O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), tomará posse nesta terça-feira (1º) protegido por um aparato militar sofisticado.
O Comando de Operações Aeroespaciais, da FAB (Força Aérea Brasileira), destacou 20 aeronaves com autorização para interceptar e destruir aviões que ingressem no espaço aéreo da Esplanada.
Caças supersônicos F5-E, capazes de abater aeronaves a dezenas de quilômetros de distância, foram deslocados das bases aéreas do Rio de Janeiro para a capital.
Haverá ainda supertucanos, A-29, turboélices fabricados pela Embraer, para combater eventuais aeronaves pequenas.
Para fazer a segurança mais próxima ao evento, mísseis antiaéreos portáteis foram mobilizados. O equipamento é operado manualmente por militares, em terra. Um dos modelos é o míssil de ombro termal, guiado pela temperatura emitida pela aeronave alvo. O outro modelo é o míssil guiado por laser, que mira o alvo.
Cerca de 130 militares estarão aptos para o disparo, em 12 posições distintas. Alguns estarão no topo de ministérios. Duas aeronaves sobrevoarão o espaço aéreo com radares.
A FAB preparou um esquema de três níveis de controle de tráfego aéreo em um raio de 70 milhas náuticas (129,6 km) a partir da praça dos Três Poderes. Segundo a FAB, não haverá impacto para a aviação comercial.
"É correto dizer que o presidente eleito, nosso presidente, Bolsonaro sofreu um atentado contra a sua vida", afirmou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, no domingo (30), após o segundo ensaio da cerimônia. "Temos que aumentar os níveis de seguranças e precaução."
O presidente Michel Temer editou um decreto na sexta-feira (28), no Diário Oficial da União, em que delegou ao comandante da FAB a possibilidade de emitir ordem de fogo.
Em meio ao esquema de segurança, jornalistas foram instruídos a chegar ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde funcionou o governo de transição, a partir de 7h do dia 1º.
Os deslocamentos para os locais de cobertura da posse —Congresso Nacional, Palácio do Planalto, Itamaraty e Praça dos Tês Poderes— serão feito exclusivamente por ônibus disponibilizados pela Presidência da República.
Folha de São Paulo