O Juiz Sérgio Moro acolheu nesta sexta-feira o pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal e converteu a prisão temporária do ex-ministro Antonio Palocci em prisão preventiva. O despacho foi publicado às 17h09.
Palocci é investigado pela Operação Lava Jato e foi conduzido à carceragem da PF em Curitiba na segunda-feira. Seu assessor Branislav Kontic foi alvo do mesmo pedido e também teve a prisão convertida em preventiva.
Moro ainda decidiu por liberar o gestor ambietal Juscelino Dourado. Na decisão, o juiz levou em consideração o fato de Dourado não ter mais vínculo com o ex-ministro, ao contrário de Branislav Kontic.
Segundo a petição da PF, há sinais de que Palocci recebeu integralmente recursos listados em duas planilhas de propina da construtora Odebrecht. Os recursos, no entanto, ainda não foram rastreados. Afirmam os investigadores: Tais vantagens, em sua grande maioria traduzidas em dinheiro em espécie, ainda não foram rastreadas a partir desta investigação, motivo pelo qual não existe qualquer medida cautelar diversa da prisão que inviabilize Antonio Palocci Filho e Branislav Kontic - seu funcionário até a presente data - de praticarem atos que visem a ocultar e obstruir a descoberta acerca do real paradeiro e emprego dos recursos em espécie recebidos."
Italiano
Palocci é suspeito de gerir R$ 128 milhões de recursos ilícitos canalizados pela Odebrecht para o PT. A PF afirma que o codinome Italiano, presente de diversos documentos da empreiteira relacionados ao pagamento de propina, é relacionado a Palocci, que rejeita a acusação. O ex-ministro teve R$ 30 milhões de sua empresa de consultoria bloqueados nesta querta-feira.