Político chegou a ser vice-presidente nacional do partido
Um dos caciques do PSDB entra para a lista de condenados. Ex-governador de Goiás e ex-vice-presidente do diretório nacional do partido, Marconi Perillo sofreu derrota no âmbito da Justiça Eleitoral. Ontem, 29, o Poder Judiciário entendeu que o tucano cometeu crime de caixa dois.
O entendimento da Justiça Eleitoral se deve ao processo eleitoral de 2006. Na ocasião, Perillo se elegeu senador. De acordo com a denúncia formulada pelo Ministério Público, e agora parcialmente aceita por magistrados, o político do PSDB teria organizado esquema de caixa dois no segundo turno local do pleito, quando apoiou seu antigo vice, Alcides Rodrigues, na campanha à reeleição ao governo de Goiás.
A Justiça Eleitoral, no entanto, não atendeu a outras três denúncias contra Perillo. Dessa forma, não condenou o ex-governador pelos crimes de associação criminosa, fraude processual e peculato [roubo de dinheiro público].
Punição
Marconi Perillo foi condenado a ressarcir o patrimônio público em R$ 18 mil, informa o site Congresso em Foco. Além disso, a Justiça Eleitoral chegou a determinar 20 meses de prisão, punição revertida em prestação de serviços comunitários.
Liderança tucana
Hoje condenado, Marconi Perillo chegou a ser uma liderança dentro do PSDB. Sempre pelo partido, foi deputado federal, quatro vezes governador de Goiás e senador. Durante a gestão de Geraldo Alckmin à frente do partido (2017 – 2018), ele foi o primeiro-vice-presidente.
Apesar de prestígio dentro do partido, ele saiu derrotado das urnas no pleito de dois anos atrás. Na ocasião, tentou voltar ao Senado, mas obteve somente 7% dos votos e ficou na amarga quinta posição. Além de ver seu desafeto Jorge Kajuru ser eleito para o cargo, Perillo se tornou alvo da Polícia Federal e chegou a ser detido a partir de investigação da Operação Cash Delivery.
Anderson Scardoelli, Revista Oeste