sábado, 31 de outubro de 2020

UTIs administradas pelo Estado chegaram a custar três vezes mais que as terceirizadas em SP

 O leito mais caro custou, em média, R$ 58 mil por dia

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

As transações suspeitas envolvendo gastos com saúde estão longe de ser exclusividade dos tempos de Covidão. 

Segundo o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, a diária dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no Sistema Único de Saúde gerida por entidades privadas custou, em média, R$ 7,5 mil em 2019. 

As unidades administradas diretamente pelo setor público, entretanto, ficaram 41% mais caras e consumiram cerca de R$ 10,5 mil a cada 24 horas.

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo é um caso simbólico. 

As vagas de UTI que estão sob administração direta do Estado chegaram a custar R$ 58 mil por dia. 

Já no Instituto do Câncer, que também é vinculado à instituição, as acomodações de alta complexidade, que são administradas por gestores da iniciativa privada, tiveram um custo diário três vezes menor: R$ 21 mil.

Existem 65 hospitais estaduais paulistas com leitos de UTI. 

O Estado administra 33 deles e os outros 32 são terceirizados.

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, Revista Oeste