O general Eduardo Pazuello foi oficializado nesta quarta-feira como ministro interino da Saúde. Na prática, Pazuello já vinha comandando interinamente o ministério desde o dia 15 de maio, quando Nelson Teich pediu demissão. O general era o secretário-executivo de Teich. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Desde a chegada do vírus chinês ao Brasil, o país teve dois ministros. Além de Teich, Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi demitido por confrontar o presidente da República, chegando ao exagero de afirmar que o povo decidiria se seguiria as orientações dele, Mandetta, ou de Bolsonaro. Movimento de confrontação sem precedente, enquanto o vírus chinês abatia milhares de brasileiros.
Mandetta falhou ainda ao silenciar sobre a decisão de governadores de manter a realização do carnaval, em fevereiro, mesmo advertido de que o vírus chinês já circulava pelo Brasil. O político do DEM evitou o confronto com governadores do RJ, SP, CE, PE, PA, AM, BA... Enquanto milhares de brasileiros eram afetados nas ruas do Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro já afirmou que Pazuello vai ficar "muito tempo" no comando do Ministério. A interinidade ocorre em meio à pandemia do novo coronavírus, que já causou 31.199 óbitos no país. Bolsonaro classifica Pazuello como "gestor de primeira linha" e já disse que ele faz um "excepcional trabalho na pasta".
No período entre a demissão de Teich e a confirmação de Pazuello como interino, o Brasil registrou 337.160 novos casos da Covid-19 e 14.817 óbitos pela doença. Neste período, o general despachou como substituto eventual na função de secretário-executivo da pasta.
