O pianista e compositor de jazz Chick Corea morreu no último dia 9 vítima de um câncer raro descoberto há poucos meses, informam textos postados em suas redes oficiais. Chick, nascido Armando Anthony ‘Chick’ Corea, tinha 79 anos e se tornou uma das lendas do jazz a partir do início dos anos 1970, quando seguiu os apontamentos de Miles Davis, inquieto com a perda de espaço do jazz para o rock em alta na época, e ajudou a fundar o subgênero conhecido como jazz rock, ou jazz fusion.
Sua aparição no meio foi com o grupo Return to Forever, por onde passaram instrumentistas como Stanley Clarke, Al Di Meola, Lenny White, Bill Connors e os brasileiros Flora Purim e Airto Moreira. Foi uma das maiores potências do fusion, ao lado do Weather Report e do Mahavishnu Orchestra.
Filho de italianos, o pai Armando foi um trompetista de jazz que tocava Dixieland, o relativo branco ao ragtime dos negros, na região de Boston nos anos 30 e 40. Assim, o pequeno Chick conheceu um piano aos cinco anos. Suas influências vieram sobretudo do vigor do bebop tocado por Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Horace Silver e Lester Young.
Ele também tocou com Miles Davis por um curto tempo para substituir Herbie Hancock, chegando a tocar no importante álbum Bitches Brew e no Miles Davis at the Fillmore. A passagem pelo grupo o fez evoluir ao deixá-lo, investindo em um jazz de vanguarda.
Outra fase se apresenta nos anos 80, quando, em 1985, forma o grupo The Elektric Band, com o baixista John Patitucci, o guitarrista Frank Gambale, o saxofonista Eric Marienthal, e o baterista Dave Weckl. Durante a quarentena, Chick Corea fez lives de grandes audiências direto de sua casa e lançou um curso para alunos de música sem nunca perder o vigor de seus improvisos.
O Estado de S.Paulo