Pesquisa PoderData mostra que o governo do presidente Jair Bolsonaro é aprovado por 48% dos brasileiros. O percentual variou 4 pontos percentuais para baixo, no limite da margem de erro, desde o último levantamento, há 15 dias.
A administração do chefe do Executivo é desaprovada por 42% dos entrevistados, ante 41% há duas semanas.
O levantamento ouviu 2.500 pessoas em 488 municípios, nas 27 unidades da Federação, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os brasileiros que representem de forma fiel o conjunto da população.
A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS
O estudo destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos brasileiros sobre o governo.
O apoio dos homens a administração bolsonarista caiu. Passou de 60% para 50% em 15 dias.
Hoje, os moradores das regiões Sul e Centro-Oeste e quem cursou até o ensino fundamental têm uma visão levemente mais positiva do governo: 54%, 55% e 53% aprovam, respectivamente.
Já os grupos demográficos que mais desaprovam são: mais jovens, de 16 a 24 anos (54%); moradores do Sudeste (48%); os com ensino superior (52%); e quem recebe mais de 10 salários mínimos (59%).
Leia a estratificação completa no infográfico abaixo:
TRABALHO DE BOLSONARO
O PoderData também perguntou o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo.
As curvas se encontram novamente. Agora há, dentro da margem de erro, basicamente a mesma proporção de brasileiros que acham o chefe do Executivo “ótimo” ou “bom” e “ruim” ou “péssimo”.
A percepção positiva sobre o presidente variou 2 p.p. para baixo. E a negativa, 2 para cima. Ambas dentro da margem de erro.
Os mais ricos são, de longe, os que mais rejeitam o trabalho de Bolsonaro. Entre os que recebem mais de 10 salários mínimos, 68% disseram que o presidente é “ruim” ou “péssimo“. Esse grupo demográfico é também o que consome muitas notícias.
Quer dizer, é influenciado pela velha mídia que hoje aposta no 'quanto pior, melhor'. Globo, Folha, Veja, Estadão perderam muito com o fim da bandalheira que imperou no governo FHC e foi à estratosfera sob a dupla medonha Lula-Dilma.
As variações são maiores em alguns segmentos porque a amostra de entrevistados é menor. E quanto menor a amostra, maior a margem de erro. Por isso, é importante realizar pesquisas constantes, como faz o PoderData. É possível verificar com maior precisão o que se passa em todos os estratos da sociedade.
HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS
Os moradores das regiões Centro-Oeste e Norte (56% e 46%, respectivamente) e os que têm renda de até 2 salários mínimos (44%) são os que mais disseram que o presidente é “ótimo” ou “bom“.
Quem menos apoia
- mais jovens, de 16 a 24 anos (48% de “ruim” ou “péssimo“);
- moradores da região Nordeste (40%);
- os com ensino superior (46%);
- quem recebe de 5 a 10 e mais de 10 salários mínimos (44% e 68%, respectivamente).
OS 23% QUE ACHAM BOLSONARO ‘REGULAR’
No Brasil, pergunta-se aos eleitores se acham que o governante faz um trabalho ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. A “turma do regular” (23%) é sempre uma incógnita.
O PoderData faz um cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como um todo. Os dados mostram que a proporção daqueles que enxergam o trabalho de Bolsonaro como “regular” e hoje aprovam seu governo é de 46%.
As oscilações no grupo também foram dentro da margem de erro. Apenas os indecisos cresceram, saindo de 16% para 22%.
O fato mais relevante continua sendo: perto de metade dos que acham o trabalho de Bolsonaro “regular” aprovam seu governo.
BOLSONARO NO NORDESTE
O percentual de aprovação do governo na região é levemente maior do que a média nacional (53%). Os números tiveram variações dentro da margem de erro em 15 dias. A desaprovação agora é de 42%.
É importante levar em conta: a população do Nordeste foi uma das mais beneficiadas pelas 5 parcelas do coronavoucher de R$ 600.
Algo curioso acontece na região. Ao mesmo tempo em que a aprovação ao governo se manteve alta e estável, a rejeição ao desempenho pessoal de Bolsonaro subiu de 31% para 40%.
Com informações de Rafael Barbosa, Poder360