelou que o Brasil lidera o ranking mundial de supersalários no setor público, acumulando R$ 20 bilhões em pagamentos acima do teto constitucional entre agosto de 2024 e julho de 2025. Esse montante supera em 21 vezes o da Argentina, segunda colocada no estudo internacional.
Os dados do ranking foram compilados pelo pesquisador Sergio Guedes-Reis, da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), em estudo inédito encomendado pelo Movimento Pessoas à Frente e República.org. Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 26.
O relatório identificou 53,5 mil servidores, ativos e aposentados, com salários superiores ao limite de R$ 46,3 mil, principalmente nas áreas da magistratura, Ministério Público, além de advogados da União e procuradores federais. Aproximadamente 11 mil juízes brasileiros receberam mais de US$ 400 mil, cifra superior ao salário máximo de magistrados em sete dos dez países analisados, considerando o poder de compra local. Comparativo internacional e concentração de renda Além do Brasil, a pesquisa avaliou dez países, incluindo Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido.
Nos EUA, pouco mais de 4 mil servidores ganham acima do teto, enquanto nenhum outro país ultrapassa a marca de 2 mil profissionais com supersalários; a Alemanha não registrou nenhum caso.
No território brasileiro, cerca de 40 mil servidores fazem parte do 1% mais rico do país, com rendimento anual acima de R$ 685 mil em 2025. A maioria pertence à magistratura (49,8%) e ao Ministério Público (21,1%). O estudo revela que, ao arrecadar impostos e pagar supersalários, o Estado contribui para a concentração de renda.
A discussão sobre a limitação dos supersalários integra a proposta de reforma administrativa em análise na Câmara dos Deputados, mas enfrenta resistência em contexto pré-eleitoral.
Resistência institucional e justificativas para pagamentos extras no Brasil
O Conselho Nacional de Justiça declarou que o Judiciário possui autonomia financeira e que a Corregedoria Nacional de Justiça fiscaliza, apura e pode suspender pagamentos irregulares. O órgão realiza controle posterior e investiga possíveis ilegalidades.
Segundo o Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, no Executivo Federal, aproximadamente 1% dos servidores ultrapassam o teto constitucional. O órgão explicou que esses profissionais recebem valores extras previstos em lei, como adicionais de férias, noturno, insalubridade e periculosidade, que ficam fora do limite legal.
Experiências internacionais e recomendações
O estudo revelou ainda que outros países adotam mecanismos para limitar distorções salariais. No Chile e no Reino Unido, comissões independentes definem faixas e reajustes. Em países europeus, regras claras restringem adicionais e unificam tabelas salariais. Já nos Estados Unidos, valores excedentes só podem ser pagos no ano seguinte, respeitando o teto vigente.
O pesquisador Sergio Guedes-Reis trabalha nas Universidade da Califórnia, em San Diego (UCSD).
Yasmin Alencar - - Revista Oeste
ONG responde a Gilmar, sobre 'Gilmarpalooza': 'Sociedade brasileira não ri de luxos pagos a juízes'
Ministro do STF disse que Fórum de Lisboa é um case de sucesso e que acha graça do apelido dado ao evento
Ministro Gilmar Mendes, do STF | Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilA ONG Transparência Internacional criticou uma declaração recente do ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o evento realizado anualmente na capital de Portugal, que ficou conhecido como “Gilmarpalooza”.
Ao comentar o apelido do Fórum Jurídico de Lisboa, Gilmar disse que acha graça do nome. “A gente acha engraçado. A rigor, é um case de sucesso”, declarou, em entrevista à BBC. Promovido pela faculdade de Direito de Gilmar, o evento leva a Portugal toda a cúpula da política brasileira, incluindo membros do tribunais, ministros do governo e parlamentares federais.
A ONG disse que os brasileiros não acham graça do lobby judicial que ocorre durante eventos como o “Gilmarpalooza”. “O ministro decano do STF pode achar graça, mas certamente a sociedade brasileira não está rindo de banquetes, viagens e outros luxos pagos a juízes por empresários como Daniel Vorcaro e Joesley Batista”, escreveu. “O lobby judicial hoje no Brasil é uma ameaça ao interesse público tão ou mais grave que o lobby parlamentar (até hoje desregulamentado).”
Transpoarência Intrernacional - O ministro decano do STF pode achar graça, mas certamente a sociedade brasileira não está rindo de banquetes, viagens e outros luxos pagos a juízes por empresários como Daniel Vorcaro e Joesley Batista. O lobby judicial hoje no Brasil é uma ameaça ao interesse público tão ou Mostrar mais BBC News Brasil @bbcbrasil "Eu acho graça" É desta forma que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes reage diante do termo "Gilmarpalooza", apelido
Em julho, a ONG Transparência Internacional já tinha chamado o “Gilmarpalooza” de “maior evento de lobby do planeta“.
Revista Oeste