terça-feira, 22 de novembro de 2022

Disney: ações sobem depois de demissão de CEO da ‘ideologia de gênero’

 No acumulado de 2022, ações da conglomerado perderam 41% do valor

Parque da Disney em Orlando, Flórida | Foto: Reprodução/Walt Disney World
Parque da Disney em Orlando, Flórida | Foto: Reprodução/Walt Disney World

As ações da Disney, que até 20 de novembro, tinham registrado queda de 41% neste ano, voltaram a subir na segunda-feira 21. A alta, que chegou a 8%, se deve à demissão do presidente-executivo Bob Chapek, que ficou no comando da empresa por dois anos, desde fevereiro de 2020.

Ele foi o responsável por implantar a ideologia de gênero, cotas raciais e uma política woke de recursos humanos. Acabou desagradando o grande público, mas também ativistas LGBT, que sempre esperam mais.  

Ainda no domingo 20, ao anunciar a demissão de Chapek, a Disney informou a recontratação de Bob Iger, que foi o presidente da empresa por 15 anos, até 2020.

Enquanto as ações da Disney caíram mais de 40% no acumulado de 2022, Dow Jones caiu cerca de 7% no mesmo período. Além da queda nas ações, o streaming Disney+ teve prejuízo de quase US$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre, mais que o dobro da perda registrada um ano antes, ofuscando o aumento do número de assinantes. Desde que foi lançado, em 2019, o streaming ainda não obteve lucro. O grupo espera que o Disney+ se torne lucrativo em 2024.

Iger, que agora retorna, saiu da Disney em alta, uma vez que a empresa liderava a batalha contra a rival Netflix. Durante sua gestão, a Disney fez várias aquisições importantes, incluindo Pixar Animation Studios, Marvel Entertainment e 21st Century Fox, e aumentou seu valor de mercado em cinco vezes.

O jornalista Christopher Rufo, que já havia criticado a postura da Disney, voltou a tuitar sobre a companhia. Em uma série de posts, falou sobre o Go Woke, Go Broke, algo como “quem lacra não lucra”.

Segundo ele, mesmo parecendo menos eficaz que a “cultura do cancelamento”, que tem um efeito imediato, a recusa das pessoas a aceitar a cultura Woke mostra às empresas que vão perder dinheiro, no médio prazo, se afrontarem o que pensa a maioria do público.

“Go Woke Go Broken leva mais tempo para funcionar porque leva tempo para assinaturas canceladas e vendas perdidas atingirem os resultados financeiros de uma empresa. Mas quando isso acontece, envia uma mensagem forte: “Pare com isso ou todos vocês perderão o emprego’”, escreveu.

Revista Oeste