O presidente Jair Bolsonaro reconduziu o ex-deputado José Carlos Aleluia (DEM) e o ex-ministro Carlos Marun (MDB), um dos mais fiéis aliados do ex-presidente Michel Temer, para o conselho da Itaipu Binacional. A nomeação do dois e de outros quatro conselheiros foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira (15).
Bolsonaro tem se articulado com partidos de centro, em troca de apoio no Congresso. A intenção é impedir que velhas lideranças políticas, com aval do STF, parem o país (a economia), como se vê nos atos desastrados de governadores de São Paulo (João Doria), do Rio (Wilson Witzel) e do Nordeste.
Marun, que no governo Temer comandou a Secretaria-Geral da Presidência, foi indicado para Itaipu no último dia do mandato do emedebista. O mandato na Itaipu Binacional terminava neste sábado (16) e, com a renovação decidida por Bolsonaro, o ex-ministro tem assento na usina até 2024.
Nos últimos meses, com a aproximação do MDB e do centrão do governo, Marun passou a trabalhar por sua recondução para Itaipu. Ele chegou a ser levado para reuniões no Palácio do Planalto pelo presidente do partido, Baleia Rossi (SP).
Também foram reconduzidos : Célio Faria Júnior, assessor especial de Bolsonaro; Wilson Ferreira Junior, presidente da Eletrobras; e Pedro Miguel da Costa e Silva, diplomata e secretário de negociações bilaterais e regionais nas Américas do Itamaraty. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi nomeado para um assento no conselho.
PP, PL e Republicanos estão gerenciando a distribuição de cargos do governo federal para atrair partidos menores para fortalecer a base de apoio de Bolsonaro no Congresso.
CARGOS JÁ ENTREGUES POR BOLSONARO AO CENTRÃO
- Fernando Marcondes de Araújo Leão, indicado pelo PP para diretor-geral do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas)
- Tiago Pontes Queiroz, indicado pelo Republicanos para a secretaria nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional
Com informações de Ricardo Della Coletta, Folha de São Paulo
