No terceiro trimestre deste ano, a economia brasileira teve uma expansão de 1,74%, em relação ao segundo trimestre de 2018, informou o Banco Central nesta sexta-feira (16). A expansão ocorre após das quedas de 0,15% no primeiro trimestre e de 0,79% no segundo.
O cálculo do banco é feito por meio do indicador IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), e os dados são dessazonalizados, o que significa que os efeitos típicos de cada mês são retirados do número para possibilitar a comparação.
"Vemos os resultados dos distintos indicadores da atividade (no terceiro trimestre) tendendo claramente a positivos, em parte em resposta à base fraca do segundo trimestre", explicou o economista-chefe da Tullett Prebon Brasil, Fernando Miguel Monteiro, em nota.
Na comparação mensal, a economia brasileira, no mês de setembro, teve uma retração de 0,09%, ainda segundo o indicador. O resultado foi melhor que a expectativa em pesquisa da Reuters, de queda de 0,4%, e da Bloomberg, de retração de 0,21%.
A queda de setembro foi a primeira desde o mês de maio, quando o desempenho econômico do país recuou 3,39% devido à paralisação dos caminhoneiros.
TERCEIRO TRIMESTRE POR SETOR
Na quarta-feira (13), o IBGE divulgou que as vendas do varejo se mantiveram estáveis no terceiro trimestre deste ano, mostrando um enfraquecimento ao longo do ano, após alta de 0,8% no segundo trimestre e de 1% nos primeiros três meses do ano.
Já o setor de serviços chegou ao fim do terceiro trimestre com um crescimento no volume de 0,8% sobre os três meses anteriores, ante alta de 0,2% no segundo trimestre e contração de 0,6% no primeiro.
Nos três meses terminados em setembro, a produção industrial do Brasil terminou com queda acima do esperado, depois de a fabricação de automóveis pressionar com força o setor no mês. Em setembro, a produção da indústria registrou perdas de 1,8% em relação a agosto, segundo o IBGE.
A mais recente pesquisa Focus realizada pelo BC junto a economistas mostra que a expectativa é de um crescimento do PIB este ano de 1,36%, acelerando a 2,5% em 2019.
REUTERS