quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Brasil gera mais de 313 mil vagas com carteira assinada em setembro. Terceiro mês consecutivo de saldo positivo no Caged

Foram criadas 313.564 vagas com carteira assinada no país em setembro. Esse, segundo o ministro Paulo Guedes (Economia), foi o melhor resultado da história para os meses de setembro.

“É o maior ritmo de criação de empregos já registrado em qualquer setembro. Todos os setores, todas as regiões do Brasil criando novos empregos, o que configura o fenômeno na volta em ‘V’ da economia brasileira”, afirmou Guedes, após a divulgação dos dados.

A recuperação em “V” é citada por ele no discurso de que, após o tombo no auge da crise econômica da Covid-19, a atividade no país irá avançar rapidamente.

Apesar da recente retomada da geração de postos de trabalho, no acumulado de janeiro a setembro, o saldo ainda é negativo, com o desligamento de 558.597 trabalhadores, sendo que no mesmo período do ano anterior foram gerados 761.776 novos empregos com carteira assinada.

O mercado de trabalho brasileiro apresenta, desde julho, uma recuperação após o fechamento de vagas no começo da crise do coronavírus - 1,2 milhão de vagas desapareceram nos seis primeiros meses de 2020.

Setembro foi o terceiro mês consecutivo de saldo positivo.

Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), apresentados nesta quinta-feira (29) pelo Ministério da Economia, mostram que, em setembro, o país teve 1,379 milhão de contratações formais e 1,065 milhão desligamentos.

Todos os setores da economia brasileira registraram criação de vagas em setembro. O resultado foi puxado pela indústria, com a abertura de 110.868 vagas. Em seguida, figuram serviços (80.481), comércio (69.239), construção (45.249) e agricultura (7.751).

Tradicionalmente, o período entre agosto e outubro concentra a maior parte de contratações de temporários nas fábricas para produzir as demandas das festas de fim de ano. Depois, principalmente em dezembro, o resultado costuma ser negativo devido à dispensa desses trabalhadores.

No ano, o pior mês registrado pelo Caged foi abril, logo no início da pandemia.

Em janeiro, foram gerados 114 mil empregos formais. Influenciado pela crise, o mercado de trabalho variou no ano: fevereiro (com saldo positivo de 224 mil), março (- 268 mil), abril (-940 mil), maio (- 362 mil), junho (-24 mil), julho (geração de 140 mil) e agosto (com saldo positivo de 244 mil).

Thiago Resende, Folha de São Paulo