Caso foi encaminhado à Polícia Federal com aval de ministro Fachin
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passa a ser investigado por corrupção e caixa dois. Ele foi alvo de solicitações por parte da Procuradoria-Geral da República, que acabaram aceitas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão do magistrado foi tomada na quinta-feira, 28, mas tornada pública somente neste sábado, 31.
Com a autorização de Fachin, a partir da unificação de duas investigações contra Maia, documentos serão encaminhados à Polícia Federal (PF), informou o jornal O Globo. De acordo com a PGR, o presidente da Câmara recebeu pagamentos de forma “suspeita” da empreiteira OAS.
No primeiro caso, segundo a denúncia, o deputado federal agiu de forma suspeita no que seriam indícios de corrupção passiva. Os procuradores afirmam que o político do DEM pode ter beneficiado a OAS em relação a uma medida provisória para receber doações de campanha da empreiteira.
O outro caso se refere a indícios de caixa dois, denunciam procuradores. Para a denúncia, eles tiveram como base delações premiadas fechadas com ex-funcionários da OAS, que informaram que a empresa fazia repasses financeiros não contabilizados para Maia. Esse inquérito chegou a ser arquivado por Raquel Dodge, então procuradora-geral da República.
Cadê o Maia?
Ativo nas redes sociais, onde somente nesta semana disparou críticas ao presidente do Banco Central (Roberto Campos Neto) e ao ministro do Meio Ambiente (Ricardo Salles), Rodrigo Maia não comentou a investigação contra ele pelos crimes de corrupção passiva e caixa dois.
Anderson Scardoelli, Revista Oeste