Você sabe como são preparadas essas matérias inacreditavelmente cínicas e mentirosas que vemos na grande imprensa?
Vou descrever o passo a passo, o qual é óbvio para quem é jornalista ou de áreas afins, mas pode ser esclarecedor para uma pessoa inteligente que nunca teve o desprazer de pisar em algum estábulo do meio jornalístico.
Ao fim do passo a passo, explico como um cidadão honesto deve proceder para constatar, com sua própria capacidade de investigação, o que descrevo a seguir:
Passo 1
Na reunião de pauta é escolhido o alvo do dia. Digamos, associar um homem honesto como Bolsonaro a um ladrão abjeto como o Lula; ou fazer mais uma matéria terrorista sobre um vírus de baixíssima letalidade, visando desestabilizar o governo;
Passo 2
Definido o alvo e o tema (a “pauta”), são designados os jornalistas que irão cuidar da “reportagem” e da “apuração”. Esses jornalistas são escolhidos a dedo.
Se o nível de desonestidade exigido é tão profundo que faria corar até um estelionatário, são escolhidos os jornalistas mais tarimbados que, comprovadamente, não têm a menor vergonha na cara.
Se o nível de desonestidade da matéria é, digamos, “normal” (dentro, é claro, dos padrões de atuação da militância esquerdista), são escolhidos os jornalistas que estão ainda em estágio médio de deterioração moral e ético;
Passo 3
Chegou a hora de “ir à campo”. Já sabedores de qual “conclusão” a reportagem “investigativa” deve ter, os jornalistas precisam escolher os documentos “certos” e as fontes “certas” a serem “estudadas” e “pesquisadas”, para que, no lugar da verdade, surja a narrativa que querem imprimir na população.
Repare bem: os jornalistas já têm a “conclusão” bem antes de começarem a “investigação”. Não se trata de buscar a verdade, mas de fundamentar a mentira;
Passo 4
Uma vez levantados os “documentos” que “comprovarão” a narrativa, é preciso entrevistar “especialistas” que farão as “análises” que darão o verniz “crítico” e “democrático” à reportagem.
Os “especialistas” são escolhidos por um único critério: devem ser totalmente simpáticos e aliados da criminalidade esquerdista.
Em 100% dos casos, os jornalistas recrutam esses “especialistas” em ONGs, Universidades e Centros de Pesquisa que estão alinhados com a agenda comunista.
Se por acaso escolhem um que não diga exatamente o que desejam, dispensam o “especialista”; e se, por erro de avaliação, ele chega a entrar ao vivo, cortam sua fala também ao vivo;
Passo 5
Agora é o momento de montar a reportagem. Seja ela escrita ou televisiva, ela deve seguir o mesmo padrão e método. Primeiro, deve ter chamadas que distorçam a verdade e apele para o emocional, despertando apreensão, medo e insegurança em quem lê ou assiste ao noticiário.
Em seguida, é preciso martelar uma série de meias-verdades habilmente selecionadas para compor uma mentira que passará por verdade. Depois, entram os “especialistas” para darem o golpe de misericórdia no otário que está diante da tela.
Ao falar com fingida autoridade e com um ar de preocupação, os “especialistas” imprimem na mente da vítima uma convicção de que ela acabou de absorver um verdadeiro retrato da realidade;
Passo 6
Repetir a reportagem em todos os canais possíveis, tais como redes sociais, emissoras associadas, outros programas da emissora; e depois usar essa própria matéria como “prova” de uma “realidade constatada”, na linha “Como já havíamos constatado em reportagem que veiculamos dois meses atrás...”.
Assim surgem novas narrativas baseadas nas narrativas anteriores, as quais deixam de ser mentiras para se tornarem "provas" de futuras reportagens "investigativas".
Passo 7
Esse passo raramente acontece, pois é um exercício moral e intelectual que deveria partir do consumidor de notícias.
Qualquer cidadão que se julga inteligente e bem-informado, deveria, pelo menos uma vez na vida, dissecar uma reportagem dos grandes veículos que trabalham incansavelmente para derrubar o governo.
Poderia, por exemplo, pesquisar o histórico de atuação dos “especialistas” e dos jornalistas envolvidos. Na totalidade dos casos, descobrirá que são todos ligados ao PSOL, PT, PSDB e PCdoB; e que são também eleitores de Lula, Haddad, Ciro, Boulos e Manuela; e que são também fãs de ditadores e genocidas como Stálin e Mao; e que são, também, defensores do assassinato de bebês no ventre, da liberação das drogas, do desencarceramento de bandidos e do combate à polícia.
E quanto aos documentos citados na matéria dissecada, ao baixá-los da Internet e lê-los, se verá que esses documentos, via de regra, dizem exatamente o oposto do que a reportagem noticiou; ou, ao menos, não comprovam o que os jornalistas e “especialistas” disseram que comprova.
Marco Frenette. Jornalista e escritor.
Jornal da Cidade