O mercado físico de boi gordo viu crescer ao longo de janeiro a disparidade de preços entre os animais que cumprem os requisitos para exportação à China e aqueles destinados ao abate dentro do mercado doméstico
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente para os frigoríficos que operam apenas no mercado interno é bastante difícil, com evidentes problemas operacionais que têm resultado na redução das margens e aumento da capacidade ociosa.
“O consumidor brasileiro optou por proteínas mais acessíveis em um mês de forte descapitalização, com despesas típicas de início do ano, como impostos e compra de material escolar. Com isso, as carnes de frango e suína ganharam a preferência do consumidor médio”, assinalou Iglesias.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 27 de janeiro:
- São Paulo (Capital) – R$ 335,00 a arroba, na comparação com R$ 330,00 a arroba em 27 de dezembro, subindo 1,52%.
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 335,00 a arroba, estável.
- Goiânia (Goiás) – R$ 320,00 a arroba, inalterado.
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 315,00 a arroba, contra R$ 320,00 (-1,56%).
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 317,00 a arroba, contra R$ 305,00 (+3,93%).
Exportação
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 554,707 milhões em janeiro (15 dias úteis), com média diária de US$ 36,980 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 107,461 mil toneladas, com média diária de 7,164 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.161,90.
Em relação a janeiro de 2021, houve ganho de 52,77% no valor médio diário da exportação, aumento de 33,50% na quantidade média diária exportada e valorização de 14,43% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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