Subiu para R$ 61,7 milhões a cifra bloqueada em contas bancárias atribuídas a Antonio Palocci. Nesta sexta-feira, o Banco Central informou à Justiça que foram retidos R$ 31 milhões detectados em aplicações financeiras no Bradesco, em nome de Projeto Consultoria Empresarial e Financeira Ltda, a firma de Palocci. A esse valor somam-se dois bloqueios efetivados há três dias —um de R$ 30 milhões, em conta da mesma empresa; outro de R$ 814 mil, numa conta pessoal de Palocci.
Os valores impressionam. Mas o advogado de Palocci, José Roberto Batochio, sustenta que são compatíveis com a atividade da empresa do ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff. Segundo Batocchio, Palocci dá consultoria para bancos e grandes companhias. A força-tarefa da Lava Jato suspeita que o dinheiro tem origem em outra atividade: corrupção. Palocci é acusado de intermediar propinas da Odebrecht para o PT. Coisa de R$ 128 milhões.
O juiz da Lava Jato converteu a prisão temporária de Palocci, que venceria nesta sexta-feira, em prisão preventiva, sem prazo de duração. Palocci está preso desde segunda-feira.