
WIlson Carlos teve a prisão decretada em novembro de 2016 pelo juiz federal Marcelo Bretas, que toca os desdobramentos da Lava-Jato no Rio, para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal. A defesa recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), com sede no Rio, e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, mas os pedidos de liberdade foram negados.
Gilmar entendeu que a prisão preventiva não se baseia em "elementos concretos". Assim, ele estendeu a Wilson Carlos a decisão que já tinha beneficiado Hudson Braga, ex-secretário de Obras no governo Cabral.
Na avaliação de Gilmar, as prisões preventiva de Wilson Carlos e Hudson Braga não atendem aos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP), segundo o qual a medida "poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria".
Sérgio Cabral, Hudson Braga e Wilson Carlos foram presos na Operação Calicute. Segundo as investigações, o grupo do ex-governador desviou cerca de R$ 224 milhões em contratos com diversas empreiteiras.
André de Souza, O Globo