Quase 180 mil pessoas deixaram a ilha caribenha neste ano, segundo relatório produzido pelos norte-americanos
Cuba vive seu maior êxodo para os Estados Unidos em décadas. A migração ocorre sobretudo por causa de uma série de crises econômicas, que agravaram a escassez de bens e serviços e provocaram apagões de energia. Quase 180 mil pessoas fugiram do país neste ano, segundo Washington.
“A atual onda de migrantes cubanos para os EUA superou oficialmente as duas maiores ondas anteriores combinadas, em 1980 e 1994”, mostrou um relatório produzido pelos norte-americanos. Essas crises também foram desencadeadas por desacelerações econômicas.
Recentemente, um incêndio em um dos principais portos do país, em Matanzas, localizada a 100 quilômetros de Havana, intensificou os problemas. As chamas foram provocadas por um raio, que atingiu quatro dos oito tanques de armazenamento em um importante depósito de combustível.
Como mostra artigo publicado pelo The Wall Street Journal, a economia cubana está passando por dificuldades. O Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, caiu 13% durante a pandemia. Mas as dificuldades não param por aí.
Segundo um documento divulgado pela consultoria Havana Consulting Group, a receita gerada pelos nove principais setores econômicos da ilha, que envolvem a comercialização de charutos, bebidas alcoólicas e zinco, caiu 70% em 2021, em comparação com 2013.
O Porto de Mariel, financiado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), também está em crise: o local recebeu apenas 13% do investimento esperado. Só 32 das 62 empresas aprovadas pelo governo cubano ainda estão operando.
Revista Oeste
