quinta-feira, 1 de outubro de 2020

A ‘estupidez mental’ na era do ‘cancelamento’

Bruno Garschagen afirma que até acadêmicos internacionais validam a cultura do boicote a pensadores históricos

David Hume - cancelado

David Hume foi “cancelado” em universidade escocesa | Foto: Canva

“O grau de estupidez mental de certa juventude está transformando universidades em ambientes hostis, anticientíficos”. Essa é uma das frases presentes no artigo de Bruno Garschagen publicado na edição desta semana da Revista Oeste. De acordo com o doutorando em ciência política, a onda do “cancelamento” invadiu até o meio acadêmico mundial.

A análise de Garschagen parte de recente episódio ocorrido na Escócia, mais precisamente no campus da Universidade de Edimburgo. Por lá, o filósofo David Hume (1711 – 1776) foi “cancelado”. Ação que começou com a exclusão do tributo com o nome de um dos prédios do local. Assim, com pressão de movimentos como o Black Lives Matter, a “Torre David Hume” se transformou “Torre 40 George Square.”

A história, contudo, ficou pior. Conforme relata o colunista da Revista Oeste, “o perfil do filósofo no site da instituição [de ensino] foi apagado”. “Visão racista” foi a alegação dos responsáveis pelo ato, o que vai contra a obra apresentada pelo escritor escocês. “Hume condenou a escravidão antes que o movimento abolicionista ganhasse relevância”, pontua Garschagen no texto “David Hume cancelado.”

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Revista Oeste

Além do texto de Bruno Garschagen, a edição 27 da Revista Oeste apresenta entrevistas, reportagens especiais e artigos exclusivos de profissionais como Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza, Dagomir Marquezi, Rodrigo Constantino e J.R. Guzzo.

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