terça-feira, 1 de novembro de 2022

Transição (ou TRANSAÇÃO?) de Loola poderá custar até R$ 3,2 milhões

Como integrantes da equipe, eles terão direito a salários pagos pela União. Ao todo, Lula pode nomear até 50 pessoas

Lula e principais integrantes da campanha, durante coletiva no domingo, após resultado da eleição Foto: Ricardo Stuckert
Se gritar, 'pega ladrão...' Foto: Ricardo Stuckert

A equipe de transição do presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), poderá custar até R$ 3,2 milhões. O recurso é destinado dentro do Orçamento da União, em uma rubrica específica para a transição de governo. De acordo com o núcleo forte da campanha vitoriosa do petista, os trabalhos da equipe devem ter início ainda nesta semana.

Para que comecem os trabalhos, a equipe de transição precisa ser anunciada oficialmente pelo presidente eleito. Segundo apurou Oeste, a expectativa é que Lula faça o anúncio dos nomes até quarta-feira 2. Depois disso, os nomes serão publicados no Diário Oficial da União e passam a integrar oficialmente o staff de transição do petista. Como integrantes da equipe, eles terão direito a salários pagos pela União. Ao todo, Lula pode nomear até 50 pessoas.

O grupo de transição terá um coordenador, que ficará responsável por todo o trabalho da equipe, que estará atuando no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. A mais cotada para o cargo é a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que já atuou no grupo em 2002, quando Lula se elegeu para o primeiro mandato. Mas os aliados mais próximos de Lula não descartam que a vaga fique com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.

Enquanto as nomeações não são feitas, Gleisi toma a linha de frente da articulação. Nesta segunda-feira, 31, depois de uma reunião com Lula em São Paulo, a presidente nacional do PT ficou responsável por fazer reuniões com representantes dos partidos para tratar dessa fase da transição e organizar agendas com presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Também foi aberto diálogo com o Judiciário e com o Ministro-Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), para organizar, conforme a lei, a transição governamental, entre o atual governo e o governo eleito. Ciro conversou por telefone com o prefeito de Araraquara, Edinho Silva.

Os petistas afirmaram que Nogueira foi atencioso na conversa e se colocou à disposição para mediar o diálogo entre as equipes de Lula e de Bolsonaro. A equipe de transição vai trabalhar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

TCU também vai acompanhar transição

Além dos tradicionais políticos indicados pelo novo presidente da República e pelo atual para integrar o time da transição, neste ano haverá uma mudança na equipe. O Tribunal de Contas da União (TCU) fará o acompanhamento por meio de um comitê, que terá como relator do processo o ministro Antonio Anastasia. Além dele, também vão integrar o grupo os ministros Bruno Dantas e Vital do Rêgo.

Com informações de Iara LemosRevista Oeste