segunda-feira, 25 de abril de 2022

A democracia é ‘inegociável’, afirma Fachin, depois de Barroso insultar as Forças Armadas

 

Luiz Edson Fachin é ministro do STF
Luiz Edson Fachin é ministro do STF | Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Edson Fachin, disse nesta segunda-feira, 25, durante um encontro da Comissão da Transparência das Eleições (CTE), que a democracia é um “patrimônio inegociável”.

“Nosso êxito e credibilidade têm raiz na crença que compartilhamos de que a democracia é inegociável, de que a Justiça Eleitoral é um patrimônio imaterial da sociedade brasileira e que atacá-la equivale a atacar a própria democracia”, salientou Fachin.

A declaração foi proferida em meio aos insultos do ministro Luís Roberto Barroso, ex-presidente da Corte Eleitoral, às Forças Armadas. Durante o evento acadêmico realizado no domingo 24, o magistrado disse que os militares estariam sendo orientados a atacar o processo eleitoral.

O Ministério da Defesa respondeu. “Afirmar isso, sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou, ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro”, ressaltou em nota o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira.

Segundo Fachin, o TSE avaliou todas as sugestões de aprimoramentos para melhorar o processo eleitoral. “O TSE norteia-se por premissas técnicas, mas estão imbricadas às premissas democráticas inafastáveis, inegociáveis, que nos animam”, disse o ministro. “O Tribunal Superior Eleitoral avança com passos firmes em direção ao cumprimento de sua missão de diplomar as eleitas e os eleitos das futuras eleições gerais.”

Em seu discurso, o magistrado ainda pediu “paz e segurança nas eleições”, além de dizer que os pleitos realizados no país são íntegros.


Revista Oeste