terça-feira, 26 de abril de 2022

Biden concede perdão presidencial a três condenados nos EUA

Presidente usa prerrogativa pela primeira vez e reverte condenações envolvendo venda de documentos secretos e drogas

Biden também assinou alívio de pena de outros 75 condenados em casos de drogas
Biden também assinou alívio de pena de outros 75 condenados em casos de drogas | Foto: Gints Ivuskans/Shutterstock

Pela primeira vez, Joe Biden fez uso do perdão presidencial em sua gestão no governo dos Estados Unidos. Nesta terça-feira, 26, a Casa Branca anunciou a reversão de pena de três condenados, por meio do recurso especial da Presidência.

O ato de clemência de Biden favoreceu um ex-agente condenado por venda de documentos secretos e dois cidadãos norte-americanos envolvidos em casos de tráfico de drogas.

O presidente dos EUA ainda assinou o alívio de pena de outras 75 pessoas em condenações consideradas não violentas relacionadas a drogas.

A Casa Branca anunciou as medidas de clemência ao lançar nesta terça-feira um programas de inserção no trabalho para pessoas que recentemente deixaram a prisão.

Quem são os beneficiados

Abraham Bolden Sr., de 86 anos, foi o primeiro agente negro a servir em um destacamento presidencial. Em 1964, enfrentou acusações de suborno por tentar vender uma cópia de um arquivo do Serviço Secreto. Após sua condenação, testemunhas admitiram mentir a pedido do promotor do caso. Bolden passou vários anos na prisão federal e sustentou a inocência por meio de um livro no qual argumenta que foi alvo de racismo.

Betty Jo Bogans, de 51 anos, foi condenada em 1998 por porte de crack, com intenção de distribuir a droga no Texas, depois de tentar transportá-la para seu namorado e seu cúmplice. Mãe solteira sem antecedentes criminais, Bogans recebeu uma sentença de sete anos. Com o perdão presidencial, deixa de ter a ficha criminal suja.

Dexter Jackson, de anos 52, foi condenado em 2002 por usar seu salão de sinuca para facilitar o tráfico de maconha. Depois que foi libertado da prisão, o cidadão da Georgia converteu seu negócio em um serviço de conserto de celulares que emprega estudantes locais do ensino médio. O perdão presidencial limpa sua ficha criminal.

Revista Oeste