'Não será novidade para vocês', disse o presidente em entrevista
Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 31, que não tem pressa para definir o nome do candidato a vice-presidente da República em sua chapa para as eleições de outubro. Segundo ele, a escolha deve ser feita mais perto do pleito.
“A gente vai escolher aos 48 do segundo tempo, porque se escolher agora você causa turbulência”, disse Bolsonaro, em entrevista à TV Record.
“Algumas pessoas estão esperando ser convidadas e, obviamente, eu é que escolherei”, completou. “Então, vamos esperar um pouco mais, porque temos algumas coisas a passar no Parlamento ainda e não podemos ter turbulência. Algumas questões, como essa nossa PEC que me permite zerar o imposto do óleo diesel no Brasil”, finalizou o presidente, em referência à PEC dos Combustíveis.
Um dos nomes especulados nos bastidores é o do general Walter Braga Netto, ministro da Defesa de Bolsonaro. No entanto, partidos aliados do presidente, como PP e PL, pressionam para que o vice seja um político, preferencialmente do Nordeste do país.
O nome do atual vice-presidente, o general Hamilton Mourão, está praticamente descartado. Ele deve disputar uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul ou o governo do Rio de Janeiro.
Indagado sobre o perfil de seu futuro companheiro de chapa, Bolsonaro afirmou que não haverá grandes surpresas.
“É alguém que, uma vez anunciado, pode ter certeza, não será novidade para vocês, porque é do nosso meio”, disse.
Tom de campanha
Mais cedo, ao participar da solenidade que marcou o início dos testes da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Gaslub Itaboraí, o chefe do Executivo deu o tom do discurso que usará na campanha eleitoral e chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal adversário, de “bandido”.
“O mesmo cara que quase quebrou o Brasil de vez e deixou um prejuízo de quase R$ 1 trilhão na Petrobras agora quer voltar à cena do crime”, disse Bolsonaro. “Se aquele bando, aquela quadrilha voltar, não vai ser só a Petrobras que eles vão roubar. Vai ser a nossa liberdade. É inadmissível achar que aquele bandido vai resolver os problemas do país.”
Revista Oeste