O pai de um jovem que cursa o 3º ano no Instituto Federal da Bahia, campus de Catu, procurou a Redação do Jornal da Cidade Online para denunciar que o filho – veja só – sofre discriminação na instituição por ser branco. Além disso, o conteúdo das disciplinas, muitas vezes, são ministrados para dirigir ofensas ao presidente Jair Bolsonaro.
“Eles promovem muitos eventos no auditório, mas todos voltados para os negros e questões de grupo LGBTS. Um dia, ele estava no auditório e o colega negro - ao lado dele - começou a bradar que nenhum branco presta, que não valem nada e querem escravizar os negros. Ele chegou em casa arrasado, questionando se não era discriminação com ele por se branco. Outra vez, em discussão no chat, tinha ele e mais dois colegas brancos e, por terem postura de direita, foram escrachados por serem brancos, inclusive por colega de cor branca com perfil altamente de esquerda”, explicou.
O responsável do garoto se disse frustrado com a escola e a postura militante dos professores, que leva os alunos a discussões excessivas, sem que os docentes intervenham pra parar as agressões verbais.
“Quando resolvi colocá-lo para estudar lá, pensei que estaria em uma excelente escola; onde só encontramos mestres e doutores. Mas, infelizmente, a realidade é outra: professores não têm compromisso com o conteúdo. Sem falar na postura de militante dentro da sala de aula”, reclama o responsável, anexando foto da questão em que o presidente é criticado.
Ele conta que são muitos casos em que alunos com viés de direita, conservadores ou brancos são humilhados por outros colegas com a conivência de professores, que até estimulam as brigas.
“São muitos casos. Atualmente, o maior problema tem sido a cor branca (de pele). É o caso do meu filho. Sofre muita discriminação”, lamenta.
E completa:
“Hoje, estou com meu filho dentro de casa com diagnóstico de TAG. Ele sofre muito porque as aulas de história, sociologia e filosofia têm conteúdo sem nenhum respeito à autoridade do presidente, com palavras de baixo calão e os alunos são obrigados a pensarem igual. Esses dias teve uma discussão no chat, quando dois alunos de direita foram ‘esmagados’, moralmente, (por colegas de turma) e os professores deixam, sem nenhuma intervenção, os alunos se digladiavam, eu fiquei horrorizado”, conta, acrescentando que aqueles que não concordam com o aparelhamento político tendem a adoecer de tanta perseguição diária.
“As aulas têm acontecido e meu filho fala que têm sido coisas absurdas. Eu peço pra ele comentar, ele responde: pai, são tão feias que não vale a pena o senhor ouvir.”
“A minha tristeza é ver a grande tristeza e ansiedade do meu filho e nada podemos fazer. Antes, achávamos que só os traficantes que ‘adotavam’ nossos filhos para o caminho do mal. Mas, vejo, claramente, hoje, que muitas escolas e professores estão acabando com os jovens e as famílias. O sentimento é de incapacidade e indignação”, conclui.
Fora o doutrinamento ideológico, o pai narra que o filho ficou dois anos sem estudar biologia porque a professora da disciplina estava com depressão e o instituto não disponibilizou substituto.
“Os alunos ficaram dois anos sem conteúdo algum”, afirma o pai.
A assessoria de comunicação do IF Baiano disse que não poderia comentar o caso porque “não existe registro de nenhuma denúncia dessa natureza”.
“É complicado o Instituto se posicionar já que não temos dados concretos desta denúncia. É a partir da denúncia que são tomadas as devidas providências”, argumentou Cristina Mascarenhas, diretora de Comunicação.
O IF Baiano alega que é uma Instituição Federal de Educação que respeita a diversidade de opiniões e prega o respeito às instituições, autoridades e, principalmente, ao cidadão. E que, caso qualquer denúncia desse gênero seja formalizada, serão adotadas todas as medidas cabíveis.
Jornal da Cidade