Os presidentes da República, Jair Bolsonaro, da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reuniram-se na noite deste domingo (28), no Palácio da Alvorada, para acertar a votação da PEC Emergencial para esta semana.
O governo considera fundamental a aprovação da proposta de emenda à Constituição antes de encaminhar ao Congresso a medida provisória com valor e prazo para uma nova rodada de auxílio emergencial. Esta PEC prevê o acionamento de medidas em caso de crise nas contas públicas.
O texto seria votado na semana passada, mas houve um impasse diante da proposta de extinção dos mínimos constitucionais para saúde e educação. Sob o risco de atrasar a votação em mais duas semanas, foi feito um recuo sobre o fim do piso para as duas áreas.
Na reunião desta noite, que teve também a participação dos ministros Eduardo Pazuello (Saúde), Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), a votação ficou acertada para terça (2) e quarta-feira (3) no Senado.
Com a votação da PEC Emergencial, o governo deve mandar ao Legislativo uma medida provisória com o valor das novas parcelas do auxílio emergencial.
Em sua live de quinta-feira passada (25), Bolsonaro anunciou que o governo deve fechar a proposta em quatro parcelas de R$ 250 a partir deste mês.
Pacheco disse que o valor ainda não está fechado e que ainda não foi marcada uma nova reunião para que se bata o martelo.
"Isso não está definido, mas é uma possibilidade que sejam as quatro de R$ 250. Mas também é preciso discutir neste ínterim de quatro meses o estabelecimento de um programa de renda mínima, de renda básica e cidadã", afirmou o presidente do Senado.
No encontro desta noite, foram discutidas também questões relativas à vacinação contra o vírus chinês.
No sábado (27), Arthur Lira utilizou as redes sociais para chamar os governadores para uma conversa virtual nesta semana para discutir questões relacionadas à pandemia do vírus chinês.
"Neste momento, a gente precisa muito de um alinhamento para poder fazer todos esses projetos, todos esses pontos andarem bem. O que a gente não pode ter é desalinhamento neste momento", disse Rodrigo Pacheco
Folha de São Paulo