O presidente Jair Bolsonaro disse que deve nomear nesta segunda-feira (4) o novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), sem mencionar o nome do escolhido para ocupar o posto.
Nos bastidores avalia-se que Bolsonaro deve indicar o delegado Rolando Alexandre de Souza para chefiar a instituição. Atual secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Investigação (ABIN), Rolando é próximo de Alexandre Ramagem, cuja nomeação ao comando da PF foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao final da transmissão do ato desta tarde, em favor da democracia e contra a corrupção que assolou o país nos governos FHC, Lula e Dilma, Bolsonaro disse que a Constituição deve ser cumprida a “qualquer preço” e que ela tem “dupla mão”.
“O Poder Executivo está unido para tirar o Brasil da onde se encontra. Vocês sabem que povo está conosco. As Forças Armadas, ao lado da lei e da ordem, da democracia e da liberdade, também estão do nosso lado. Deus acima de tudo. Vamos tocar o barco. Peço a Deus que não tenhamos problemas nesta semana porque chegamos no limite, não tem mais conversa. Daqui para a frente, não só exigiremos, como faremos cumprir a Constituição. Ela será cumprida a qualquer preço e ela tem dupla mão, não é uma mão de um lado só não. Amanhã, nomeamos o novo diretor da PF, e o Brasil segue seu rumo˜.
Desde a exoneração de Maurício Valeixo, a corporação está sendo comandada interinamente pelo delegado Disney Rossetti. A saída de Valeixo também provocou a exoneração do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro.
Neste sábado (2), o ex-ministro prestou depoimento no inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar suposta tentativa de Bolsonaro de interferir na PF ou crime de denunciação caluniosa por parte de Moro.