quinta-feira, 18 de junho de 2020

Weintraub anuncia saída do Ministério da Educação

O presidente Jair Bolsonaro e Abraham Weintraub participam de cerimônia em Goiânia Foto: Jorge William/Agência O Globo/08-11-2019
O presidente Jair Bolsonaro e Abraham Weintraub participam de cerimônia em Goiânia Foto: Jorge William/Agência O Globo/08-11-2019

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou nesta quinta-feira que está deixando o cargo. O anúncio, que já era esperado há alguns dias, foi feito em um vídeo publicado em redes sociais, em que Weintraub aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro. O ministro afirmou que não irá comentar as causas da saída e disse que irá assumir um cargo no Banco Mundial.
— Sim, dessa vez é verdade. Eu estou saindo do MEC. Vou começar a transição agora. Nos próximos dias passo o bastão ao ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo. Neste momento, eu não quero discutir os motivos da minha saída. Não cabe. O importante é dizer que eu recebi o convite para ser o diretor de um banco. Eu já fui diretor do banco no passado. Volto ao mesmo cargo, porém no Banco Mundial — disse Weintraub. 
Auxiliares presidenciais já vinham defendendo a saída dele desde a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que Weintraub defendeu a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e os chamou de vagabundos.
A situação ficou insustentável no último domingo, quando Weintraub se encontrou com manifestantes favoráveis ao governo na Esplanada dos Ministérios, que estava fechada por determinação do governo do Distrito Federal. Na ocasião, sem máscara, afirmou que já havia dito anteriormente "o que faria com esses vagabundos", ao responder a um ativista que reclamou que pagava impostos para os "corruptos roubarem".
No dia seguinte, após se reuniur com Weintraub, Bolsonaro afirmou que não ele não foi "prudente" ao ir ao protesto e disse que estava tentando "solucionar" o caso.
Weintraub assumiu o cargo em abril de 2019, depois da demissão de Ricardo Vélez Rodriguez. Antes de ser nomeado ministro, ele ocupava o posto de secretário-executivo da Casa Civil, ministério que à época era comandado por Onyx Lorenzoni.

André de Souza e Daniel Gullino, O Globo