Lucro é cerca de 10% do valor de mercado da estatal, enquanto gigantes Shell e BP tiveram grandes altas, mas são 4,25% e 5,98% das empresas. Foto: Pedro Teixeira/Agência Brasil
O Relatório de Benefícios das Empresas Estatais Federais (Rebef) de 2022 revela o quadro das empresas no fim do governo Bolsonaro, e os números impressionam. As 44 estatais empregam 445,97 mil pessoas com benefícios e regalias que somam cerca de R$16 bilhões anuais, que incluem os comuns como alimentação, transporte e saúde, e os nunca sonhados pela maioria dos trabalhadores normais, como babá e cultura, além de planos de saúde que são mantidos mesmo após aposentadoria.
SUS ignorado
Só no plano de saúde de empregados, cônjuges e dependentes são gastos R$8,56 bilhões ao ano, equivalente a mais da metade do total.
E o INSS?
Além dos altos salários, quase todas as estatais têm previdência complementar para empregados e os gastos chegam a R$7,21 bilhões.
Sobrando
Metade das estatais pagam salários iguais ou superiores ao teto, com destaque para a Petrobras, única a passar de R$100 mil (R$103 mil).
A realidade
Já o trabalhador de salário mínimo depende do SUS, se aposentará pelo INSS e jamais terá direito a essas regalias que seus impostos sustentam.
Diário do Poder